Mais empatia e menos competitividade na adolescência

A empatia e a competitividade são dois valores totalmente distintos, ainda que estejam igualmente presentes na adolescência. No seguinte artigo, explicamos como é possível haver mais empatia e menos competitividade nessa etapa tão determinante da vida.
Mais empatia e menos competitividade na adolescência
Fátima Servián Franco

Revisado e aprovado por a psicóloga Fátima Servián Franco.

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 28 janeiro, 2021

Na adolescência, os sentimentos competitivos entre os adolescentes são muito mais fortes do que as demonstrações de empatia. No entanto, é necessário avaliar a diferença entre ambas as atitudes e entender por que isso acontece, para, assim, encontrar soluções que levem a mostrar mais empatia e menos competitividade.

Por um lado, a empatia é a capacidade de pensar nas coisas do ponto de vista de outra pessoa. Ou seja, envolve a capacidade de reconhecer e responder aos sentimentos dos demais de maneira adequada.

Na adolescência, essas habilidades ajudam os jovens a resolver problemas sociais, a controlar as suas emoções e a lidar com as emoções das outras pessoas. Além disso, é muito importante para evitar conflitos.

No que se refere à competitividade, ela pode ser positiva para os adolescentes até certo ponto. O motivo é que, entre outras coisas, ela faz com que eles consigam alcançar o seu máximo potencial.

Entretanto, torna-se é um problema quando passa a ser algo obsessivo. A competição traz o risco de que os jovens possam ter uma ideia errônea das suas capacidades.

Assim, é recomendável que você eduque o seu filho ensinando que o importante é que as pessoas devem superar a si mesmas, e não ter em mente o trabalho ou o nível dos demais.

Por outro lado, você deve levar em consideração que a pressão social é um dos aspectos que dificulta em maior medida que exista mais empatia entre os adolescentes. Embora seja verdade que é possível que esse sentimento surja de maneira individual, o mesmo não ocorre quando se está em grupo, quando a influência é ainda maior.

Empatia na adolescência

A empatia, na sua forma mais básica, é a capacidade de sentir a dor de outra pessoa, ou, pelo menos, imaginá-la de uma maneira vívida e pessoal. Trata-se de um sentimento muito positivo para os adolescentes, já que serve para que eles aprendam a não fazer com os outros aquelas coisas que eles não gostariam que fizessem com eles.

Mais empatia e menos competitividade na adolescência

Da mesma forma, a empatia é um dos aspectos que mais são levados em consideração na hora de explicar os relacionamentos entre adolescentes.

Um déficit de empatia pode fazer com que os adolescentes tenham problemas de comportamento e sejam agressivos ou antissociais. Por isso, recomenda-se que os pais fomentem a empatia nas crianças à medida que elas se desenvolvem.

Certamente, a adolescência é uma etapa ideal para adquirir valores e comportamentos que podem acompanhar a vida dos jovens. A empatia é uma atitude que contribui para que os adolescentes adquiram bons comportamentos e uma maior sensibilidade em relação ao que as outras pessoas sentem.

Por outro lado, ela também favorece o companheirismo e o trabalho em equipe. O ato de se preocupar com os demais ou de levar em consideração os sentimentos das outras pessoas faz com que os jovens possam unir forças para obter um resultado muito melhor em qualquer tipo de atividade que pretendam realizar.

“A derrota não é o pior dos fracassos. Não tentar é o verdadeiro fracasso”.
–George Edward Woodberry–

Competitividade na adolescência

A adolescência é uma etapa na qual os jovens procuram e forjam a sua identidade pessoal. Nesse processo, o sentimento de competitividade é constante e se traduz nas contínuas comparações que os jovens costumam fazer entre si mesmos e os seus iguais. De fato, os adolescentes costumam se comparar com o objetivo de obter a aprovação para muitas das suas ações.

Isso significa que, por meio das comparações, eles adquirem uma perspectiva da realidade na qual classificam conquistas e sucessos. Assim surge a competitividade, em uma incessante busca por ser melhor que os demais, alimentada, além disso, pela insegurança pessoal que acompanha essa etapa.

Embora seja verdade que em muitas situações da vida a competitividade é positiva para aumentar e melhorar o rendimento, ela é considerada um dos maiores problemas na adolescência.

Isso porque, nessa etapa, essa qualidade pode levar à falta de companheirismo e a uma ideia errônea da realidade desde uma idade muito precoce e influenciável.

Mais empatia e menos competitividade na adolescência: jovens praticando esportes

Igualmente, a competitividade na adolescência pode ser realmente preocupante, já que os jovens atribuem sucessos ou fracassos a si mesmos de acordo com comparações em relação ao rendimento do resto dos seus colegas em alguma atividade.

No entanto, as amizades não devem agir como termômetro para saber qual é o nível de competência que uma pessoa tem em um âmbito da vida.

Por fim, a ideia de incluir mais empatia e menos competitividade na adolescência consiste em realizar uma mudança de perspectiva por parte dos adolescentes. Para que isso seja possível, os pais devem ajudar os seus filhos por meio de uma boa educação e do ensino de valores.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.