Dicas para aumentar o líquido amniótico

O líquido amniótico é produzido naturalmente sem nenhum esforço. No entanto, algumas situações exigem maior produção. Aqui vamos dar algumas dicas para isso.
Dicas para aumentar o líquido amniótico

Última atualização: 29 março, 2022

O líquido amniótico é um líquido salino encontrado dentro do saco amniótico (o saco que protege o embrião). Essa substância, dentro da qual o futuro bebê se desenvolve, permite que ele:

  • Mova-se sem que as paredes do saco amniótico se ajustem ao seu corpo.
  • Fique protegido de batidas, movimentos bruscos e quedas que a gestante possa sofrer.
  • Cresça rodeado pela temperatura ideal.
  • Receba carboidratos, lipídios, proteínas e muitas outras substâncias nos estágios iniciais de desenvolvimento.

Como você deve ter notado, o líquido amniótico é vital para seu filho. Portanto, vamos falar sobre isso.

Distúrbios do líquido amniótico

O líquido amniótico é basicamente um líquido que o bebê inala e engole enquanto está no útero. O bebê também expele fluidos pela urina e pela pele para manter a troca adequada de fluidos.

À medida que se desenvolve e ganha peso, a substância que também o protege cresce em volume, para o ajudar no seu constante desenvolvimento.

No entanto, a quantidade de líquido dentro do saco amniótico nem sempre é aquela que o feto precisa.

Às vezes pelo excesso (polidrâmnio) e outras pela falta (oligoidrâmnio), essa substância também pode ser um problema durante a gravidez e trazer muitas dificuldades.

Polidrâmnio

Polidrâmnio é a palavra usada para destacar um aumento do líquido amniótico dentro do saco que envolve o bebê.

Esse quadro clínico ocorre quando o feto, seja por dificuldades ou anomalias abdominais, pulmonares, neuronais ou de qualquer outra natureza, não consegue inalar e engolir a quantidade normal de líquido amniótico.

Em outros casos, o aumento da substância também pode estar associado ao diabetes gestacional da mãe ou a gestações múltiplas.

Embora nenhuma gravidez com excesso de líquido amniótico seja completamente isenta de riscos, uma grande porcentagem delas tem um final feliz.

Oligoidrâmnio

Ao contrário do polidrâmnio, o oligoidrâmnio significa falta de líquido amniótico. Sua prevalência é mais comum no primeiro trimestre da gravidez, mas também pode ocorrer em qualquer outro momento, mesmo antes do parto.

Grávida tomando remédio

Ao contrário da gravidez com excesso de líquido amniótico, aquela que apresenta oligoidrâmnio está mais sujeita a complicações graves e até a terminar com a morte do feto.

Segundo as estatísticas, a taxa bruta de mortalidade é alta na ausência desse fluido vital.

A escassez de líquido amniótico pode:

  • Causar hipoplasia pulmonar (desenvolvimento incompleto do pulmão).
  • Provocar o esmagamento ou prolapso do cordão umbilical.
  • Fazer o abdômen do bebê se comprimir e limitar o movimento do diafragma.
  • Causar atresia esofágica.
  • Favorecer a presença de mecônio no líquido amniótico (o mecônio é uma substância preta ou verde-escura que constitui as primeiras fezes do feto. Essa viscosidade é composta por secreções do estômago e do fígado do futuro bebê e também por células mortas).
  • Limitar o crescimento do feto.
  • Causar embolia de líquido amniótico.
  • Provocar várias anomalias fetais e muitas outras complicações.

A falta de líquido amniótico pode ser causada pela ruptura precoce das membranas do saco amniótico, que permitem o vazamento gradual do líquido.

Outra causa pode ser um defeito no útero ou no colo do útero, ou a propagação de uma infecção bacteriana em um determinado momento da gravidez.

Esse distúrbio também ocorre quando há anormalidades no trato urinário do futuro bebê e malformações no cordão umbilical.

Dicas para aumentar o líquido amniótico

Mulher grávida no consultório médico

A quantidade de líquido amniótico e o crescimento normal do feto devem ser medidos em cada consulta que a gestante fizer com seu obstetra-ginecologista. Isso é feito medindo sua barriga (altura do fundo) com fita métrica ou por ultrassom, que é o método mais preciso.

Em caso de suspeita da presença de oligoidrâmnio ou polidrâmnio, o clínico realizará outros exames mais precisos antes de realizar qualquer ação. O tratamento dessa condição vai depender de muitos fatores, entre os quais se destacam a gravidade da situação e a idade gestacional.

O médico pode estudar a opção de realizar a cesárea devido à diminuição do líquido amniótico nos últimos meses da gravidez. Um parto com líquido amniótico insuficiente pode apresentar múltiplas complicações, portanto uma cesárea pré-termo é a melhor opção.

Se ocorrer o quadro de oligoidrâmnio durante o trabalho de parto, o líquido pode ser colocado no saco amniótico para evitar sofrimento fetal. A equipe médica introduzirá solução salina no saco por meio de um cateter, que regulará a frequência cardíaca e permitirá o parto adequado.

Caso haja certeza de que há escassez de líquido amniótico e não seja possível realizar os procedimentos descritos, a gestante deve seguir várias recomendações para aumentar a quantidade de líquido. Entre eles é importante citar:

  • Repouso estrito: o oligoidrâmnio pode gerar uma gravidez de alto risco nos casos mais graves. Uma das medidas que o médico indicará é o repouso absoluto, para evitar possíveis complicações ou grandes perdas hídricas.
  • A administração de antibióticos e outros medicamentos que permitem o aumento de fluidos: uma das principais causas dessa condição são as infecções bacterianas. Portanto, o uso de antibióticos permitirá resolver a origem do problema de forma definitiva.
  • Hidratação intravenosa: um estudo recente mostrou que a hidratação parenteral com soluções hipotônicas aumenta a quantidade de líquido amniótico em mulheres grávidas. Dessa forma, pode ser útil no tratamento e na prevenção de oligodrâmnios.
  • Ingerir muitos líquidos e o consumo de vegetais e frutas suculentas (melão, laranja, tangerina, uva, principalmente frutas tropicais).
  • Evitar o consumo de diuréticos: alguns medicamentos e ervas medicinais têm a capacidade de aumentar a filtração glomerular. Esse efeito aumenta a produção de urina, o que vai gerar uma maior perda de líquidos e piorar o quadro. No entanto, é sempre aconselhável consultar um especialista antes de interromper o uso de qualquer medicamento.
  • Deitar-se do lado esquerdo: esse simples fato vai melhorar a circulação sanguínea e ajudar a aumentar a produção de líquido amniótico.

Mãe, lembre-se de que a saúde do seu filho e o sucesso da gravidez também dependem do líquido amniótico.


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