As emoções básicas das crianças

Se para os adultos é complexo compreender as emoções e suas origens, para as crianças pode ser ainda mais. Por isso, é importante saber quais são as principais emoções das crianças e aprender como se relacionar com elas em cada momento.
As emoções básicas das crianças
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 18 junho, 2018

Você é capaz de reconhecer os diferentes estados emocionais do seu filho? Geralmente, as emoções básicas das crianças podem ser reconhecidas à primeira vista, já que elas são pessoas muito transparentes e mostram o que pensam e sentem. Neste artigo, vamos oferecer informações importantes para que você aprenda a diferenciar cada uma delas.

As emoções se dividem em primárias ou básicas e secundárias. A diferença entre ambos os tipos é que as emoções básicas das crianças são respostas a estímulos externos e estão presentes desde o nascimento. As secundárias, contudo, aparecem como resultado do crescimento, da interação com a sociedade e da combinação com as primárias.

Quais são as emoções básicas das crianças?

Existem várias classificações em relação às emoções básicas das crianças. A seguir, vamos nos aprofundar nos seis tipos descritos por Paul Elkman, um psicólogo estadunidense considerado referência nesse tema.

1. Alegria

É uma emoção inconfundível e, para as crianças, impossível de ocultar. A alegria se reflete nos pequenos por meio das risadas, do entusiasmo e das demonstrações de carinho. Eles também se mostram exaltados e enérgicos ao senti-la. Em geral, a alegria nas crianças é causada por uma boa notícia. Alguns exemplos são: receber um presente, ouvir uma boa notícia ou, até mesmo, receber a visita de um amigo ou de alguém de quem se gosta.

Ao mesmo tempo, essa emoção representa o objetivo de cada pai em relação aos seus filhos. Não existe uma pessoa nesse mundo que não queira que seu filho se sinta feliz, pois vê-lo assim é uma fonte de vitalidade e orgulho incomparáveis. Obviamente, é um estado, e não uma condição permanente.

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2. Tristeza

É exatamente o lado oposto da alegria. A tristeza, no sentido oposto da primeira emoção descrita, ocorre como consequência de um acontecimento indesejado ou mesmo algo que não poderá acontecer como se desejava.

Algumas crianças tendem a se sentir tristes com facilidade. Isso se deve ao fato de que, assim como acontece com alguns adultos, são mais sensíveis que as outras. No entanto, devemos cuidar para que esse estado seja superado adequadamente e, principalmente, que seja deixado de lado na maior parte das vezes.

Caso não isso não seja frequente, é o momento de tomar algumas medidas específicas. A depressão infantil existe e pode ter como causa processos biológicos ou externos. É responsabilidade dos pais prevenir ou, pelo menos, tratar adequadamente os casos de depressão nas crianças a fim de evitar suas drásticas consequências.

3. Medo

O medo é um mecanismo básico de defesa do ser humano. Assim, nossos antepassados conseguiam sobreviver às ameaças graças ao medo, que os mantinha alertas e incitava a tomar as precauções adequadas.

Nas crianças, o medo pode aparecer por muitos motivos; inclusive, pode ser causado por questões cotidianas, como estar na presença de cachorros, insetos ou tomar banho.

Além de ajudar os pequenos a superar essa condição de maneira progressiva, os pais devem saber diferenciar o medo das fobias. As fobias se caracterizam por provocar condutas irracionais, geralmente desmedidas em relação ao fator que as causa.

“As emoções básicas das crianças são respostas a estímulos externos e estão presentes desde o nascimento.”

4. Raiva

A raiva, também chamada de irritação, surge como resposta a uma situação que provoca rejeição. Geralmente, é despertada por situações que a criança considera “injustas” ou, simplesmente, quando não consegue algo que queria. Em ambos os casos, pode se tratar de algo material ou de situações como “quero assistir televisão só por mais dez minutos”.

É uma emoção muito frequente entre dois e quatro anos de idade. É exatamente nessa fase que a criança está começando a interagir com os demais e também a manifestar sua vontade de tomar decisões.

Assim como ocorre com as emoções anteriores, existem alguns sinais físicos que a caracterizam: transpiração e músculos tensos. Dores de cabeça também podem antecipar um momento de raiva. É importante que os pais se mantenham calmos, saibam como controlar a situação e, principalmente, deem o exemplo para demonstrar que não é certo agir no momento de raiva.

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5. Repulsa

Essa emoção também é um mecanismo de defesa primitivo, já que, no passado, servia para que os seres humanos se afastassem de coisas que eram desagradáveis ou incômodas. A repulsa é, precisamente, uma sensação de profundo mal-estar frente a um alimento, objeto ou, até mesmo, uma experiência que ativa e provoca a reação dos sentidos.

O lado positivo da repulsa, também chamada de aversão, é que ela pode ser facilmente evitada. Em geral, basta se afastar daquilo que a causa ou tentar pensar em outra coisa.

6. Surpresa

Nos pequenos, essa emoção gera um estado de alerta causado por uma possível ameaça. No entanto, também existem surpresas positivas ou, até mesmo, neutras, isto é, que não são boas nem ruins.

“A surpresa, geralmente, é causada por uma mudança brusca de atividade ou sentido, um aumento na intensidade de um estímulo ou um estímulo novo repentinamente”

Vale destacar que cada emoção tem uma enorme influencia na vida, no comportamento e no bem-estar integral dos pequenos. É essencial que os pais saibam compreender cada uma delas e proporcionar as respostas adequadas. Por fim, também é fundamental ensinar às crianças como lidar com todas essas emoções. Naturalmente, estamos falando de interpretar, entender e saber lidar com essas emoções de maneira prudente e responsável.


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