A importância do afeto para as crianças com deficiência

As crianças com deficiência precisam de afeto para que possam crescer felizes. Por isso, os pais devem ser responsáveis por lhes proporcionar amor incondicional.
A importância do afeto para as crianças com deficiência
Ana Couñago

Escrito e verificado por a psicóloga Ana Couñago.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

O afeto para as crianças com deficiência é algo essencial para que elas possam desenvolver as suas habilidades e crescer de maneira saudável e equilibrada. Por isso, nesses casos, é especialmente importante criar um vínculo de apego seguro entre pais e filhos. Ou seja, é necessário que as famílias saibam como responder às demandas especiais dessas crianças, para que possam lhes oferecer amor, confiança e segurança.

“A única deficiência na vida é uma atitude ruim.”

-Scott Hamilton-

A difícil situação de ter um filho com deficiência

A deficiência, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é um conceito que engloba:

  • Deficiências ou alterações no funcionamento do corpo.
  • Limitações para a realização de atividades, ações e tarefas da vida diária. 
  • Restrições na participação social.

Pode-se dizer que a deficiência é um fenômeno que influencia as características pessoais e sociais das pessoas. Assim, ela pode ser classificada, de acordo com a área afetada, como:

  • Cognitiva. 
  • Sensorial.
  • Motora.
o afeto para as crianças com deficiência

Quando um bebê nasce com deficiência, os pais precisam passar por uma fase de luto, para então poder assumir a situação e lidar com as preocupações, as dúvidas, o estresse, as dificuldades, os sentimentos negativos, etc.

Portanto, a experiência dessas famílias se torna, principalmente no início, complicada e complexa, uma vez que, além de atender às necessidades básicas de qualquer criança, elas também precisam aprender a:

  • Compreender o comportamento da criança com deficiência.
  • Responder adequadamente aos sinais e às demandas dessa criança.

Assim, os pais dessas crianças devem ter sensibilidade suficiente para que possam se adaptar e estabelecer uma relação de apego seguro.

Para fazer isso, os serviços de estimulação precoce são essenciais. Esses serviços têm a função de intervir terapeuticamente com as crianças de 0 a 6 anos que tenham distúrbios do desenvolvimento ou que estejam em risco de apresentá-los.

Da mesma forma, esses serviços também têm como objetivo atender às necessidades da família e do ambiente onde essas crianças vivem, para que elas cresçam em um ambiente saudável e amoroso. 

“Ter um filho especial é tornar-se professora para educá-lo e médica para atendê-lo, ser a sua advogada para respeitá-lo e uma leoa para defendê-lo.”

-Flavia Pascual-

A importância do afeto para as crianças com deficiência

A criação de uma base de afeto e segurança é importante para o desenvolvimento de todas as crianças, mas, principalmente, para aquelas que têm algum tipo de deficiência porque, por causa disso, elas são mais vulneráveis ​​e precisam de mais ajuda e atenção ao longo de suas vidas.

Nesses casos, o fato de não receber o afeto da família pode ter um impacto negativo no desenvolvimento maturacional e na adaptação a diferentes contextos.

crianças com deficiência

Ao contrário, se for possível estabelecer uma relação baseada na confiança e no respeito com algum dos pais, isso ajudará a criança a crescer de maneira equilibrada em termos cognitivos, emocionais e sociais.

De fato, isso será essencial para que a criança tenha confiança suficiente para superar todas as limitações, barreiras e problemas que vão surgir ao longo dos anos. Dessa maneira, as relações de apego seguro podem ser um fator protetor diante das dificuldades enfrentadas pelas crianças com deficiência.

Nesse sentido, deve-se ter em mente que, para estabelecer esse vínculo, é necessário tempo para conhecer, entender e aceitar a criança com deficiência. 

“Entender a deficiência é entender a particularidade da situação do seu filho, estar ciente das habilidades e limitações da criança e tratá-la de acordo com as suas possibilidades, mas sempre tendo em mente que a sua condição não a exclui de responsabilidades e comportamentos corretos.”

-Silvia Afanador-


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