Espinhas no rosto do bebê: a que se devem e o que fazer?

As lesões no rosto de recém-nascidos são bastante comuns. No entanto, não geram nenhuma gravidade ou complicações. A seguir, trazemos mais detalhes sobre o assunto.

Escrito e verificado por a dermatologista Maria del Carmen Hernandez.

Última atualização: 24 março, 2023

A pele do recém-nascido é delicada e macia. No entanto, durante os primeiros dias de vida, muitas vezes aparecem espinhas no rosto do bebê, causando preocupação e ansiedade nos novos pais. Embora alguns casos se resolvam por conta própria, outros exigirão algum tratamento específico. Contamos mais neste artigo.

Causas das espinhas no rosto do bebê

A pele do bebê está em processo de adaptação à vida fora do útero e, nesse período, surgem lesões que tendem a se resolver sozinhas com o tempo. A seguir, contamos quais são algumas dessas condições.

Cistos milium

Os milium são pequenos cistos brancos que aparecem na pele. Eles não costumam durar muito, mas causam preocupação aos pais. Além disso, não requerem tratamento porque desaparecem por conta própria após algumas semanas. Uma das causas atribuídas a eles é que as células mortas da pele ficam presas sob ela e formam cistos.

Acne infantil

A acne inafantil também é chamada de “pustulose cefálica neonatal”. É uma condição muito comum em recém-nascidos, ocorrendo em um a cada cinco bebês. Geralmente desaparece por conta própria nos primeiros três meses.

Dermatite seborreica

A dermatite seborreica pode afetar o couro cabeludo, bem como outras áreas, e envolve coceira, descamação da pele e inflamação. Além disso, pode ser encontrada em áreas com alta concentração de glândulas sebáceas ativas, como couro cabeludo, linha T da face e orelhas.

Assim, é uma condição de pele escamosa, crônica e autolimitada, que se apresenta entre a terceira semana e os dois primeiros meses de vida. No exame físico, os achados incluem acúmulo de escamas gordurosas e amarelas no vértice, na testa e no couro cabeludo.

Sudamina, vesículas sudoríparas

A sudamina é causada pela obstrução superficial e transitória dos ductos sudoríparos écrinos que dão origem a vesículas não inflamatórias de evolução rápida.

Esse tipo de manifestação ocorre com maior frequência em climas tropicais quentes e úmidos e no período neonatal. Isso se deve à falta de maturação do ducto sudoríparo durante os primeiros dias após o nascimento.

Eczema atópico

A dermatite atópica é uma patologia cutânea crônica e habitual que pode alterar significativamente a qualidade de vida das pessoas que dela padecem e das suas famílias. A principal característica é o prurido intenso na superfície da pele, levando a traumas cutâneos e distúrbios consideráveis do sono.

O distúrbio parece ser o resultado da complexa interação entre defeitos na função de barreira da pele, desregulação do sistema imunológico e agentes ambientais e infecciosos.

Medidas para lidar com as espinhas no rosto do bebê

Existem várias recomendações para evitar o aparecimento de lesões na pele do bebê. Algumas delas podem ser fáceis e muito eficazes:

• Banhos com água morna: Os bebês não precisam tomar banho todos os dias ou desde o primeiro dia de vida. Além disso, é aconselhável usar água morna e sabonetes neutros hipoalergênicos que não contenham corantes ou fragrâncias. Inclusive, a duração do enxágue deve ser curta e não deve haver atrito ao secar com a toalha.
• Evite a exposição ao sol: Bebês com menos de 6 meses são proibidos de se expor ao sol. Os maiores, porém, devem usar proteção adequada.
• Roupas adequadas: Escolher roupas de algodão ou fibras naturais ajuda a prevenir reações alérgicas ou irritações na superfície da pele dos bebês.
• Dieta rica e variada: Recomenda-se uma dieta variada que contenha todos os nutrientes e vitaminas necessários para evitar doenças. A hidratação adequada é fundamental.
• Evite certos produtos: Não é recomendável aplicar no rosto do bebê produtos que possam causar oclusão das glândulas sebáceas.

A consulta médica como premissa

As espinhas no rosto do bebê não costumam gerar complicações ou ter qualquer gravidade. No entanto, deve-se sempre recorrer à consulta de um médico especialista. Se você considerar necessário, o médico indicará as medidas ou os tratamentos necessários a realizar.