Culpa, humilhação e abuso não educam as crianças

Essas três atitudes podem deixar feridas emocionais nas crianças que serão muito difíceis de superar, por isso tente afastá-las da sua família o máximo possível.
Culpa, humilhação e abuso não educam as crianças

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 29 julho, 2022

A maneira como criamos e tratamos os nossos filhos influencia diretamente as pessoas que eles se tornarão. Portanto, se você deseja educar futuros adultos independentes, emocionalmente estáveis ​​e longe de qualquer trauma familiar, é hora de começar a refletir. Culpa, humilhação e abuso devem ser proibidos em casa, principalmente com as crianças.

Atualmente, são bem conhecidos os benefícios da criação positiva: onde o amor e a confiança se misturam com a disciplina parental. Mas também continua a existir a disciplina autoritária e violenta que se usava antigamente. Aquela na qual não se consideram os sentimentos e danos emocionais às crianças.

A culpa é inimiga da autoestima

O sentimento de culpa pode ser muito útil como um meio para que as crianças reflitam sobre as suas más ações e tentem não repeti-las no futuro. No entanto, quando o usamos excessivamente com as crianças, isso pode fazer com que elas se tornem muito retraídas, perdendo a sua autonomia e gerando ressentimentos.

Para despertar a empatia nas crianças, não é necessário fazer com que elas se sintam mal consigo mesmas por causa de qualquer pequeno erro que tenham cometido, mas sim falar com sinceridade e explicar por que o que fizeram é errado e que devem pensar nos outros.

As palavras ofensivas vindas da mãe ou do pai ficam gravadas como feridas emocionais que duram para sempre. Portanto, se o seu filho sempre recebe comentários ruins quando faz algo indevido em vez de ser ajudado a refletir a respeito, é hora de você refletir sobre a maneira como está afetando a sua autoestima e autopercepção.

A humilhação deixa feridas emocionais

Alguns anos atrás, algumas formas de humilhação que eram usadas como castigos populares eram muito normalizadas entre os pais. Ações como fazer comentários sobre as capacidades físicas ou intelectuais das crianças, insultá-las publicamente e tratá-las mal, ou ainda julgar os gostos das crianças, eram algo permitido sem que se soubesse o profundo dano que causavam.

As crianças precisam confiar completamente no amor que seus pais oferecem, para que eles sejam as pessoas a quem podem recorrer sem pensar duas vezes. 

As humilhações, ainda mais aquelas que vêm de figuras tão importantes quanto os pais, só deixam traumas e feridas difíceis de curar. Afinal, as crianças acreditam que todas aquelas palavras ofensivas que são ditas sem reflexão são um fato, o que está muito longe da realidade.

Um pai que humilha o filho não está apoiando o seu bem-estar, mas sim duplicando a percepção que o pequeno tem de si mesmo para manter o controle.

O abuso nunca deveria estar dentro da sua casa

Seja ele físico ou emocional, o abuso por parte dos pais tem sérias consequências para a saúde mental das crianças e a maneira como elas se comportam no dia a dia. O abuso físico também é um crime, ainda mais no caso de crianças que ainda estão aprendendo a se comportar. Portanto, nunca utilize o abuso com os seus filhos como uma forma de educá-los ou repreendê-los.

Corrija as crianças a partir do amor e da disciplina, tentando estar em um espaço privado e longe da humilhação pública.

Por outro lado, o abuso verbal e emocional geralmente também tem consequências desastrosas para a autopercepção que as crianças têm de si mesmas. Todas as crianças devem crescer cercadas pelo amor incondicional e o apoio emocional/material de seus pais.

Faça da comunicação assertiva um dos lemas da sua casa, para que nunca passe pela sua cabeça a ideia de colocar a mão nos seus filhos. Pelo contrário, fale com calma e autoridade parental para que seus pequenos possam refletir sobre o que aconteceu e aprender com os erros.

Nunca recorrer a culpa, humilhação e abuso

Educar os nossos filhos pode levar a inevitáveis situações estressantes, nas quais a paciência dos pais é testada. No entanto, recorrer à criação positiva e evitar ao máximo a culpa, a humilhação e o abuso é essencial para pensar no bem-estar das crianças.

Por fim, lembre-se de que muitas crianças se comportam mal porque ainda não possuem ferramentas emocionais para refletir sobre as suas ações. Por isso, procure conversar com carinho e disciplina para que elas melhorem como pessoas e aprendam a resolver os seus problemas por meio do diálogo.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.