O que é a Febre do Nilo Ocidental e como ela afeta a gravidez?
A Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma infecção transmitida através da picada de um mosquito e gera, principalmente, uma inflamação conhecida como “encefalite”.
A época do ano na qual há um risco maior de infecção é o verão. Isso se deve ao fato de que as pessoas passam mais tempo ao ar livre e, por outro lado, o clima favorece a sobrevivência de mosquitos e insetos em geral. Portanto, é necessário ter cuidado e tomar as medidas preventivas necessárias para evitar o contágio.
Isto posto, a Febre do Nilo Ocidental pode afetar o sistema nervoso de tal forma que pode causar a morte se o atendimento médico não for recebido a tempo.
Encefalite, inflamação do cérebro
Este vírus é classificado como uma doença de aparecimento recente que foi registrada a partir de 1937 na África, 1957 na Europa e 1999 nos EUA.
O vírus da Febre do Nilo Ocidental começa a se manifestar através de desconfortos leves, como febre e dor de cabeça. Como esses sintomas são tão comuns, passam despercebidos e isso dificulta o diagnóstico de um processo infeccioso maior.
Quando o vírus da Febre do Nilo Ocidental se aloja, os tecidos do cérebro começam a ficar irritados, o que causa inflamação e dor.
Sintomas da Febre do Nilo Ocidental
No entanto, a partir da febre e dores de cabeça, se não houver atendimento médico necessário, esses sintomas podem passar para uma condição muito mais intensa e evidente. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Fadiga.
- Dor de cabeça.
- Febre alta.
- Erupção cutânea.
- Conjuntivite.
- Fraqueza muscular.
- Inflamação de tendões.
- Rigidez nos músculos do pescoço.
- Falta de coordenação dos membros.
- Em casos graves, o vírus pode causar derrames cerebrais e danificar os neurônios, o que, consequentemente, afetará as funções do corpo.
Como afeta a gravidez?
As pesquisas mais recentes mostraram que o vírus da Febre do Nilo Ocidental pode afetar a mãe durante a gravidez. Portanto, o feto será afetado e, possivelmente, terá ou desenvolverá algumas (ou várias) doenças ao nascer.
Segundo um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, entre 7% e 10% dos bebês nascidos de mães infectadas tinha defeitos congênitos graves. As condições mais proeminentes são: lábio leporino e síndrome de Down.
O mesmo estudo também indica que as complicações e os riscos parecem depender do momento em que a mulher foi infectada com o vírus, isto é, durante o primeiro, segundo ou terceiro trimestre da gravidez.
E embora ainda haja muito a descobrir, acredita-se que o vírus da Febre do Nilo Ocidental seja responsável por muitos casos de diversas malformações evidenciadas tanto na fase pré-natal quanto no momento do nascimento do bebê.
Aparecimento de sintomas e cuidados
Os sintomas geralmente aparecem entre 3 e 14 dias depois de levar a picada de um mosquito transmissor, sendo esta a causa mais comum de infecção.
Alguns procedimentos médicos, como transfusões ou transplantes, apresentam um risco mínimo, e se você estiver amamentando seu bebê, o risco permanece em sua mínima escala.
Na maioria dos casos, as mulheres grávidas precisarão de tratamento de apoio, através do qual serão administrados fluidos intravenosos, e exames de sangue serão realizados para detectar quaisquer alterações que possam afetar a saúde da mãe e do feto.
Como evitar o contágio desse vírus?
Obviamente, medidas devem ser tomadas dependendo da área onde se resida. Entre elas, um controle de pragas, tão abrangente quanto possível, e também usar repelentes ou antibióticos naturais.
Também é importante não se expor nos horários ou nas áreas mais propensas à atividade dessas pragas. Além disso, você deve evitar água parada e se houver um animal morto em sua propriedade ou em áreas próximas, ele deve ser enterrado ou incinerado.
Se você vive no campo e tem cavalos ou burros, tente não frequentar essas áreas, porque eles têm sido um vetor comum. Em outras palavras, quando picados por mosquitos esses animais ficam infectados e isso pode, por sua vez, disseminar a infecção para os seres humanos.
No caso de estar grávida, você deve ter extrema cautela. Infelizmente, há pouco o que se fazer quando já se foi infectado com o vírus da Febre do Nilo Ocidental. Por isso, é melhor ser cautelosa e tomar todas as medidas de prevenção disponíveis.