Convulsões ou convulsões febris

Os pediatras indicam que quase 25% dos bebês passarão por isso em algum momento de sua vida.
Convulsões ou convulsões febris

Última atualização: 02 março, 2022

As crises ou convulsões febris são a resposta do corpo a uma infecção. São comuns em crianças entre 6 meses e 3 anos. Enquanto duram, as crianças estremecem, tremem violentamente e, eventualmente, convulsionam.

É uma reação normal do cérebro a esse processo infeccioso. No entanto, rotulá-la como ‘inofensiva’ não significa, longe disso, que você deva baixar a guarda. Se esse fenômeno durar mais de 10 minutos e as crianças tiverem torcicolo e começarem a vomitar, é necessário ir ao pronto-socorro.

É importante notar que não há literatura médica ligando convulsões febris a qualquer problema clínico, como epilepsia ou atraso no desenvolvimento. Os processos em que surgiram complicações foram devidos a outras doenças de base como, por exemplo, a meningite.

O que são as convulsões febris?

Crises ou convulsões febris em crianças

Às vezes, uma criança não precisa estar com 38 graus para sofrer convulsões febris. No entanto, o fato mais curioso que deve ser observado sobre esse fenômeno é que ele ocorre com maior intensidade em crianças que estão começando a andar.

  • Embora possa aparecer em alguns casos em idades superiores a 3 anos, o mais comum é que ocorra após os 6 meses. Se por acaso um bebê com menos de 5 meses de idade apresentar convulsões febris, é necessário levá-lo ao pediatra.
  • Segundo o Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame (NINDS), essa reação tão impactante como consequência de um processo infeccioso sempre tem origem genética. Algum membro da família também deve ter experimentado isso na infância.
  • Da mesma forma, fatores como fumar durante a gravidez também podem levar ao aparecimento de convulsões febris.
  • Por outro lado, as doenças mais comuns associadas a esse fenômeno são: infecções de ouvido, resfriados ou gastroenterites.

Características

Bebê chorando com força

Ressaltamos mais uma vez que, apesar do impacto desse fenômeno febril, trata-se de uma reação geralmente inofensiva. Algo sem importância que, mesmo assim, temos que controlar, fiscalizar e estar atentos a todo momento.

É muito impressionante ver um bebê convulsionar, especialmente quando é muito novo (entre 6 e 15 meses de idade). Especialistas afirmam que, se ocorrer em uma idade precoce, é possível que aconteça novamente, no entanto, se aparecer aos 3 anos de idade, é muito raro que apareça novamente.

Vejamos agora quais são as características que acompanham as convulsões febris:

  • A criança perde a consciência.
  • Enrijece e convulsiona (em todo o corpo ou apenas na cabeça, nos braços ou nas pernas).

É, sem dúvida, uma experiência muito impressionante que poucos pais conseguiram esquecer.

O que devo fazer nesses casos?

Mãe acalmando bebê que está chorando.

Em primeiro lugar, acalme-se. O melhor nesses casos é deixar claro dois aspectos: é algo normal e nunca vai durar mais de 10 minutos. Nosso papel nesses casos exige que façamos o seguinte:

  • Coloque seu bebê em uma superfície onde ele não possa se machucar. Coloque-o em sua cama ou em um sofá grande onde não possa cair nem bater em nada.
  • Você não deve segurá-lo quando ele convulsionar.
  • Para evitar asfixia devido a possíveis vômitos, você deve colocar a criança de lado.
  • Coloque um pano quente em sua testa ou pescoço (nunca aplique gelo para reduzir a febre).

Quando as convulsões terminarem, a criança estará muito cansada. Contudo, é importante sempre levá-la ao médico após um desses episódios.

  • Tratar a doença (otite ou resfriado) impedirá que nosso filho experimente esse fenômeno novamente.
  • Também é necessário que o pediatra monitore as convulsões febris. Se durarem mais de 10 minutos ou se ocorrerem toda vez que a criança adoecer, outros testes deverão ser feitos para descartar problemas subjacentes.

No entanto, ressaltamos mais uma vez que é algo normal, que não costuma se repetir quando as crianças ultrapassam o limiar de 3 anos.


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