Devo deixar o meu filho estudar o que quiser?

Decidir qual curso estudar na universidade pode ser bastante complicado para um jovem. Para resolver esse assunto sem problemas, vamos dar algumas recomendações para que você seja o seu guia e suporte.
Devo deixar o meu filho estudar o que quiser?
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Escrito por Naí Botello

Última atualização: 27 dezembro, 2022

A escolha de uma carreira universitária é uma das mais difíceis para qualquer indivíduo. Partimos do fato de que, muitas vezes, os adolescentes ainda não descobriram qual é a sua paixão ou não são conscientes dos seus pontos fortes e fracos. Dessa forma, eles não sabem o que escolher. O que fazer como pai ou mãe? Devo deixar o meu filho estudar o que ele quiser?

A grande maioria dos alunos que se formam no ensino médio não sabe o que estudar na universidade ou qual profissão é a mais adequada para as suas vidas. Muitos tomam essa decisão pensando nos seus gostos naquele momento.

Outra razão geralmente é a de querer manter o mesmo círculo social na faculdade ou então seguir preceitos sociais equivocados, como os que dizem que as melhores carreiras são medicina ou engenharia.

Diante de uma questão tão complexa, que traz dores de cabeça para dentro de casa, vamos apresentar algumas considerações. A ideia é sempre evitar a frustração dos jovens ou até mesmo o abandono da universidade.

Devo deixar o meu filho estudar o que ele quiser?

A resposta a esta pergunta é afirmativa. Considera-se que não será saudável de nenhuma forma se os pais impuserem aos filhos o que estudar contra a sua vontade. Sem dúvida, o desempenho deles não será ideal se eles tiverem que assistir aulas sobre algo de que não gostam.

Os orientadores escolares também têm a certeza de que escolher uma profissão não é uma tarefa fácil. A escola e a família devem trabalhar em conjunto com bastante antecedência para preparar o adolescente para o seu futuro profissional.

Entretanto, existem muitos fatores que influenciam essa decisão, que vão desde os gostos passageiros do adolescente até a relutância para deixar os laços de amizade com os colegas, ou a ideia de seguir erroneamente os passos dos pais, sem analisar se realmente gostam da profissão ou se serão capazes de exercê-la.

Com base nessas ideias, a ajuda que os pais podem oferecer aos adolescentes pode ser resumida em quatro passos, também levando em consideração aspectos próprios da personalidade do jovem e das carreiras sugeridas.

deixar o meu filho estudar o que quiser

Aspectos a serem considerados

Os dois aspectos a serem considerados para orientar o adolescente corretamente são:

  • Conhecer a personalidade, as capacidades e as habilidades do adolescente sem se iludir.
  • Avaliar o histórico escolar do jovem durante pelo menos os últimos três anos, a fim de identificar em quais áreas educacionais ele apresenta um melhor desempenho.

Como orientar essa decisão através de quatro passos

1. Conversar

Uma vez identificados os dois aspectos discutidos acima, é importante ter várias conversas muito sinceras. Nelas, é necessário fazer uma lista das habilidades, das capacidades e do histórico acadêmico do jovem para realmente conhecer as suas possibilidades, independentemente de escolher áreas científicas, médicas ou humanísticas.

É importante que o seu filho se sinta à vontade para discutir essas questões abertamente. Como adulto responsável, você deve estar ao seu lado para ouvi-lo e para que ele se sinta compreendido e apoiado quanto à decisão que tomar.

2. Fazer o teste vocacional

Após conversar sobre os pontos fortes e fracos, recomenda-se que o jovem seja levado para fazer um teste vocacional que ajude a delinear as suas tendências educacionais de forma definitiva. 

Esses testes podem ser feitos na sala do orientador escolar ou pela Internet, mas sempre verificando se o profissional tem a garantia do respaldo de uma instituição de ensino.

“Não será saudável de nenhuma forma se os pais impuserem aos filhos o que estudar. Sem dúvida, o desempenho deles não será ideal se eles tiverem que assistir aulas sobre algo de que não gostam.”

3. Visitar áreas de trabalho

Muitas vezes, os jovens têm uma ideia romântica sobre certas carreiras. Por isso, um terceiro passo muito importante é levar os adolescentes para visitar o escritório de um contador, um designer, um engenheiro ou a sala de um hospital. Assim, ele poderá verificar – pelo menos de maneira superficial – como é o dia a dia do exercício dessa profissão.

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4. Escolha da universidade

A escolha da universidade também é um passo fundamental para o jovem se sentir independente e feliz enquanto estuda. Por isso, revise com ele as melhores opções que atendam às suas necessidades.

Como informação final, você deve ter em mente que muitos jovens não querem iniciar os estudos universitários imediatamente e podem chegar a adiá-los por até dois anos. No entanto, isso não é necessariamente algo negativo, pois pode dar ao seu filho mais tempo e maturidade para encaminhar a sua vida.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.