O que é a alotriofagia?

Neste artigo, vamos contar tudo o que você deve saber sobre a alotriofagia: por que acontece, como tratar e outros aspectos do seu interesse.
O que é a alotriofagia?

Última atualização: 23 março, 2022

É possível que, em algum momento, possamos encontrar nossos filhos comendo, lambendo ou mordendo coisas que não deveriam. Um pedaço de massinha, tinta, cola, giz de cera, barro, etc. Esse tipo de comportamento é conhecido como: alotriofagia.

Trata-se de um transtorno do comportamento alimentar. Em outras palavras, a criança sente subitamente uma necessidade de comer substâncias que não fazem parte de nenhum grupo de alimentos e que, inclusive, podem ser prejudiciais à saúde. Vale destacar que essa necessidade é quase incontrolável.

É considerado normal que uma criança coloque na boca substâncias não alimentícias até os 18 ou 24 meses de idade, aproximadamente. Mas se o comportamento persistir, já pode ser considerado um transtorno. Razão pela qual é importante ficar atento.

O que a alotriofagia indica?

A alotriofagia reflete uma insuficiência. Quer seja orgânica (déficit de nutrientes), quer seja psicológica (distúrbios mentais, deficiência intelectual, entre outros). Isso significa que, de acordo com o caso, o transtorno vai se manifestar por uma ou outra causa. É muito importante identificar a causa com um profissional da saúde para poder aplicar um tratamento adequado.

 “A alotriofagia é um transtorno ou uma perturbação que leva a criança (ou uma pessoa adulta) a ter um comportamento alimentar inadequado, sem lógica.”

Uma criança ou uma pessoa adulta que sofre desse transtorno pode comer terra, giz, papel, cheirar esmalte e até comer carvão ou fezes (animais ou humanas) de forma indiscriminada.

História do transtorno

A alotriofagia também é chamada de “pica”, nome que faz referência a um pássaro, especificamente o urraca. Essa ave apresenta um comportamento bastante estranho em relação aos seus hábitos alimentares. 

a alotriofagia

No entanto, esse pássaro também era usado por várias civilizações como parte de rituais e fórmulas de cura. Por exemplo, comer barro de argila é considerado um ato capaz de curar. Não é algo comprovado cientificamente e nutricionalmente não é admissível.

Incidência desse transtorno

Definir ao certo se essa prática sem lógica continua existindo é difícil de prever, pois muitas pessoas não estão dispostas a admitir que sofrem desse transtorno.

Mas saber o que é a alotriofagia nos permite entender por que muitas pessoas sentem vergonha disso. Elas sabem que se trata de algo completamente fora do comum e, inclusive, muitas pessoas têm consciência do quanto esse ato é prejudicial à saúde, mas não conseguem evitar.

Se nossos filhos sofrem desse transtorno, é muito importante tomar as medidas necessárias para impedir que esse hábito se mantenha.

Se a criança já tem idade suficiente para entender os motivos, é muito importante conversar com elas. Explique por que é ruim comer essas substâncias que não são alimentos e tudo o que esse ato implica. Dessa forma, ela poderá entender melhor o problema e por que seria muito positivo ouvir esse conselho da mamãe ou do papai.

Fatores de risco da alotriofagia

Agora que já sabemos o que é a alotriofagia, podemos entender que se o ambiente familiar for confuso e hostil de alguma maneira, as chances de sofrer desse tipo de transtorno são maiores.

Além disso, existem fatores que podem influenciar para que um membro da família desenvolva esse comportamento, como por exemplo:

a alotriofagia

Causas da alotriofagia

  • Fator nutricional. Nessa perspectiva, acredita-se que o aparecimento desse transtorno ocorre devido à deficiência de algum mineral no organismo, como o ferro e o zinco. A alotriofagia é uma forma de compensar essa deficiência geralmente pela ingestão de terra.
  • Fator sensorial. Afirma-se que a pessoa que sofre desse transtorno gosta do sabor, da textura e do cheiro da substância que ingere de forma irracional e exagerada.
  • Fator psicossocial. Associa-se o transtorno a um maior ou menor grau de problemas de ansiedade.

O tratamento para esse tipo de problema pode incluir o uso de fármacos se o médico considerar adequado. Por outro lado, também será necessário manter uma terapia psicológica constante e colocar em prática os conselhos do profissional de forma adequada e coerente. O importante é busca a melhora do paciente a fim de garantir uma boa saúde.


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