É possível engravidar durante a amamentação?

Primeiramente acreditava-se que não havia risco de a mulher engravidar no período em que está amamentando. Na verdade, há poucas possibilidades de que isso aconteça, mas não é algo que possa ser complemente descartado. Afinal, quais fatores devem ser considerados?
É possível engravidar durante a amamentação?

Última atualização: 11 fevereiro, 2019

Muitas mulheres têm essa dúvida. A maioria delas acredita que não é possível engravidar durante a amamentação devido à ausência de menstruação durante esses meses. De fato, existem muitas mulheres que confiam nessa ideia e acabam engravidando sem planejar.

A realidade é que, embora seja uma possibilidade difícil, é possível sim conceber durante a fase de amamentação. De fato, a amamentação pode ser um método contraceptivo, mas as condições para ser eficaz são muitas, além de difíceis de serem cumpridas.

A seguir, veremos alguns detalhes para entender melhor a fertilidade das mulheres durante esse período e evitar uma gravidez indesejada.

O que acontece no corpo da mulher durante a amamentação?

Quando uma mulher se torna mãe, geralmente leva de três a oito meses para voltar a ter a menstruação de forma regular. Esse intervalo ocorre principalmente devido ao efeito da amamentação. E isso é ainda mais perceptível quando o recém-nascido se alimenta exclusivamente de leite materno.

Embora seja raro, é possível engravidar durante a amamentação

Mas como a amamentação afeta o ciclo menstrual da mulher? Pois bem, existe uma relação direta entre a sucção do bebê e a ausência de ovulação. Isso acontece por causa das alterações hormonais que essa sucção produz, impedindo que a ovulação ocorra.

Sem ovulação, não há menstruação nem a possibilidade de gravidez. Normalmente, o corpo da mulher volta ao normal pouco a pouco. Assim, a menstruação é regularizada e, com isso, há a possibilidade de conceber. No entanto, apesar dessa evidência médica, esse processo é complexo e diferente em cada mulher.

Na verdade, algumas mulheres podem começar a ovular antes de voltarem a menstruar. Isso significa que elas podem voltar a ovular a qualquer momento e não saber. Nesse caso, o risco de engravidar durante a amamentação é muito alto.

É possível sim engravidar durante a amamentação. No entanto, cada mulher é diferente.

A amamentação como método contraceptivo

O efeito contraceptivo da amamentação tem sido chamado de Método de Amenorreia Lactacional (LAM). Embora tenha uma eficácia de 99%, alguns requisitos devem ser cumpridos rigorosamente.

O primeiro deles é que deve ter passado 6 meses desde o parto e a mulher ainda não ter menstruado nesse período.

Também é necessário que o recém-nascido seja alimentado apenas com leite materno, e fazer isso com frequência, ou seja, durante o dia e à noite. O tempo entre as mamadas não deve exceder quatro horas durante o dia e seis horas durante a noite.

Além disso, não se deve utilizar fórmula para alimentar o bebê, nem complementar com qualquer alimento sólido. Extrair o leite em vez de amamentar também reduzirá a eficácia desse método.

Se todas essas condições forem cumpridas rigorosamente, será muito improvável que uma mulher consiga engravidar durante a amamentação. No entanto, se qualquer uma delas não for cumprida cem por cento, o risco de uma gravidez indesejada aumenta consideravelmente.

Sim, é possível engravidar durante a amamentação

Sim, é possível engravidar durante a amamentação

Embora a amamentação possa ser utilizada como um método contraceptivo, as condições para que ela seja segura são muitas e nem sempre fáceis de cumprir. Uma mulher pode, sim, conceber durante a amamentação. Por isso, se o casal não quiser essa gravidez, é recomendável recorrer a outros métodos contraceptivos.

É recomendável que o casal consulte um ginecologista que possa aconselhar sobre a melhor opção. A escolha do método mais apropriado dependerá de muitos fatores, tais como a situação pessoal de cada mulher e o período específico pelo qual ela está passando.

O preservativo é, sem dúvida, a melhor opção. Isso porque não tem nenhuma influência sobre os hormônios da mãe e, portanto, não interfere na nutrição do bebê. No entanto, também existem outras possibilidades se a mulher não quiser usar esse método contraceptivo.

A minipílula também é uma excelente alternativa. É muito semelhante à pílula anticoncepcional clássica, mas não contém estrogênio. É possível tomar essa pílula durante o período de amamentação, uma vez que não afeta a alimentação do recém-nascido.

Outra possibilidade muito segura em termos de eficácia e totalmente inofensiva para o bebê é o DIU. No entanto, os médicos não recomendam o uso até seis semanas após o parto. Uma boa opção seria combinar esse dispositivo depois desse período com o preservativo durante as primeiras semanas.


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  • Sales Vieira, C., Bastos Brito, M., Edna Holanda Diogenes Yazlle, M., & Resumo, R. (2008). Contracepção no puerpério Postpartum contraception. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetricia.

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