O mel não é recomendado para bebês por estes motivos

Conhecemos os múltiplos benefícios do mel. É um produto natural e 100% recomendado em muitos casos. No entanto, existem fortes razões pelas quais o mel não é recomendado para bebês menores de um ano.
O mel não é recomendado para bebês por estes motivos

Última atualização: 17 julho, 2018

O mel, conhecido adoçante natural, obviamente contém açúcar. Além disso, pode ser um alimento perigoso para os bebês porque em alguns casos contém uma bactéria prejudicial aos pequenos.

Muitas famílias consideram que o mel pode ajudar a adoçar naturalmente o leite e os alimentos que o bebê consome. Inclusive, alguns pais podem chegar a colocar mel na chupeta dos filhos. Ele também é usado no tratamento de queimaduras e feridas. Enfim, o mel tem muitos usos. Mas nem sempre é a melhor opção.

Assim, como há muitas razões para consumir o mel, também há muitas outras para restringir seu consumo aos bebês. Sabemos que é um ótimo produto para a saúde humana, útil em muitos casos, além de ser delicioso e nutritivo. Mas há motivos cientificamente comprovados que proíbem seu consumo por bebês menores de um ano de idade.

Devido às propriedades infinitas atribuídas a esse alimento, os adultos não pensam duas vezes antes de considerá-lo adequado aos pequenos. No entanto, segundo pesquisadores, podemos cometer um grave erro sem saber. A seguir, você verá as razões pelas quais devemos nos preocupar quanto ao consumo do mel.

Dar mel aos bebês é perigoso

O mel é um produto natural que contém uma bactéria conhecida como Clostridium botulinum, capaz de causar o botulismo. Essa bactéria pode sobreviver no mel e, quando chega ao intestino do bebê, que ainda não está completamente formado, pode causar alguns problemas.

o mel

Essa ameaça afeta somente os bebês menores de doze meses. Assim, o mel é inofensivo para os adultos ou para as crianças mais velhas. O sistema digestivo conta com defesas naturais contra várias bactérias, inclusive essa. Além disso, a acidez do estômago é sua primeira barreira. Entretanto, essas defesas ainda não estão bem desenvolvidas nos bebês.

Outros adoçantes provenientes da cana também podem ser prejudiciais. Pois, a cana está na lista de alimentos que podem favorecer o desenvolvimento do botulismo infantil. Sabe-se que somente há quarenta anos esse problema começou a ser diagnosticado. A bactéria foi encontrada em vários organismos que estão frequentemente em contato com a terra e, em grande parte, com o mel.

Como se sabe, outros elementos não podem ser controlados. Mas o consumo desse alimento pode ser interrompido imediatamente. Por essa razão, uma vez descoberta essa ameaça, foi emitido um alerta de risco para os bebês quanto ao consumo desse alimento.

O mel pode conter a bactéria Clostridium botulinum

Os esporos da bactéria Clostridium botulinum podem permanecer em vários produtos derivados do mel da abelha e também da cana. Essa bactéria é considerada como precursora da doença conhecida como botulismo. O botulismo pode se tornar uma doença muito grave e potencialmente mortal. Ele atinge com mais força bebês a partir de seis semanas até seis meses de idade.

o mel

Os sintomas dessa doença aparecem nos primeiros dias em que os esporos da bactéria Clostridium botulinum chegam ao intestino do bebê e podem se desenvolver até um mês depois. A princípio, se manifesta por meio da prisão de ventre. Por isso, muitas vezes é uma doença difícil de distinguir entre outras infecções possíveis.

Outros sintomas que indicam a presença dessa doença são:

  • Fraqueza muscular
  • Dificuldade para manter a cabeça erguida
  • Problemas respiratórios
  • Pálpebras caídas
  • Choro fraco e recorrente
  • Dificuldades para sugar e engolir
  • Falta de tônus muscular
  • Letargia
  • Paralisia ou pouca mobilidade nas extremidades inferiores
  • Perda do reflexo para vomitar

Geralmente, essa doença pode ser efetivamente tratada quando diagnosticada a tempo. Ela é controlada com imunoglobulina botulínica, que faz com que a doença desapareça em um espaço de tempo relativamente curto. Apesar disso, na maioria dos casos a internação é necessária.

O tratamento complementar implica manter uma alimentação adequada e observar se o sistema respiratório está bloqueado ou funcionando adequadamente. De resto, as complicações que podem aparecer estarão relacionadas especialmente com eventuais problemas respiratórios.

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  • Wikstrom S., Holst E., Infant botulism – why honey should be avoided for children up to one year. Lakartidningen, 2017.
  • Rosow LK., Strober JB., Infant botulism: review and clinical update. Pediatr Neurol, 2015. 52 (5): 487-92.

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