Como e por que envolver o pai no cuidado dos filhos

Sem percebermos, nós, mulheres ficamos com toda a carga de responsabilidade pelo cuidado do bebê e tomamos unilateralmente as decisões sobre a criação dos filhos.
Como e por que envolver o pai no cuidado dos filhos

Última atualização: 09 setembro, 2018

Muitas mães reclamam que o pai não está envolvido no cuidado dos filhos. No entanto, poucas mulheres se dão conta de que muitos homens são – ou pelo menos se sentem- excluídos dessa tarefa, quando o bebê chega.

Essa exclusão faz com que muitos homens aos poucos se desliguem do cuidado dos filhos. Assim, não demonstram interesse em participar de coisas que não sejam aquelas que você “mandou fazer” ou coisas que, por cultura ou educação, tenham observado ao longo das vidas deles.

Muitos estudos comprovam que o pai desempenha um papel importante no desenvolvimento de um filho. Portanto, é necessário fazer com que o pai se envolva na criação dos filhos. Isso deve ser estimulado não como uma forma de ajudar, mas também porque, além de ser uma responsabilidade compartilhada, é importante para a educação e para a criação das crianças.

Como o pai pode se envolver no cuidado dos filhos

A seguir, vamos ver algumas ideias para que o pai se sinta mais envolvido no cuidado dos filhos. Além de se sentir responsável pela criação dos seus filhos, o papai poderá se sentir importante e valorizado.

Dar comida ao bebê

Um bebê que é amamentado deve ser alimentado pela sua mãe evidentemente. Mas quando o bebê toma mamadeira ou quando começa a ingerir alimentos sólidos, também pode ser alimentado pelo papai.

A importância de dar de comer ao bebê se encontra no fato de que isso cria um vínculo. O bebê aprenderá a confiar na pessoa que lhe dá de comer. Pois essa pessoa sacia uma de suas necessidades básicas. Além disso, é um momento ideal para abraçar o filho, sentir o contato pele com pele, trocar olhares e dizer coisas bonitas.

Por outro lado, o pai, além de dar de comer ao seu filho, deve aprender a preparar a mamadeira, a papinha ou a comida que ele vai ingerir. Sem depender que alguém faça isso para ele. Apenas dessa forma ele começará a se sentir seguro e completamente responsável.

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Dar banho e colocar a roupinha no bebê

O pai deve participar desde o começo dos cuidados básicos com o bebê, como trocar a fralda, dar banho ou colocar a roupinha. As mães devem permitir que o pai participe disso e que o façam sozinhos, sem supervisão.

Ninguém nasce sabendo fazer as coisas, nem traz consigo um gene “do cuidado de bebês”. Tanto o pai quanto a mãe são perfeitamente capazes de aprender. E não é o fato de ser homem ou mulher que determina se pessoa é capaz de fazer melhor ou pior essas coisas.

Quando o papai participa das rotinas diárias do bebê, estimula o vínculo. Isso também faz com que os pais desenvolvam interesse por outras questões que virão depois. Como, por exemplo, a tomada de decisões relacionadas à aprendizagem e ao respeito pelas regras que forem estabelecidas em casa sobre a educação das crianças.

Passar tempo sozinho com os filhos

Os pais devem passar um tempo sozinhos com seus filhos. Mas não apenas momentos de brincadeiras, também devem ter outro tipo de momento juntos. Momento de estudo, sair para fazer coisas juntos, passear ou fazer uma excursão, ler com eles ou falar sobre assuntos diversos. Esses são alguns exemplos de formas de passar o tempo juntos e sem a mamãe.

Assim, os papais se sentirão mais de seguros de si. Eles poderão mostrar seu lado mais pessoal e compartilhar coisas exclusivas com seus filhos. Dessa forma, os papais conhecerão melhor seus filhos e os filhos conhecerão melhor seus pais. Esse vínculo propiciará o interesse, o respeito e a responsabilidade.

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A importância do papel dos pais no desenvolvimento dos filhos

Os pais desempenham um papel muito importante no desenvolvimento da criança desde o nascimento até a idade adulta. Na verdade, vários estudos chegaram à mesma conclusão: crianças com pais participativos têm uma vantagem tanto social quanto acadêmica sobre as crianças que mantiveram uma relação distante com seus pais ou que não tiveram nenhuma relação com eles.

Uma pesquisa da Universidade de Maryland constatou que crianças que tiveram um pai envolvido ativamente na sua educação têm melhores habilidades linguísticas e menores problemas de comportamento. Curiosamente, esse resultado acabou se mostrando correto inclusive quando o pai não vivia na mesma casa que a criança.

Um estudo realizado na Universidade de Illinois descobriu que crianças com pais que dedicam tempo para perguntar aos filhos o que eles aprenderam na escola, sobre as atividades deles e suas relações sociais diárias tiveram um desempenho melhor na escola que as crianças que não tiveram esse tipo de relação com os pais.

Deve-se ressaltar o fato de que, de acordo com a pesquisa, da mesma maneira que isso se aplica a um pai biológico, também acontece o mesmo quando se trata de qualquer homem adulto que cumpra esse papel (um avô, um tio, um padrasto).


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