5 coisas que aprendi quando parei de gritar com meus filhos

5 coisas que aprendi quando parei de gritar com meus filhos

Última atualização: 28 dezembro, 2016

Ser mãe é uma tarefa difícil. E como é! Mas também é a melhor forma de engrandecer a nossa existência. Algumas vezes a angústia do dia a dia não nos permite  lembrar da maravilhosa tarefa que temos nas mãos e acabamos gritando ou repreendendo nossos filhos. Não porque estamos cansadas deles, mas porque o cansaço aparece como resultado do sem fim de tarefas adicionais que temos por ser mamãe, como se fossem pouca coisa.

Entretanto, às vezes somos nós mesmas que nos propomos alguma meta muito alta. Queremos filhos perfeitos, daqueles que não levantam a voz nem sujam as roupas. Ou aqueles filhos que são discretos e cumprimentam todas as pessoas com beijos. Queremos filhos que tirem boas notas e que tenham quartos perfeitamente arrumados, que leiam rapidamente aos 6 anos de idade e que não fiquem despenteados. Filhos que não perdem os brinquedos e que fazem os deveres sozinhos… Queremos crianças que só existem nas revistas!

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Assim o que aprendi quando parei de gritar com meus filhos foi:

O perfeito é inimigo do bom

Quando parei de gritar com meus filhos, aprendi que não preciso ser uma mãe perfeita. Ou seja, que não estou em uma competição diária para mostrar nada a ninguém. Eu entendi que meus filhos preferem que eu seja menos certinha e planejada e mais espontânea e feliz.

Talvez dobrar a roupa pela manhã ou lavar os pratos em outro momento me transformem em uma mãe mais humana, mais feliz e mais relaxada. Isso me transforma em uma mãe melhor. Talvez minha casa não seja aquelas casas de capa de revista. Mas o sorriso dos meus filhos são e isso acontece porque eu parei de gritar com eles.

Não tenho filhos perfeitos, mas também não quero filhos perfeitos

Meus filhos são perfeitamente imperfeitos. São crianças comuns: derrubam o suco, não gostam de tomar banho, reclamam para arrumar o quarto, não gosta de vegetais e sempre querem um brinquedo novo. E como poderia ser diferente? São crianças!

Eu amo meus filhos assim como eles são. Eles são como um turbilhão de risadas e de beijos grudentos. Meus filhos às vezes são imprudentes porque são espontâneos. às vezes são resmungões porque têm suas próprias opiniões sobre as coisas. Às vezes são caprichosos porque só querem ser felizes. Esses são meus filhos: perfeitamente imperfeitos. São crianças.

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Sou a mãe que meus filhos precisam

Mesmo antes da chegada deles na minha vida, eu já tinha ideias de como queria criar meus filhos. Quando estavam a caminho eu planejei o que ia fazer em cada situação. Não queria ser uma mãe de improviso.

Eu imaginei como ia ensinar meus filhos a orar. E como ia ensinar bons modos à mesa. Disse a mim mesma que jamais daria besteiras para meu filho comer e que o ensinaria a ser valente, independente e generoso. Enfim, fiz planos com pessoas que não conhecia. Que grande erro!

Logo me dei conta de que devo ser a mãe que cada um dos meus filhos precisa. Não a mãe que eu planejei ser. Em alguns momentos preciso ser firme, doce em outros, às vezes protetora e outras impulsiva. Cada filho precisa de uma mãe diferente porque cada um deles é diferente.

Os olhares dos outros em excesso

Tenho algumas boas amigas com as quais posso dividir com sinceridade as dificuldades que às vezes encontro ao criar meus filhos. Nesses momentos eu escuto as dificuldades delas também. Damos risadas e nos preocupamos juntas, buscamos alternativas ou chamamos à atenção umas das outras. Elas são minhas sócias, depois do pai dos meus filhos, nessa questão da maternidade.

Mas também já aprendi que há alguns olhares e palavras que vem em excesso. Esses são olhares e palavras de pessoas pouco sinceras que fingem perfeição somente para parecer perfeitas. Hoje em dia isso não tem valor nenhum para mim. Acho que essas pessoas precisam fazer isso para ter alguém para quem contar vantagem.

Aprendi a superar a mim mesma

Dentre todas as coisas que aprendi, meus filhos me ensinaram a criar forças nos momentos em que me sentia esgotada. Assim, eles me ensinaram a superar a mim mesma, a ser um ser humano melhor, a me perdoar com uma fé inabalável na próxima oportunidade. Eles me ensinaram a descobrir que sou forte e perseverante. Mais do que eu mesma pensava. Eles me ensinaram a me concentrar em uma meta, não nos obstáculos. E a perceber que posso atingi-las sem gritar com meus filhos.

Hoje em dia sou realmente uma versão melhor de mim mesma comparara ao momento em que eles nasceram. Eles fizeram eu me reinventar, me desafiaram a ser alguém melhor. Talvez meu corpo e minhas olheiras digam o contrário. Não vou nem falar das minhas unhas! Não digo que não senti falta de me ver como antes. Certamente seria muito bom, mas não troco por nada ter me transformado no que sou hoje em dia.

Todos os dias me levanto com o desejo de ser uma mãe à altura, com uma força inesgotável para conseguir educar meus filhos como cada um deles precisa. Não como eu gostaria, de modo a satisfazer meu ego. Realmente, nem todas as noites eu me deito satisfeita. Algumas sim, e muito, mas outras sinto que vou para a cama devendo um dia melhor para meus filhos, alguns abraços e talvez mais paciência. Nesses dias, mais que em nenhum outro, me deito totalmente convicta de que no dia seguinte terei uma nova oportunidade de não gritar com meus filhos.


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