Reflexo de busca nos recém-nascidos

Reflexo de busca nos recém-nascidos

Última atualização: 27 janeiro, 2018

O reflexo de busca nos recém-nascidos é fundamental para o início da fase como lactentes. Saber como identificar e o que fazer para estimular esse reflexo é de grande ajuda.

O reflexo de busca é um dos instintos que deve aparecer automaticamente em qualquer bebê saudável. Pertence a um grupo de reflexos primitivos que estão presentes não apenas nos bebês humanos, mas também nos bebês de qualquer mamífero.

Sua ausência pode ser sinal de uma anomalia à qual é preciso prestar atenção. Por isso, vamos contar detalhadamente o que é o reflexo de busca e por que é importante que ele esteja presente nos recém-nascidos.

Como perceber o reflexo de busca nos recém-nascidos?

O reflexo de busca aparece de maneira instintiva em todos os recém-nascidos e sua presença pode ser percebida, aproximadamente, desde o primeiro dia de vida até os quatro meses do bebê.

Esse reflexo é bem simples de ser estimulado. Basta aproximar o dedo do rosto do bebê, que não pode estar dormindo profundamente, encostar na sua bochecha e ver como, de maneira automática, ele vira a cabeça na direção da pressão realizada.

Como certamente você terá inferido, o reflexo de busca é uma forma de instinto que estimula o bebê a buscar a fonte de pressão, que comumente está ligada ao seio da mãe. Consequentemente, o reflexo de busca é o movimento inconsciente dos bebês em busca do mamilo da mãe e, portanto, é essencial à amamentação.

A importância desse reflexo reside no fato de que é o primeiro elo de uma cadeira de reflexos que permitem ao bebê se alimentar sem problemas no seio da mãe. Ou seja, ao iniciar a amamentação, o reflexo de busca leva a boca do bebê ao mamilo da mãe.

Depois, o reflexo de sucção e o de deglutição fazem sua parte para formar a tríade de comportamentos naturais que promovem a alimentação do bebê no seio da mãe, que será sua fonte de alimentação na primeira parte da vida.

reflexo de busca

Um instinto que desaparece

O reflexo de busca se trata apenas de um instinto passageiro para promover a cooperação do bebê na tarefa da amamentação. Esse reflexo desaparece normalmente por volta dos quatro meses de idade.

“O reflexo de busca é o primeiro elo de uma cadeia de reflexos que permitem ao bebê se alimentar”

É importante destacar que a perda do reflexo de busca não quer dizer que a criança tenha atingido maturidade suficiente para não precisar mais do leite materno.

O desaparecimento desse instinto apenas reflete que agora o bebê conta com consciência suficiente para buscar o seio da mãe quando o tiver por perto e estiver com fome. Portanto, nesse panorama, o bebê pode não responder ao estímulo do seio da mãe se não estiver com fome.

A importância do reflexo de busca

reflexo de busca

A ausência do reflexo de busca nos recém-nascidos não é um problema que a mãe possa resolver colocando por conta própria a cabeça do bebê no seu seio. Nesse sentido, a importância da presença desse instinto vai mais além de garantir uma alimentação correta.

Se o recém-nascido em um estado relativo de vigília não responder ao estímulo na bochecha, não buscando, consequentemente, a fonte de pressão, isso pode ser sinal de um problema motriz que limita o movimento dos músculos do pescoço para virar em busca desse estímulo.

Nesse caso, o diagnóstico precoce pode aumentar enormemente a evolução positiva dos bebês com condições desse tipo.

O reflexo de busca como forma de interação com a mãe

Muitas vezes, o reflexo de busca não será seguido pela alimentação por parte do bebê. Esse reflexo também é uma forma de contato com a mãe, que pode fazer o bebê se sentir seguro e menos ansioso.

“A ausência do reflexo de busca nos recém-nascidos não é um problema que a mãe possa resolver colocando por conta própria a cabeça do bebê no seu seio”

Por causa disso, não é raro que muitos bebês durmam melhor com a boca no seio da mãe, mesmo quando o reflexo de busca não signifique que uma nova sessão de alimentação vai começar.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.



Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.