O que dizem os estudos sobre o instinto paterno?

Para os homens, ser pai é uma experiência que pode provocar alguns sentimentos muito profundos, nunca antes percebidos por eles.
O que dizem os estudos sobre o instinto paterno?

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 04 dezembro, 2018

Devido ao instinto paterno, pode surgir uma necessidade inexplicável de blindar seu filho com cuidado e proteção, algo que se conhece como amor incondicional. Aprende-se pouco a pouco o que é amar alguém mais do que a si mesmo.

Para alguns cientistas, não existe mistério, é algo que está nos genes. Isto é o que permite falar da existência de certo instinto paterno. Segundo a psicóloga Susana Peñagaricano, alguns estudos recentes revelaram o que ela chama de instinto paterno-filial.

Trata-se de uma sensação interior que obriga a dar carinho e proteção. Isto gera o vínculo afetivo entre a mãe, mas também se demonstra no pai.                                                                                             

A que se deve o desenvolvimento do instinto paterno?

Os especialistas explicam que isso acontece devido ao aumento de hormônios como a prolactina, a oxitocina e o estradiol. Ocorre nos homens que convivem com mulheres grávidas.

Isso contribui para a queda de testosterona em homens que vão se tornar pais. Essa mudança parece resultar em um comportamento menos agressivo, mais estável e mais terno no futuro papai.

Por sua vez, para a terapeuta familiar Irene Loyácono, os conceitos que muitas vezes podem se confundir com o instinto são a empatia e o apego.

Ela acredita que não existe justificativa para falar do instinto paterno. Nesse caso, existe somente o desenvolvimento da empatia, uma capacidade que o homem tem e que é ativada por algo conhecido como “neurônios espelho”.

instinto paterno

Atualmente, pode-se reconhecer nos pais a necessidade de alimentar, cuidar ou acalmar seu pequeno. Tais comportamentos podem substituir a mãe quando necessário.

Quando os homens permanecem em contato com a mãe e o filho, sua capacidade de empatia permite homologar-se.

A universidade francesa Paris XI-Orsay relevou recentemente a capacidade dos pais de reconhecer o choro de seus filhos.

Os especialistas surpreenderam-se com a maneira como o fazem porque, além disso, conseguem interpretar esse choro. Nunca acreditamos que o pai poderia fazer isso, mas é possível.

Nesse sentido, os especialistas reconhecem que tudo depende do tempo que os pais passam com seus filhos. Dessa forma, o contato direto e permanente com os bebês ajuda a desenvolver habilidades semelhantes às femininas.

Antigamente, a mulher passava mais tempo com seus filhos porque o homem trabalhava e ela ficava em casa.

Em contrapartida, hoje em dia, a mulher trabalha e os homens passam mais tempo com os filhos. Espera-se, portanto, que o pai tenha laços mais estreitos com seus filhos devido ao tempo que lhes dedica.

A função paterna

A responsabilidade de ser bom pai é uma meta pessoal tão importante quanto a realização profissional para o homem.

Em um estudo feito no dia dos pais, foi realizada uma pesquisa para identificar a função paterna segundo eles mesmos. 47,6% dos entrevistados manifestaram que a principal função de um pai é dar amor e estar sempre presente para seu filho.

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Em segundo lugar, 44,7% responderam que as funções eram educar, ensinar bons modos, respeito e colocar limites. E 7,6% restantes expressaram que sua função principal como pai era prover economicamente sua família.

De acordo com outros resultados da mesma pesquisa, 45% revelaram ter a disposição de cuidar de seu filho como uma mãe faria e 38% agregaram que poderiam se dedicar as tarefas do lar.

No entanto, ainda há 15,9% de pais que não demonstram nenhuma intenção de ajudar a cuidar de uma criança ou encarregar-se de tarefas femininas.

Nesse sentido, os especialistas indicam que ser pai pode ser algo desejado e apreciado por homens. No entanto, geralmente a sua contribuição é devido a uma necessidade. Isto é, quando a responsabilidade é única, eles devem assumir um compromisso.

Quando a mãe abandona o lar, o pai deve assumir as diferentes tarefas. Neste caso, não se desenvolve um instinto paterno, mas uma versão imprescindível deles mesmos.


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