A gengivite durante a gravidez

A futura mãe deve cuidar de seu bem-estar da cabeça aos pés durante a gravidez. A saúde bucal é uma das coisas mais importantes a se considerar.
A gengivite durante a gravidez

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 23 maio, 2018

Devido a alterações hormonais importantes, a mulher se torna mais suscetível a infecções e doenças. A gengivite durante a gravidez é uma delas.

Essa situação é mais comum do que você imagina nas mulheres grávidas. É uma doença periodontal que produz uma inflamação severa das gengivas, incluindo sangramento.

A infecção causa a destruição dos tecidos que sustentam os dentes. Essa doença se desenvolve após manter os depósitos de placa dentária por um longo período de tempo. Aproximadamente 50% das gestantes a apresentam.

Ainda que esta condição não implique riscos para a gravidez, não se deve permitir que ela avance, uma vez que, se não for tratada a tempo, pode causar algumas consequências. Uma doença periodontal avançada pode causar um parto prematuro.

Causas pelas quais a gengivite durante a gravidez é frequente

a gengivite durante a gravidez

Aumento do fluxo sanguíneo

Durante a gravidez, as mulheres experimentam um aumento do fluxo sanguíneo; isso pode resultar em dor e inflamação das gengivas e, em alguns casos, sangramento.

A sensibilidade dentária aumenta durante a gravidez devido às alterações hormonais, portanto, o risco de dor e inflamação nessas áreas é sempre latente.

Repulsa aos sabores mentolados

Ainda que seja pouco frequente, há casos de mulheres grávidas que desenvolvem repulsa em relação aos sabores mentolados. Eles lhes causam náuseas e, portanto, elas buscam evitá-los. Uma vez que os cremes dentais são feitos basicamente com sabores mentolados, os episódios de vômito aumentam e, como consequência, se danificam as gengivas.

Os á cidos estomacais presentes no vômito enfraquecem o tecido das gengivas e o esmalte dos dentes, tornando a saúde bucal vulnerável.

Respiração pela boca

Quando a mãe tem um resfriado, é provável que ela sofra de muita congestão nasal. Tendo as narinas entupidas, ela irá respirar pela boca, o que aumenta o risco de ter gengivite durante a gravidez.

Mudanças na salivação

Íons como potássio, cálcio e ferro aumentam na composição da saliva durante a gravidez, e ela também adquire um pH mais baixo, ficando, portanto, mais ácida.

O acúmulo de placa dentária é favorecido diante dessas condições, já que as bactérias anaeróbias se proliferam. Da mesma forma, a mucina aumenta durante a gravidez. A proteína mucina aumenta a adesão, de modo que as qualidades destrutivas da placa bacteriana são favorecidas.

Sintomas da gengivite

  • Dor e inflamação
  • As gengivas apresentam um aspecto brilhante.
  • Sensibilidade, inflamação e vermelhidão das gengivas.
  • Ocorre sangramento ao escovar os dentes.

Se, durante a gravidez, a mulher apresentar algum desses sintomas, deve ir imediatamente ao seu dentista para receber tratamento a tempo e evitar complicações.

Complicações da gengivite durante a gravidez

A gestante deve estar atenta a qualquer sintoma durante o período de gestação. Embora possa parecer que as doenças bucais não implicam um risco maior para a gravidez, elas podem trazer consequências inimagináveis quando não tratadas a tempo.

  • Proliferação de aftas. As aftas são chamadas de tumores da gravidez. Felizmente, sua remoção não é difícil, mas também é desconfortável para a mulher.
  • Parto prematuro. Mulheres que sofrem de alguma doença periodontal são três vezes mais propensas a ter um parto prematuro. A barreira hematoplacentária recebe substâncias secretadas pelo sistema imunológico, e estas causam o adiantamento da data do parto, geralmente antes do final da 37ª semana.

“O tártaro é o principal fornecedor de bactérias do sistema imunológico”.

Tratamento da gengivite durante a gravidez

Tratamento da gengivite durante a gravidez

Esta doença pode ser perfeitamente evitada mantendo-se uma boa higiene bucal. As mulheres devem estar cientes de que, durante a gravidez, as medidas devem ser ainda mais rigorosas, devido às mudanças que o corpo vivencia e às consequências que isso tem na sua saúde.

A escovação deve ser prolongada por pelo menos três minutos, e a frequência mínima de escovação deve ser de duas vezes ao dia. A escova de dentes deve ser de cerdas macias, de modo que os danos às gengivas sejam minimizados, e devem ser substituídas a cada seis meses. O uso do fio dental é recomendado diariamente.

Os gargarejos com água morna e sal (uma vez ao dia) ajudarão a manter a saúde bucal. Por outro lado, se recomenda agendar pelo menos uma visita ao dentista por cada trimestre, para garantir que tudo esteja sob controle.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.