3 erros parentais que são tóxicos para as crianças

Existem alguns erros parentais que podem ser muito tóxicos para as crianças. Vamos contar quais são os mais comuns neste post.

Escrito e verificado por a psicopedagoga María José Roldán.

Última atualização: 18 maio, 2023

Quando falamos de disciplina, nem todas as pessoas entendem a mesma coisa. Por exemplo, há quem comete alguns erros na educação ou impõe uma disciplina severa que se torna tóxica e venenosa para os filhos. Portanto, é necessário entender do que estamos falando para corrigir esses erros parentais caso você cometa algum deles.

Disciplina positiva para criar filhos

As crianças precisam de regras e limites. Por seu lado, os pais devem fazer o possível para que os filhos cresçam de forma saudável, também a nível emocional. A disciplina positiva ajuda os pequenos a aprender quais são as regras do ambiente, os limites que existem e, principalmente, a entender que uma ação sempre tem consequências.

Para que uma criança construa uma autoestima saudável e fortalecida, é fundamental que ela entenda as regras e os limites e que aumente a responsabilidade por seus atos. No entanto, muitas vezes prevalecem os castigos e os gritos, que podem causar feridas emocionais graves e muito difíceis de cicatrizar.

Você conhece os erros parentais que são tóxicos para as crianças?

Quando há problemas de disciplina e os pais acham que o autoritarismo é a solução, é quando as questões se tornam tóxicas para os pequenos. Por esse motivo, é essencial que você possa se informar sobre esses erros parentais para corrigi-los.

1. Rotular

Rotular com conotações negativas pode causar sérios problemas emocionais para as crianças que sofrem com isso. Às vezes, quando os pais querem corrigir um comportamento, eles tentam, por meio dos rótulos, fazer com que a criança entenda seu comportamento. Por exemplo, quando dizem frases como: “Você é preguiçoso”, “Você é chato” ou “Você é mau”.

Essas são marcas que causam muitos danos. E o pior é que as crianças acreditam nisso e o comportamento que se pretendia mudar passa a ser o principal problema. Por isso, é preciso não rotular as crianças e separar a pessoa do comportamento. Nesses casos, o melhor é conversar sobre o comportamento para encontrar soluções.

2. Gritar e/ou ameaçar

O ato de gritar bloqueia emocionalmente as crianças e elas automaticamente param de ouvir o que seus pais lhes dizem. Assim, o adulto se afasta mesmo estando ao lado delas. Essas atitudes acionam o instinto de defesa e, com isso, a criança pode sentir medo e insegurança, afetando sua autoestima.

3. Castigar punitivamente

Quando uma criança é castigada de forma punitiva, é mostrado a ela que é o adulto que tem o poder e que, portanto, ela nada pode fazer a respeito. Dessa forma, sua opinião e emoções não importam, então não importa o que faça ou diga. Por exemplo, as punições podem ser mandá-la para o quarto por várias horas, fazer com que copie uma frase várias vezes ou que parem de falar com ela. Esse tipo de sanção, além de ser tóxica, prejudica muito as emoções do menor.

A paternidade deve ser baseada no amor

É essencial que as crianças saibam quais são as consequências de suas ações para que sintam que estão no controle da decisão. Por exemplo, elas poderão decidir se aceitam as consequências ou mudam seu comportamento para obter bons resultados no relacionamento e na convivência. Por isso, é sempre fundamental falar sobre comportamento e buscar soluções para o futuro. Assim, o pequeno conseguirá entender melhor o que está acontecendo.

Os pais são o guia, o exemplo e a referência para os filhos. São eles que devem ensinar aos filhos o comportamento adequado por meio de uma paternidade calma, baseada no amor e no respeito mútuo. Você deve saber que as crianças aprendem rapidamente através do amor, mas se o ambiente for hostil, elas se fecham em si mesmas e as consequências para o seu desenvolvimento emocional podem ser muito perigosas.