Pálpebras caídas: causas e tratamento

Embora geralmente não seja uma condição séria, se não for avaliada no tempo certo com um médico, as pálpebras caídas podem gerar complicações na visão da criança.
Pálpebras caídas: causas e tratamento

Última atualização: 27 março, 2019

As pálpebras caídas são conhecidas como ptose. Essa condição ocorre quando a pálpebra é menor do que deveria ser, por isso afeta total ou parcialmente a visão. Pode ocorrer em um ou ambos os olhos da criança, tanto congenitamente como por outros fatores que danificam diretamente a pálpebra.

Quais são suas causas?

Existem várias causas que podem estar relacionadas às pálpebras caídas. Entre as principais, podemos encontrar:

  • Congênita: ocorre quando o músculo elevador da pálpebra do olho não se desenvolve completamente durante a gestação do bebê.
  • No momento do nascimento: o músculo palpebral do bebê pode ser afetado pelo uso de fórceps (um instrumento para ajudá-lo a nascer durante o trabalho de parto).
  • Distúrbios com o movimento dos olhos: estão ligados a problemas com os músculos do movimento dos olhos.
  • Problemas com o cérebro e sistema nervoso: ocasionalmente, pode ser a existência de uma anomalia cerebral ou de uma doença neuromuscular o que afeta os olhos.
  • Inflamação: aqui estão incluídos outros fatores não associados à deficiência muscular que controla as pálpebras, como o crescimento de tumores nas pálpebras, alergias, traumas ou conjuntivites.
ptose em crianças

Sintomas mais comuns

As pálpebras caídas geralmente são detectadas com aproximadamente seis meses de idade, porque é quando o bebê começa a ficar mais acordado e pode ser mais expressivo com o rosto. Caso isso aconteça, geralmente observa-se:

  • Inclinação da cabeça para trás para poder enxergar: quando isso acontece, o pequeno geralmente sofre de torcicolo crônico.
  • Elevação da sobrancelha: para levantar a pálpebra caída.
  • Excesso de lacrimejamento: produção exagerada de lágrimas.
  • Falta de visão: cegueira parcial ou total na criança.

Consequências das pálpebras caídas em bebês e crianças

A ptose não é uma condição séria, mas se as pálpebras caídas cobrirem a pupila parcial ou completamente, podem comprometer a visão e produzir alguns dos seguintes problemas:

  • Ambliopia ou olho preguiçoso. Provoca a diminuição da visão de um ou ambos os olhos da criança.
  • Estrabismo ou vesguice. É uma condição de alteração na qual os olhos não se voltam para a mesma direção ou, no caso do estrabismo, ocorre como resultado de um baixo controle dos músculos oculares pela criança.

Se os pais perceberem que a criança tem uma pálpebra caída ou uma pálpebra cai ou fecha de repente, é essencial consultar diretamente um especialista.

Tratamento

Pode-se dizer que, geralmente, o único tratamento eficaz para reparar as pálpebras caídas é uma intervenção cirúrgica. Não há exercício ou medicamento que fortaleça o músculo que controla o movimento das pálpebras.

No entanto, conforme especificado pelo Instituto de Microcirurgia Ocular (IMO), a criança com ptose congênita deve ser examinada periodicamente desde o nascimento. O oftalmologista deve avaliá-la e considerar um próximo procedimento.

  • Controle periódico: é necessário quando se trata de ptose congênita (desde o nascimento) para ser possível descobrir se há alguma doença que afeta a criança desde cedo.
  • Oclusão do olho saudável: no caso em que se requer correção ótica com lentes e há a presença de ambliopia (diminuição da visão), cobre-se o olho saudável para tentar forçar o olho afetado.
  • Intervenção cirúrgica: os especialistas sugerem que seja aos três ou quatro anos, ou até cinco anos no máximo, porque a criança pode cooperar mais. No entanto, em casos de perda de visão é feito imediatamente, independentemente da idade.
criança no oftalmologista

Recomendações

Quando as crianças têm pálpebras caídas, a primeira coisa a fazer é levá-las ao pediatra. É importante que os pais cuidem do problema a tempo a fim de evitar complicações que possam levar à falta de visão de um ou ambos os olhos permanentemente, segundo a Academia Americana de Oftalmologia.

O médico irá encaminhar a criança ao especialista, que procederá à realização dos exames pertinentes e fará um diagnóstico para poder realizar os tratamentos adequados. Dessa forma, os pais seguirão as indicações do especialista para obter um resultado ótimo.

Portanto, é mais apropriado que essa correção seja realizada na infância, mesmo antes de a criança começar a escola. 

Com isso, evita-se que essa patologia afete seu desempenho escolar, seu desenvolvimento em relação ao seu ambiente e sua socialização.

Assim, é essencial que, no momento em que os pais notarem alguma anomalia na criança, consultem um especialista na área. Essa medida é essencial para evitar danos à saúde da criança no futuro.


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