A alimentação do bebê durante as primeiras semanas de vida

A alimentação do bebê durante as primeiras semanas de vida

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 08 janeiro, 2018

Leite materno ou de fórmula? A seguir, falaremos sobre o que você deve saber sobre a alimentação do bebê durante as primeiras semanas de vida.

A alimentação do bebê durante as primeiras semanas de vida

Por ser uma etapa fundamental do desenvolvimento do ser humano, a alimentação do bebê durante as primeiras semanas de vida é uma questão muito delicada e que exige muita atenção. Vamos falar dos principais aspectos dessa temática.

Não é nenhuma descoberta recente o fato de que o leite materno é o melhor alimento que um bebê pode consumir nas primeiras semanas de vida. É igualmente ou mais importante do que a nutrição da mãe durante a gravidez, que também tem as suas consequências na saúde do futuro bebê.

Por que o leite materno faz tão bem para a saúde? São muitas as razões. Uma das principais é o fornecimento dos nutrientes que o bebê precisa para crescer saudável. Devido ao fato de ser composto por água, proteínas, vitaminas, hidratos de carbono, sais minerais e gorduras, o leite materno contém exatamente o que o bebê precisa para uma alimentação correta.

Além disso, o leite materno promove o desenvolvimento sensorial e cognitivo, protege contra doenças infecciosas e crônicas e gera o elo de ligação entre a criança e a mãe, fato não menos importante para o seu desenvolvimento psicológico. Segundo a UNICEF, o leite materno é a primeira vacina que os bebês recebem e pode prolongar sua vida durante muitos anos, além de prevenir problemas futuros com obesidade.

No mesmo sentido, a Federação Nacional de Neonatologia do México afirma que o leite humano deve ser a via exclusiva de alimentação para os primeiros seis meses de vida.

O leite materno dá para o bebê os nutrientes que ele necessita para seu crescimento e desenvolvimento

Se a mãe produz mais leite do que o consumo de seu bebê, ou por se algum motivo não pode estar presente para amamentá-lo em algum momento, o extrator de leite é uma boa solução para o problema.

Mãe amamentando seu bebê

 

A alimentação da mãe durante a lactância do bebê

No período em que o bebê se alimenta do leite da mãe, é importante que ela evite alguns alimentos, bebidas e hábitos que podem prejudicar a saúde do bebê. Confira alguns deles:

  • Bebidas alcoólicas.
  • Bebidas estimulantes (café ou energéticos).
  • Tabagismo.
  • Alguns vegetais que podem alterar o sabor do leite (couve-flor, couve, alcachofras, aspargos, pepino, pimenta, etc.).
  • Medicamentos (exceto os prescritos pelo médico).

Como enfrentar a alimentação do bebê durante as primeiras semanas de vida sem leite materno

Por várias razões, desde condições patológicas, problemas de nutrição, uso de medicamentos contínuos até a incompatibilidade de horários por motivo de trabalho, pode ser que a mãe não consiga amamentar o bebê com leite materno e que seja necessário que o bebê obtenha os nutrientes através de outros meios.

A opção que surge nesses casos é a alimentação com leite de fórmula por meio de uma mamadeira.

Os benefícios do leite de fórmula também são muitos.  Entre eles, podemos citar:

  • Resolve as necessidades de alimentação do bebê.
  • Oferece flexibilidade de horários para a mãe.
  • Inclui o papai na criação das crianças, assim como avós, tios, irmãos e outros familiares.
  • Possibilita controlar com maior precisão a quantidade de leite ingerida.

De qualquer maneira, ainda que possa parecer redundante, a fórmula não se iguala ao leite materno como opção para a alimentação do bebê durante as primeiras semanas de vida.

Alguns pontos a ter em mente sobre leite de fórmula:

1- Siga as instruções da embalagem.

2- Jogue fora os restos de leite que ficar na mamadeira por mais de uma hora.

3- Não esquente o leite no micro-ondas. Se possível, aqueça-o com água morna.

bebêtomando leite da mamadeira

É possível combinar leite materno e de fórmula?

Tecnicamente, é possível. Entretanto, especialistas recomendam não colocar ambos na mesma mamadeira. Devem ser oferecidos ao bebê em momentos diferentes.

Além disso, há um efeito negativo evidente: a fórmula é feita para proporcionar ao bebê uma quantidade específica de calorias e nutrientes em um volume específico de líquido. Ao diluir a fórmula concentrada diretamente no leite materno, a concentração de nutrientes no leite será excessiva.

Outro caminho para o futuro: leite materno em pó

Cientistas começaram a trabalhar para encontrar diferentes alternativas para o processo de amamentação. A criação de bancos de leite materno foi descartada já no início, pois o processo de pasteurização destrói parte das proteínas e gorduras, ambas fundamentais para a alimentação do bebê durante as primeiras semanas de vida.

Não obstante, na Universidade de Guadalajara, pesquisadores encontraram uma saída incrível: leite materno em pó!

Como encontraram essa solução? Extraíram a água excedente do leite de origem humana através da exposição a grandes temperaturas.  Assim, conseguiram desidratá-lo e transformá-lo em pó, tornando o processo de extrair o leite e pasteurizá-lo inútil.  Dessa maneira são conservados quase todos os nutrientes.

De qualquer maneira, esse método ainda passa pelo processo de patente. Por mais que se trate de uma solução que revolucionaria e permitiria expandir a alimentação saudável até as regiões mais carentes do mundo, ainda devemos esperar para analisar seus benefícios.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Andreas NJ., Kampmann B., Le Doare KM., Human breast milk: a review on its composition bioactivity. Early Hum Dev, 2015. 91 (11): 629-35.
  • Brown RA., Dakkak H., Seabrook JA., Is breast best? Examining the effects of alcohol and cannabis use during lactation. J Neonatal Perinatal Med, 2018. 11 (4): 345-356.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.