Como se conectar com seus filhos durante as brincadeiras

Como se conectar com seus filhos durante as brincadeiras

Última atualização: 17 novembro, 2016

Existe uma regra de ouro para se conectar com seus filhos durante uma brincadeira: respeitar as regras da criança. É seu jogo, ele quem manda. Isso, na experiência de Diomar Romero, mãe de uma menina de cinco anos e de um adolescente de 15 é crucial e tão importante como envolver-se realmente na atividade lúdica. “Brincar sem estruturas é uma benção para a mente de um adulto”, diz. 

Importância da brincadeira

Brincar é uma atividade imprescindível para o desenvolvimento e a formação da criança, assegura a maioria dos textos de pedagogia, entre eles o intitulado Einstein não memorizou, aprendeu brincando. Diomar Romero expressa que essa é uma espécie de verbo para as crianças, afirma isso porque sua filha lhe diz: quero brincar de tomar banho, quero brincar de comer, quero brincar de dormir…

“Brincar é essencial. É tanto que deveria ser normal que o pediatra nos pergunte dados sobre as horas de brincadeiras dos nossos filhos, porque a qualidade e quantidade de horas de brincadeiras da criança se derivarão em conhecimentos, atitudes e habilidades sociais necessárias para a vida adulta”, explica a psicóloga Rosa Jove em seu livro Ni berriches ni rabietas (algo como Sem birras, em português).

Romero concorda com o livro e recomenda sentar-se no chão para brincar com as crianças, desconectar o celular e se entregar-se inteiramente à atividade lúdica.

A mãe de dois filhos explica que através dessas estratégias pode conseguir informações de seus filhos, o que de outra maneira seria mais difícil.

“Minha filha me disse que quer brincar de Mario Bross, isso significa que eu devo fazer a voz do Mario. Nessas ocasiões, aproveito a oportunidade para perguntar como foi na escola, como se sente“, conta a mãe, que recomenda respeitar as regras da criança e não impor as suas, pois se trata de brincadeiras desestruturadas e imaginativas, sem objetivo definido, sem prêmios.

Esse canal de comunicação livre, como qualifica essa mãe, serve também para ensinar seu filho: “enquanto dou banho nela, explico as partes do corpo; enquanto come, lhe digo para que serve cada talher.”

No entanto, seja sutil. Uma pedagoga entrevistada no programa de televisão espanhol Redes, titulado Não me incomode mamãe, estou aprendendo, adverte: a brincadeira é mágica, mas se a criança se dá conta de que o adulto está tirando algum proveito, o encanto desaparece e o jogo acaba. 

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Brinque de verdade

“Quando for brincar com seus filhos, é necessário que você esteja envolvido, que esteja ali, caso contrário eles notarão e é muito provável que lhe chamem a atenção ou se ofendam. Além disso, fazer isso é um presente para você como mãe, não é um favor que você está fazendo ao seu filho”, afirma Romero.

Brinque de verdade, aí está o segredo! Esses momentos, ressalta a mãe, lhe brindam a possibilidade de rir de coisas sensíveis e de aproveitar: brincar livremente é uma benção para a mente de um adulto!

Lembre-se que o tempo que você compartilha com seu filho é uma das melhores maneiras de estabelecer vínculos ou conexões estáveis, íntimas e duradouras. Se essas se estreitam por meio de momentos de brincadeiras, com certeza serão uma lembrança gratificante.

 

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Conecte-se com seus filhos com o videogame

Os videogames oferecem opções para que toda a família participe, argumenta o conferencista e escritor norte-americano Marc Prensky, que afirma que esses dispositivos influenciam emocionalmente as crianças porque os motivam a alcançar objetivos, os convidam a cooperar e os ensinam a assumir riscos. 

Essas plataformas fazem com que os pais, os avós e as crianças participem do mesmo jogo, cada um com seu nível e suas habilidades”, fundamenta Prensky, um reconhecido visionário educativo que defende o uso de videogames para melhorar a educação.


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