10 erros quando você vai ao parque com seus filhos

Para gostar de ir ao parque com as crianças, é conveniente encontrar um equilíbrio entre estar atento e cuidar delas, mas permitindo-lhes o seu espaço de liberdade.
10 erros quando você vai ao parque com seus filhos
Maria Fátima Seppi Vinuales

Escrito e verificado por a psicóloga Maria Fátima Seppi Vinuales.

Última atualização: 10 novembro, 2022

Os passeios ao ar livre são um dos momentos que as crianças mais gostam. Essas caminhadas permitem que elas liberem energia, interajam com seus pares e se divirtam. No entanto, quando vamos ao parque com nossos filhos, muitas vezes cometemos alguns erros que podem estragar esse plano. Vamos ver como podemos evitá-los.

10 erros quando você vai ao parque com seus filhos

Alguns erros que você pode cometer quando vai ao parque com seus filhos podem fazer uma tarde divertida terminar com lágrimas e raiva. Por isso, contamos quais são os erros mais comuns para evitá-los e para que você possa se divertir com sua família.

1. Descuidar-se e deixar de prestar atenção

Talvez seu filho já seja um pouco mais velho e possa ficar sozinho nos brinquedos ou no escorregador. No entanto, às vezes abusamos dessa confiança e segurança, mergulhamos no mundo digital e deixamos de ter um olhar atento. Não se trata de estar em alerta máximo o tempo todo, mas de ser capaz de antecipar perigos ou riscos que as crianças não são capazes de perceber.

2. Deixar que outras crianças mais velhas cuidem do seu filho

Isso geralmente acontece ao visitar o parque com irmãos mais velhos ou primos. Nessas ocasiões, delegamos a responsabilidade ao filho mais velho quando não é responsabilidade dele, impedindo-o de desfrutar do lugar e do momento.

Levar água para o parque é essencial, principalmente nos dias quentes. As crianças tendem a correr e gastar energia, por isso precisam se refrescar, se recuperar e se manter hidratadas.

3. Não levar água nem comida

Principalmente em épocas de altas temperaturas, é preciso se manter hidratado. Por isso, levar água é essencial, principalmente para as crianças. Além disso, você deve levar algum alimento ou dinheiro para comprar no local. As frutas são uma excelente opção para aqueles dias de calor.

4. Insistir no parque apesar das altas temperaturas

Quando o calor está muito intenso, talvez ir ao parque não seja a melhor opção, pois as crianças terão que ficar na sombra e não poderão aproveitar o local. Às vezes, é conveniente pensar em um plano alternativo. Em caso de ir de qualquer maneira, devemos levar protetor solar e um chapéu. Também é uma boa opção ter outra troca de roupa.

5. Não fazer acordos

Embora devamos permitir que as crianças brinquem como quiserem, também devemos dar a elas instruções e ajudá-las a entender que devem respeitá-las para seu próprio bem. Nesse sentido, podemos dizer a elas que podem brincar dentro de um determinado perímetro ou espaço, que não podem sair sozinhas, que não devem andar com estranhos e que devem cuidar de seus pertences, entre outras regras. Se falarmos sobre essas regras em casa, a convivência no parque será mais fácil para todos e evitaremos passar maus momentos.

6. Transformar uma caminhada em uma visita de rotina

Muitas vezes, o cansaço ou a relutância nos levam a esquecer que o momento no parque deve ser aproveitado. Desta forma, especificamos o plano, mas sem sentido, quase como uma obrigação ou uma atividade rotineira. O pior é que, em vez de incentivar a brincadeira e curtir junto com as crianças, costumamos chegar e controlar o tempo que resta para sair.

7. Fazer jogos para adultos

Às vezes cometemos o erro de impor nossas próprias regras e formas de brincar. Em vez disso, é melhor deixar as crianças correrem com sua própria lógica, fazer e desfazer como quiserem. Devemos aceitar que em certas idades não há maneiras certas ou erradas de brincar, e sim que o objetivo é deixar a curiosidade vagar.

8. Intervir continuamente nas interações com outras crianças

Na rua, as crianças aprendem a se defender e a desenvolver habilidades sociais. Portanto, se seu filho interagir com outras pessoas, antes de intervir, é conveniente que você avalie a situação com calma. Às vezes, nós nos antecipamos e superprotegemos. Dessa forma, tiramos a oportunidade de as crianças aprenderem a resolver seus próprios problemas.

Muitas vezes, são os adultos que ditam as regras dos jogos. O melhor é permitir que as crianças usem sua própria lógica e deixem sua imaginação correr solta!

9. Não intervir se houver um problema sério

Derivado do ponto anterior, não se trata de deixar passar tudo o que acontece. Há momentos em que a situação fica fora de controle e as crianças começam a ter dificuldades. De repente, os brinquedos voam, golpes são distribuídos ou cabelos são puxados. É importante que sejamos capazes de estabelecer um limite e fazer com que nossos filhos sintam que estamos ao lado deles para protegê-los e oferecer-lhes segurança.

10. Compartilhar comida ou bebida com outras crianças

Talvez tenhamos preparado um lanche para nossos filhos e no parque eles conheceram outras crianças. Com gentileza, devemos oferecer algo para comer ou beber. No entanto, além das boas intenções, não é conveniente. Isso porque não conhecemos aquela criança e, portanto, não sabemos se ela tem alguma alergia ou se seus pais a proíbem de comer algum alimento. Nesse caso, outra opção seria perguntar aos pais se podemos convidar a criança.

Um momento de prazer

Além das atividades que fazemos no parque com as crianças, o mais importante é podermos estar conectados com elas. Devemos respeitar esse tempo de jogo, aventura e exploração, oferecendo-lhes proteção e cuidado. Mas, ao mesmo tempo, também temos que aprender a deixar ir e não estar atentos a ponto de impedi-las de desfrutar ou relaxar.

É óbvio que todo adulto se depara com seus próprios medos e inseguranças quando está cuidando de uma criança. Nesse sentido, há aqueles que se sentem muito nervosos com a possibilidade de os pequenos brigarem ou algo ruim acontecer com eles, bem como aqueles que superestimam suas habilidades e esquecem que se tratam de crianças. É importante que sejamos capazes de nos conhecer, reconhecer essas emoções e aprender a gerenciá-las. Devemos nos permitir essa busca entre liberdade e supervisão e tentar encontrar um equilíbrio.


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