O que fazer para evitar as regurgitações do bebê?

As regurgitações não têm nenhum efeito sobre a saúde ou o crescimento do bebê. Além disso, desaparecem sem necessidade de tratamento antes de o pequeno completar 12 meses de idade. A seguir, você vai descobrir como evitar as regurgitações.
O que fazer para evitar as regurgitações do bebê?

Última atualização: 08 junho, 2018

As regurgitações do bebê são muito comuns nos primeiros meses de vida. Em geral, ocorrem depois de se alimentar em cerca de 40% dos bebês saudáveis. O líquido liberado durante a regurgitação costuma conter apenas uma pequena quantidade de leite; na maior parte consiste em saliva e suco gástrico.

A grande maioria dos bebês passa a não ter mais esse problema assim que completam o primeiro ano de idade, às vezes até antes. Além disso, normalmente as regurgitações não têm nenhum efeito em seu crescimento ou desenvolvimento.

No entanto, um pequeno número de bebês regurgitam de tal maneira que pode, sim, influenciar no crescimento. Por essa razão, os bebês que regurgitam frequentemente devem passar por um acompanhamento de peso.

As regurgitações não são causadas por alergia ou intolerância aos alimentos. São muito comuns nos bebês e não requerem tratamento adicional, inclusive quando parecem abundantes.

No entanto, existem alguns conselhos que permitem evitar as regurgitações do bebê. Vamos ver quais são a seguir.

Causas das regurgitações do bebê

Nos bebês, a regurgitação tem duas causas principais: a imaturidade do sistema digestivo do pequeno e sua alimentação exclusivamente líquida. No entanto, também pode ocorrer por outros motivos. Na verdade, é um fenômeno praticamente inevitável em todos os bebês.

A causa principal da regurgitação é a má coordenação do esôfago; isto é, do órgão que permite que os alimentos passem para o estômago. O estômago tem a tarefa de armazenar e desinfetar os alimentos para, em seguida, enviá-los em porções para o intestino delgado.

Normalmente, essa atividade é perfeitamente regulada pela cárdia, um músculo anular situado na transição entre o estômago e o esôfago. Ao se contrair, a cárdia evita que a comida volte para a boca.

No bebê, entretanto, esse músculo ainda não funciona corretamente. Como resultado, o esôfago pode permanecer parcialmente aberto e permitir que o leite engolido volte para a boca.

O problema da regurgitação é espontaneamente resolvido quando a cárdia passa a se contrair perfeitamente, empurrando, assim, a comida para o estômago e fechando a passagem.

O que fazer para evitar as regurgitações do bebê?

Às vezes, o bebê regurgita mais do que o normal, especialmente se é alimentado com mamadeira. Portanto, siga estes conselhos para evitar as regurgitações excessivas:

  • Depois de comer, o bebê deve arrotar para expulsar o ar que engoliu enquanto mamava.
  • Evite dar grandes quantidades de leite de uma vez só. Assim, evita-se que o estômago do bebê fique excessivamente cheio.
  • Faça pausas durante a amamentação para permitir que o bebê arrote.
  • Certifique-se de que o bebê esteja bem posicionado e que o fluxo seja adequado.
  • Ofereça o seio ao bebê antes que ele fique com muita fome. Isso vai evitar que o pequeno engula grandes quantidades de ar.
  • Se o bebê é alimentado com mamadeira, você pode adicionar substâncias para engrossar o leite, o que limita a ocorrência das regurgitações.
  • A introdução de alimentos sólidos no desmame, em geral, reduz o aparecimento da regurgitação.
  • Você pode experimentar oferecer leite antirrefluxo ou diluir um espessante no leite habitual.
  • No começo da digestão, evite movimentar em excesso o bebê e brincar com ele.
  • O ideal é não oferecer sucos de frutas para o bebê. A acidez pode acentuar o refluxo gástrico.

 “A grande maioria dos bebês passa a não sofrer mais com as regurgitações assim que completam o primeiro ano de idade”

Quando devo me preocupar com as regurgitações?

Na maioria dos casos, você não vai precisar se preocupar em excesso. No entanto, existem alguns sintomas aos quais devemos prestar atenção. Assim, fique atenta se:

  • O bebê apresentar problemas de crescimento.
  • Chorar muito entre as refeições.
  • Não descansar adequadamente.
  • Tiver infecções.
  • As regurgitações forem frequentes e acompanhadas de diarreia.
  • O bebê tiver febre.
  • Houver vestígios de sangue nas regurgitações.
As regurgitações do bebê

Como distinguir a regurgitação do vômito?

Diferentemente da regurgitação, o vômito se caracteriza pela expulsão violenta do conteúdo do estômago. É importante saber reconhecer a diferença entre o vômito e a regurgitação, já que o vômito pode indicar uma doença mais grave e causar desidratação se for frequente.

Em geral, os vômitos ocasionais, se não estiverem acompanhados de outros sintomas, não devem causar maiores preocupações.

Por fim, essa lista de conselhos sobre como evitar as regurgitações do bebê pode ser muito útil se seu bebê tiver esse problema. Como mãe, você deve estar ciente de que se o bebê regurgita grandes quantidades de leite ou se a regurgitação ocorre de maneira violenta, é preciso levar o bebê ao pediatra.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.