Sexo após o parto: tudo que você precisa saber

A retomada da sexualidade após o parto depende de cada casal. Para alguns, o retorno à intimidade sexual é dificultado pela fadiga, dor ou porque o foco está inteiramente no bebê. Descubra neste artigo tudo o que você precisa saber sobre sexo após o parto.
Sexo após o parto: tudo que você precisa saber
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 04 fevereiro, 2019

A frequência das relações sexuais tende a diminuir durante o último trimestre de gravidez. De fato, o sexo após o parto não é fácil. Além do processo de recuperação do seu corpo, a atenção é geralmente dedicada ao bebê.

Após o nascimento, seu corpo precisa se recuperar. Isso geralmente leva de 4 a 6 semanas. Nesse período, a mulher sente fadiga, dor física e mudanças emocionais. Tudo isso pode exigir algum tempo até que o equilíbrio seja recuperado.

Em geral, a menos que haja uma grande complicação, não há contraindicações para a retomada do sexo após o parto. Recomenda-se que isso volte a ocorrer sem qualquer pressão e que as mães esperem até que o corpo e a mente estejam prontos. É necessário permitir um tempo de transição.

Sexo após o parto: tudo que você precisa saber

Tanto a mãe como o pai podem sentir menos interesse em sexo. É necessário encontrar um novo equilíbrio em relação às emoções, ao cansaço do parto, à nova paternidade e às mudanças físicas. Isso se aplica tanto a homens quanto a mulheres.

O aspecto emocional e psicológico das mulheres – e dos homens – também leva algumas semanas para encontrar um novo equilíbrio. Enquanto durante a gravidez há nove meses para se adaptar a uma nova imagem do corpo, após o parto, a mudança é mais radical.

A reorganização hormonal típica das primeiras semanas após o parto parece jogar contra a intimidade do casal, pois provoca momentos de tristeza e apatia. Todos esses sentimentos ficam misturados na cabeça da mãe e não facilitam a conexão entre o casal.

A diminuição do estrogênio e o aumento da prolactina, o hormônio que promove a amamentação, podem levar a uma perda do apetite sexual e, também, à redução da lubrificação vaginal.

sexo no pós-parto

Causas que influenciam o sexo após o parto

Estes são alguns fatores que afetam diretamente a retomada da atividade sexual após o nascimento de uma criança:

  • Dor

Para algumas mães, o sexo após o parto causa dor. Geralmente, a dor é causada pela episiotomia e pelos pontos de sutura. É normal que, após a cicatriz, a área perineal permaneça machucada e sensível por algum tempo.

  • Cansaço

Cuidar de um bebê 24 horas por dia é física e emocionalmente desgastante. Quando vão para a cama, os pais de primeira viagem só pensam em dormir!

  • A percepção do próprio corpo 

Muitas mulheres não se sentem atraentes após o parto. Como resultado, elas perdem a libido. Se isso acontecer com você, não se preocupe. Você pode precisar de algum tempo para recuperar sua silhueta.

“O sexo, assim como a memória, se não for exercitado, desaparece”

-Eduardo Punset-

Quando você pode fazer sexo após o parto?

Não há tempo definido para retomar as relações sexuais após o parto. A nível médico, não há nada que proíba que se faça amor poucos dias depois do nascimento do bebê.

Entretanto, o sangramento, que pode durar entre 2 e 4 semanas, a fadiga e uma eventual episiotomia, influenciam o adiamento das relações sexuais.

Às vezes, os casais esperar algumas semanas ou até mesmo meses. De fato, o sangramento intenso e o ressecamento vaginal são um freio para a recuperação do ato sexual.

Certamente, o ideal é não esperar demaisMedos e tensões podem se acumular e o casal pode vir a se distanciar após a gravidez.

Para evitar essa armadilha, a chave é manter uma boa comunicação e não perder contato. Massagens, elogios ou beijos podem manter o vínculo e levar ao desejo quando chegar a hora.

Libido diminuída: por que isso acontece?

Com a chegada do bebê, todas as mulheres experimentam uma perda da libido de origem hormonal, que dura de 4 a 5 semanas após o parto. Existem vários fatores que podem contribuir para a diminuição da libido. Apresentamos uma lista desses fatores abaixo:

  • O bebê monopoliza toda a atenção: a nova responsabilidade exige uma presença constante dos pais.
  • Ressecamento vaginal: hormônios da gravidez que estimulam a produção de leite podem causar ressecamento vaginal.
sexo depois da gravidez
  • Cicatrizes dolorosas: as cicatrizes de uma episiotomia ou cesariana são muitas vezes dolorosas e mães têm medo de que as dores piorem durante a relação sexual.
  • A mãe não se sente bem consigo mesma: algumas mães mais jovens ficam preocupadas com sua aparência física e acham que não são mais atraentes como antes da gravidez.
  • O pai se sente um pouco rejeitado: a nova paternidade influencia a sexualidade e uma possível diminuição do desejo.
  • A culpa do pai: o pai do bebê deseja retomar o sexo, mas tem medo de machucar a mãe.

Em suma, o sexo após o parto sofre uma pequena transformação. Se apesar de todas essas dicas, você ainda tiver problemas para voltar a ter relações sexuais, aconselhamos que você converse com o ginecologista para ver se há algum problema fisiológico que possa estar influenciando.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Byrd JE, Hyde JS, DeLamater JD, Plant EA. (1998). Sexuality during pregnancy and the year postpartum. J Fam Pract. 1998 Oct; 47(4):305-8.
  • Enderle, C. D. F., Kerber, N. P. D. C., Lunardi, V. L., Nobre, C. M. G., Mattos, L., & Rodrigues, E. F. (2013). Condicionantes y/o determinantes del retorno a la actividad sexual en el puerperio. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 21(3), 719-725. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-11692013000300719&script=sci_arttext&tlng=es
  • Gómez Cantarino, S., & Moreno Preciado, M. (2012). La expresión de la sexualidad durante la gestación y el puerperio. http://rua.ua.es/dspace/handle/10045/24154
  • González Labrador, I., & Miyar Pieiga, E. (2001). Sexualidad femenina durante la gestación. Revista cubana de medicina general integral, 17(5), 497-501. http://scielo.sld.cu/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0864-21252001000500015

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.