Violência na adolescência: o que acontece com os jovens?

A violência na adolescência tem inúmeras origens e causas. No entanto, é válido destacar que não é algo exclusivo dessa fase da vida.
Violência na adolescência: o que acontece com os jovens?

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 06 julho, 2020

A violência na adolescência pode ser explicada de várias maneiras. A questão do que acontece com os jovens também requer a investigação do papel dos adultos nesse sentido.

Violência na adolescência: o que acontece com os jovens e com os adultos?

É válido destacar que o papel dos adultos em relação aos adolescentes pode ser um fator importante e contribuir para transformar, de forma positiva, os seus interesses e projetos. Para isso, os adultos precisam estar presentes, mas infelizmente isso nem sempre acontece.

A falta de tempo é a única responsável?

Embora atualmente seja necessário trabalhar durante muitas horas, pode haver uma certa desinformação quanto à importância do papel que os pais desempenham na adolescência dos filhos.

Não são poucas as vezes em que ouvimos frases como: “Meu filho já cresceu, é hora de caminhar sozinho”. Embora exista uma certa razão nessa frase, o fato de trilhar o próprio caminho não significa que devemos estar totalmente afastados.

Assim como acontece quando nossos filhos aprendem a subir escadas – ou seja, conforme vemos que eles estão seguros, aumentamos a distância corporal entre nós e eles – na adolescência acontece algo semelhante. Quando sentimos e confiamos que eles podem resolver muitos dos problemas sozinhos, vamos nos afastando de forma saudável.

Violência na adolescência

Violência na adolescência: como os adultos lidam com os conflitos?

O modo como os adultos lidam com os conflitos é um fator decisivo para prever o que vai acontecer com os adolescentes. Além disso, o estabelecimento de limites na infância, se foi satisfatório ou não, é algo que pode antecipar muitos dos problemas que podem acontecer na adolescência. A violência na adolescência pode estar relacionada ao modo de resolver os problemas.

Consequentemente, é essencial que os pais obtenham aconselhamento regular no contexto das consultas pediátricas. Da mesma forma, caso seja possível, ao chegar à adolescência é importante que eles mantenham uma troca com um profissional especialmente capacitado em questões de saúde na adolescência.

Adolescência e telas

Muito já foi dito e escrito sobre esse assunto. Os videogames violentos têm alguma influência sobre a gênese da violência na infância e na adolescência? O senso comum pode nos fazer pensar que, embora possa haver alguma influência, esse não é o único fator.

Nesse sentido, Guillermo Goldfarb, pediatra e membro do Subcomitê de Tecnologias da Informação e Comunicação da Sociedade Argentina de Pediatria, menciona em seu texto Bebês, Crianças, Adolescentes e Telas que “os adultos, responsáveis ​​pela educação e pelo cuidado das crianças, também estão cada vez mais mergulhados em suas telas, e essa situação às vezes gera lacunas significativas na comunicação familiar”.

Por outro lado, o autor ressalta que “parece haver um consenso de que o início da interação da criança com as telas não deve ocorrer antes dos 2 anos de idade”, um assunto também abordado por profissionais da Sociedade Valenciana de Pediatria.

As recomendações publicadas recentemente pela Academia Americana de Pediatria (AAP) sobre o assunto sugerem a transferência dessa idade para os 18 meses. Antes dessa idade, seriam permitidos apenas os aplicativos de vídeo em tempo real, tais como Skype ou Facetime, uma vez que são usados ​​para a comunicação com familiares que moram muito longe.

Violência na adolescência

O que deve ser levado em consideração em relação à violência na adolescência

É importante não perder de vista o fato de que o uso problemático da Internet, que inclui o uso excessivo de jogos, é uma preocupação crescente e que, às vezes, é a fonte de uma diminuição do interesse pelos relacionamentos no mundo real, bem como de inúmeras “tentativas frustradas de diminuir o tempo dedicado a essas atividades e os sintomas de abstinência”, conforme ressaltado pelo Dr. Goldfarb.

Recomendações adicionais

  • Acompanhar a criação dos filhos durante as diferentes etapas.
  • Não presumir que chegar à adolescência pressupõe a ideia de desentendimento.
  • Promover a autonomia progressiva desde cedo pode ser um fator de colaboração.
  • A violência na adolescência não vem do nada, mas registra um determinado padrão e, portanto, pode ser evitada.

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Guillermo Goldfarb, Sociedad Argentina de Pediatría.
  • Sociedad Valenciana de Pediatría.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.