Escola e asma: como ajudar as crianças?

Muitos pais temem que a relação entre escola e asma possa não ser apropriada e que seus filhos sofram as consequências. Conversar antes do início das aulas com professores e médicos é essencial.
Escola e asma: como ajudar as crianças?

Última atualização: 17 maio, 2019

Atualmente, professores e diretores estão cientes de muitas doenças comuns da infância e sabem como agir em cada caso. Escola e asma podem andar de mãos dadas com informações e apoio de toda a comunidade educacional.

Escola e asma: são compatíveis?

Muitos pais cujos filhos têm asma temem pela saúde dos pequenos enquanto não estão ao seu lado, como, por exemplo, na escola.

Ataques asmáticos são uma das principais razões pelas quais as crianças faltam à escola; no entanto, quando a doença está bem controlada não deve ser motivo de falta.

Pais e escola

O primeiro passo que precisamos trabalhar é conversar com o médico da família para criar um plano de ação durante um ataque de asma. Dessa forma, a criança ou o adulto responsável (como, por exemplo, o professor) saberá que medicação deve ser administrada, com que dose e com que frequência.

Uma cópia do referido tratamento deve ser entregue aos diretores da escola e ao professor ou tutor da turma. Dessa forma, será possível agir rapidamente e não haverá consequências perigosas para o aluno.

No início do ano, os pais devem se reunir com os professores da criança asmática e com a equipe educacional para discutir a situação .

Mas é muito importante que eles saibam o histórico da criança, se ela têm a capacidade de se automedicar, contatar telefones para se comunicar em caso de um ataque, onde armazenar a medicação e se uma crise pode ser evitada.

menina com asma

Você também deve falar sobre quais são os gatilhos da asma e fazer todo o possível para reduzi-los ou evitá-los. Alguns deles são o acúmulo de poeira ou a poeira está suspensa no ar (falta de ventilação), os pelos de animais ou animais de estimação e produtos de limpeza muito fortes.

É necessário que haja ar condicionado ou desumidificadores nas salas de aula e, claro, que o ambiente esteja livre de fumaça.

É fundamental que todos aqueles que fazem parte da escola se comprometam a ajudar a criança e, se isso não for possível, devemos considerar a possibilidade de mudar a criança de escola.

Controlando uma crise de asma na escola

Pode ser que toda a conversa sobre a asma do nosso filho não precise ser repetida durante o ano letivo, mas, por precaução, todos os envolvidos devem estar cientes dela.

Como primeiro passo, a criança tem que levar consigo o famoso remédio de alívio rápido ou “bombinha” com ação instantânea para abrir os pulmões. 

Embora você também possa dar uma ao professor para ser mantida entre os objetos valiosos dos alunos ou com a enfermeira da escola. Quando a criança já tem idade suficiente e está acostumada ao tratamento, é importante deixá-la fazer isso. 

Assim, ela não dependerá de ninguém se vir a ter uma crise em outra situação quando não houver ninguém por perto.

Por outro lado, o professor tem que ficar ao lado da criança para auxiliá-la se necessário ou, pelo menos, para que sua companhia tranquilize e ajude o pequeno a se recuperar mais rapidamente.

menino com bombinha para asma

Escola e asma: decálogo de ação

Infelizmente, mais e mais crianças em idade escolar sofrem de asma. É por isso que professores e diretores devem estar preparados para responder a uma crise.

Algumas instituições têm o que é conhecido como “decálogo de uma escola saudável para crianças asmáticas”; cujas regras são:

  1. Estar livre de tabaco (mesmo em salas de professores ou lugares onde as crianças não acessam).
  2. Ter funcionários encarregados de tratar crianças com asma.
  3. Ter um kit de primeiros socorros incluindo os medicamentos de apoio a essa condição.
  4. Permitir que os alunos tragam seus próprios medicamentos e os utilizem quando precisarem.
  5. Identificar crianças asmáticas.
  6. Estabelecer um plano de ação frente a uma crise de asma em uma criança.
  7. Garantir o nível adequado de higiene e qualidade do ar.
  8. Delimitar atividades especiais para crianças asmáticas em aulas de ginástica.
  9. Condicionar salas de aula, para que sejam minimizados os alérgenos ou gatilhos da asma.
  10. Tomar medidas para reduzir os efeitos da polinização.

Sem dúvida, escola e asma podem coexistir se todos se comprometerem a agir em busca da segurança e da saúde das crianças.


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  • Aguarón Pérez J et al. (2009). Gema 2009. Guía española para el manejo del asma. Área de Asma SEPAR. https://doi.org/10.1016/S0300-2896(15)32812-X
  • Tabalipa, F. D. O., & Da Silva, J. (2012). Asma. Revista Brasileira de Medicina.

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