Como criar um filho sem complexos?

A resposta sobre como criar um filho sem complexos é simples e profunda ao mesmo tempo: ame seu filho, ame-o incondicionalmente e ele crescerá seguro de si mesmo.
Como criar um filho sem complexos?

Última atualização: 16 junho, 2018

Você quer o melhor para o seu filho. Quer que ele seja feliz, que sonhe e que realize seus sonhos. Também quer que seja seguro e que cresça sem complexos. Soa bem, e talvez seja o que você deseja para si e para todo o mundo. Todos nós queremos ser felizes.

Estar presente no aqui e no agora, viver o hoje nos liberta de uma angústia e de um estresse gigantes. Acredito que este é o primeiro conselho para alcançar a felicidade: aproveitar os momentos, mesmo que não saírem como planejamos. E, adivinha? Seu filho aprende com você. Por isso, se você é uma pessoa segura, equilibrada e sem complexos, ele também será assim.

Não importa o que aconteça ou o que digam, se ele usa óculos, se é muito intelectual, se não gosta de matemática… Seu filho será uma criança segura se estiver convencido de que seus pais o amam, independentemente de qualquer circunstância.

A psicóloga Rosa Jove afirma que a compreensão em relação ao filho e a tranquilidade na família costuma ser um bom ponto de partida para que o seu filho se desenvolva plenamente. “E não falo por falar. Se você compreende melhor o seu filho, os problemas se tornam menores”, ela diz.

Estar em sintonia

Estar em sintonia

Se o primeiro conselho para entender melhor o seu filho é não forçá-lo a fazer as coisas antes do tempo, o segundo seria garantir que falem a mesma língua, revela a especialista.

Tente destruir tabus, crescer com o seu filho, ser uma pessoa melhor a cada dia e ele vai absorver esse crescimento.

“Só podemos desejar deixar dois legados duradouros a nossos filhos: um, raízes e o outro, asas”

-Wiluam Hodding Cárt-

Rosa Jove sustenta em seu livro “Nem raiva, nem conflitos” (tradução livre) que criamos vínculos com nossos pais de acordo com a forma que fomos tratados desde pequenos.

De acordo com o tipo de vínculo estabelecido, o comportamento da criança em relação aos pais será mais afetuoso ou mais distante. Também pode ser mais afetivo ou mais desafiador, por exemplo.

Sem querer e sem saber, com o próprio comportamento, muitos pais estão incentivando condutas mais perturbadoras por parte dos seus filhos, menos aceitáveis e mais negativas. Por analogia, o mesmo conceito é aplicado se o seu comportamento é positivo ou otimista.

Para alcançar esse objetivo, a especialista recomenda criar os filhos sob a figura do apego seguro, que é o que podemos chamar de normal ou desejável, afirma.

Com essa forma de carinho, afirma Jove, as crianças enxergam seus cuidadores (pais) como uma base segura. Os pais inspiram confiança porque sempre estiveram disponíveis e as crianças sabem que responderão e as ajudarão na adversidade.

Nas relações interpessoais, geralmente, são crianças mais carinhosas, estáveis, e com menos tendência ao estresse, pois a figura dos pais diminui os níveis de cortisol e de estresse que podem ter.

Seja incondicional

Seja incondicional

Se você cria seu filho cercado de amor e dá a atenção de que ele precisa, os vínculos que se criarão entre a criança e você serão firmes, saudáveis e fortes. Assim, você terá que enfrentar menos problemas de comportamento, o que não acontece com outro tipo de vínculo.

Portanto, não deixe seu filho chorar, sempre cuide dele e os acessos de raiva e problemas de comportamento serão menores.

Contudo, é positivo deixar experimentar. Deixe que brinque, experimente, tente. Quando as crianças têm a oportunidade de escolher, desenvolvem confiança no seu próprio julgamento e na capacidade de decidir.

Claro que uma criança não pode tomar todas as decisões da própria vida. Mas dar pequenas opções (como usar um copo ou outro, uma roupa ou outra) ajudará a desenvolver a  autoconfiança.

Além disso, ofereça ao seu filho uma variedade de opções e atividades para que possa saber quais são as coisas de que gosta mais. Acima de tudo, é preciso deixá-lo ser quem quiser.

Em suma, os especialistas recomendam que você encoraje as paixões dos seus filhos. Independentemente do que for, seja por uma forma de arte, um esporte ou aprender sobre dinossauros.

As crianças que têm a oportunidade de viver suas paixões terão mais estímulo para seguir seus interesses e não temer os desafios escondidos por trás das opções que tomaram, já que sua motivação será maior.


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