11 perguntas sobre bullying

Essas perguntas podem fornecer informações que você talvez não saiba sobre um problema muito comum em crianças e adolescentes.
11 perguntas sobre bullying
Mara Amor López

Revisado e aprovado por a psicóloga Mara Amor López.

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 28 junho, 2023

Como mãe pai, você deve ter se questionado sobre o bullying, que, como tal, não é algo novo, pois já existe há muito tempo. A diferença é que agora é um assunto que recebe cobertura da mídia.

Esse tipo de abuso que ocorre continuamente causa sérias consequências para a vítima, tanto física quanto psicologicamente. Em muitas ocasiões, o bullying permanece oculto, seja porque as crianças sentem vergonha ou porque os adultos não possuem as ferramentas necessárias para detectá-lo.

Talvez você tenha dúvidas sobre como saber se seu filho está sofrendo com isso. Por isso, oferecemos as respostas às perguntas mais frequentes sobre o assunto entre os pais.

Dúvidas sobre bullying

Para acompanhar bem as crianças, é necessário entender melhor algumas questões relacionadas a essa condição, como causas, efeitos e alternativas. Saber bem o que você está enfrentando é sempre positivo. Vá em frente.

1. O que é o bullying?

Quando falamos de bullying, nos referimos a qualquer tipo de assédio que seja exercido contra uma pessoa, seja diretamente ou por meio eletrônico.

O bullying está relacionado a casos que ocorrem dentro da escola, instituto ou instituição educacional.

Pode se manifestar por meio de agressões físicas, zombarias, insultos, discriminação, difamação ou qualquer outro tipo de manipulação psicológica. Todos eles acabam afetando física, emocional e mentalmente a pessoa que sofre com isso.

Para que essa condição exista, são necessárias duas figuras principais: aquela que pratica o bullying (criança agressora) e aquela que o sofre (criança intimidada).



2. A partir de que idade pode começar o bullying?

Por volta dos 6 e 7 anos, as crianças começam a ter consciência dos danos que podem causar aos outros e, por sua vez, conseguem reconhecer quando alguém tenta atacá-las.

3. Quais são as características da criança intimidada?

Todas as crianças podem sofrer bullying, mas as agressoras tendam a procurar crianças mais submissas, com poucos amigos e retraídas. Se tiverem que escolher com quem mexer, o fazem com uma criança que as faz sair vitoriosas.

4. Qual é o perfil da criança agressora?

Não existe um perfil específico da criança agressora, mas o que se tem visto é que muitas delas possuem um histórico de terem sofrido algum tipo de abuso em casa ou em seu ambiente.

Também pode acontecer que a criança agressora sofra de um distúrbio de personalidade que a impeça de se adaptar adequadamente à sociedade. Dessa forma, quando ela prejudica os outros, ela alcança seu bem-estar.

5. Quais sinais da criança podem nos fazer suspeitar de bullying?

A grande maioria das crianças revela essa situação através de alterações no seu comportamento, como problemas de sono, pesadelos, depressão, irritabilidade, distúrbios alimentares, entre outros.

Normalmente, as crianças não contam o que lhes acontece com palavras.

No caso dos adolescentes, eles tendem a se isolar de seus amigos ou de seu ambiente mais íntimo e procuram ficar sozinhos. Esse tipo de comportamento pode nos alertar de que algo está acontecendo e, se o observarmos, é importante conversar com o adolescente e com seus professores da escola. Dessa forma, poderemos reconhecer o problema e ajudá-lo a aliviar seu sofrimento.

6. Como diferenciar briga na escola de bullying?

Uma briga começa impulsivamente em um ponto. Logo a seguir, o adulto responsável separa as crianças, tranquiliza-as e, em geral, a situação não volta a acontecer.

Quando falamos de bullying, o abuso infantil as brigas ocorrem constantemente e ao longo do tempo, com agressões físicas e verbais (isolamento, humilhação, desprezo, insultos, entre outros).

