Meu filho não é diferente nem especial

Alguns estereótipos sociais transformaram as doenças das crianças em casos de involução pessoal.
Meu filho não é diferente nem especial

Última atualização: 15 junho, 2018

O termo “especial” é comumente usado para definir crianças com transtornos congênitos como a síndrome de Down. Mas quando uma criança sofre de algum outro transtorno de comportamento, muitas vezes a falta de conhecimento e, inclusive, de respeito faz com que muitas pessoas a considerem “diferente”.

A diferença é um elemento não tão fácil de definir. Algo é diferente quando não se parece com aquilo que vemos todos os dias. Uma pessoa é considerada diferente por diversas razões. Às vezes são características faciais marcantes ou alguma deformação. Mas a verdade é que uma pessoa que tem uma doença tende a ser considerada diferente.

Uma mãe cujo filho é chamado de especial ou diferente provavelmente não fica feliz, principalmente porque o amor materno é capaz de superar qualquer prova da vida. Quando sabemos a natureza da doença somos mais cuidadosos. Mas o respeito pelas condições de saúde que uma criança apresenta deve ser superior a qualquer outro pensamento superficial.

Os desafios dos pais de uma criança que tem uma doença

Ninguém pode julgar uma mãe dedicada, sobretudo quando seu filho tem uma doença. Entretanto, a sociedade impõe um desafio pessoal porque tanto adultos quanto outras crianças tendem a apontar a condição dos seus filhos.

Alguns problemas de comportamento das crianças podem não ser identificados com facilidade, o que incita julgamentos injustos, como, por exemplo, dizer que é diferente.

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Em muitos casos, algumas crianças que se relacionam com aquelas que têm uma doença podem ser cruéis e, em outros casos, inclusive, podem chegar a sentir medo. Essa situação, geralmente, é mais difícil para a mãe. É possível que a criança não perceba o tratamento recebido (embora aconteça em alguns casos), mas as mães sofrem muito com isso.

A criança que tem uma doença, geralmente, não se dá conta do contexto que vive, como receber tratamentos constantes, ter um regime médico rígido ou frequentar centros de estudo especializados. Nesses casos, quando se trata de uma doença congênita, a criança acaba conhecendo somente essa maneira de viver.

Por outro lado, os pais precisam lidar com os desafios sociais. Um deles é se preocupar com o fato de que seus filhos talvez sejam tratados com desprezo ou que não possam ter uma vida normal como a de outras crianças.

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Os pais de crianças que nasceram com uma doença devem estar preparados para enfrentar desafios

  • Um dos principais desafios a enfrentar é pessoal. Os pais precisam adequar suas vidas às condições do filho e estar dispostos a superar novos desafios. O medo é um dos desafios pessoais a superar nesses casos.
  • Dependendo do tipo da doença que a criança tem, ela pode ter tendência a desenvolver outros problemas de saúde com mais frequência. Isso implica que, além da sua condição desde o nascimento, a criança pode desenvolver problemas de saúde mais graves.
  • As crianças que têm uma doença precisam de cuidados diferentes. Por isso deve haver grande capacidade física, mental e financeira para solucionar as adversidades. Encontrar medicamentos, instituições e profissionais da área pode ser tão difícil quanto pagar por eles.
  • Defender a criança da sociedade que a categoriza como diferente e não proporciona espaço para seu desenvolvimento é uma barreira difícil de superar. Por isso, os pais devem estar preparados mentalmente para que seus esforços mantenham seu filho a salvo das injustiças.
  • Deixar de lado seus interesses pessoais e dedicar sua vida aos cuidados com o filho é facilmente superado pelo amor. Mas nunca deixa de ser difícil. Amar nosso filho com necessidades especiais não impede que às vezes tenhamos vontade de desistir.
  • A negação em aceitar que nosso filho tem uma doença pode ser prejudicial. Tanto para a criança quanto para o resto da família. Mesmo que possa ser muito difícil reconhecer que a criança necessite de intervenção médica, isso é fundamental para que a qualidade de vida da família melhore.
  • Equilibrar a atenção que nossos filhos recebem, exige um esforço que é indispensável. Pois, mesmo que um de nossos filhos necessite de mais atenção que outro, como pais, devemos ser justos com todos os membros da família.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.