7. O mesmo tipo de bullying é sofrido por meninos e meninas?

No caso dos meninos, a tendência é que haja agressões físicas e verbais, devido à impulsividade desse gênero. Por outro lado, as meninas tendem a isolar a vítima e excluí-la do grupo de pares. Quando são adolescentes, elas também tendem a comportamentos agressivos.

8. Quais são as consequências do bullying?

As consequências tendem a atingir todas as esferas da vítima. Dentre elas, podemos citar as seguintes:

  • Ansiedade.
  • Depressão.
  • Pensamentos suicidas.
  • Distúrbios emocionais.
  • Baixa autoestima.
  • Perda de autoconfiança.
  • Problemas psicossomáticos.

O bullying não só produz consequências nas crianças agredidas, mas também na família e nos parentes, uma vez que veem de perto o sofrimento de um ente querido. Por isso, é importante oferecer a contenção necessária ao círculo íntimo da criança ou do adolescente violentado.

9. Podemos evitar o bullying?

Sim, é possível evitar o bullying. Mas para acabar com o problema, é fundamental a contribuição de toda a sociedade. O amor e a educação desempenham um papel fundamental, pois através deles podemos incutir valores e responsabilidades para vivermos em harmonia.



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Devemos estabelecer em nossos filhos bases sólidas de respeito por si mesmos e pelos outros. Devemos incutir empatia desde cedo na vida, para que eles aprendam a se colocar no lugar do outro antes de agir.

Para acabar com o bullying, temos que educar seres humanos sensíveis, capazes de enfrentar os limites sem medo e de compreender a dor alheia.

10. O bullying é mais comum hoje em dia?

Todos nós sabemos que o bullying e a violência na escola tem sido uma característica infelizmente comum. No entanto, como dissemos no início, dois fatores intervieram para torná-lo mais visível ou evidente: a viralização pelas redes sociais e a necessidade crescente de preservar o direito de crianças e adolescentes a uma vida sem violência.

Com efeito, a maior visibilidade do bullying tem contribuído para o sentimento unânime de que essa violência deve acabar, uma vez que tem um impacto negativo no desenvolvimento emocional das vítimas e agressores.

11. O que os pais e responsáveis devem fazer?

A percepção coletiva do aumento desses casos em todas as esferas criou a necessidade de acionar mecanismos de proteção que incluam os atores parentais, os responsáveis pelo sistema educacional e a sociedade como um todo.

Os pais devem estar atentos às marcas da violência e não ignorar situações do tipo em que seus filhos se envolvam, seja como vítimas ou como perpetradores.

Nesse sentido, faz parte das estratégias ter uma presença mais ativa na escola, fazer um acompanhamento minucioso do desempenho e fazer um levantamento periódico da situação do ano letivo.

Especificamente, acompanhe os sinais de:

  • Abandono e recusa contínua de ir à aula.
  • Assédio que se manifesta na perda inexplicável de dinheiro ou material escolar.
  • Afetação ou negligência da aparência pessoal.
  • Medo, depressão ou relutância.

A violência deixa marcas não só físicas, mas também psicológicas e espirituais.

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Uma convivência harmoniosa promove o respeito e evita qualquer tipo de comportamento violento.

Sobre as perguntas relativas ao bullying podemos dizer…

Essas perguntas sobre bullying podem ajudar você a entender um pouco melhor esse problema tão frequente da infância e adolescência.

É importante que assim que você suspeitar de um caso do tipo, denuncie ao local apropriado e procure ajuda psicológica urgente. Você não deve esquecer que isso só acaba se cada um fizer a sua parte.

Vamos criar filhos respeitosos, sensíveis, empáticos e preocupados consigo mesmos e com os outros, não crianças egoístas e incapazes de se colocar no lugar dos outros. Juntos podemos dizer NÃO ao bullying!

“Minha dor pode ser o motivo do riso de outra pessoa, mas meu riso nunca deve ser o motivo da dor de outra pessoa”

-Charles Chaplin-


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