Os limites que um padrasto ou uma madrasta não devem cruzar

Ter uma família recomposta pode ser uma oportunidade de reviver o amor e compartilhar experiências enriquecedoras para cada uma das pessoas que decidiram fazer parte dela.
Os limites que um padrasto ou uma madrasta não devem cruzar

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 18 junho, 2018

Refazer uma família é uma decisão que cabe a cada um dos membros envolvidos nessa tarefa. Entretanto, em alguns casos, o padrasto ou a madrasta cruzam limites que não deveriam ser ultrapassados em hipótese alguma.

Limites para uma autoridade saudável

Antes de estabelecer um relacionamento com uma pessoa que já tem filhos, você precisa entender a importância de que a relação entre pais e filhos deve permanecer forte para que tudo de certo.

Os filhos não devem se sentir abandonados em nenhuma circunstância, muito menos no momento da chegada de uma nova pessoa à família.

Tente não ter comportamentos invasivos para evitar que o núcleo familiar se sinta atacado. Assim, você obterá melhores resultados do que tentando impor sua vontade e seu modo de vida. Dessa forma, veja alguns limites que não devem ser ultrapassados quando você se torna um padrasto ou uma madrasta:

1. Tentar tomar o lugar do pai ou da mãe

Não importa se a união é o resultado de um divórcio ou falecimento, não tente substituir a figura do pai ou da mãe da criança. Mesmo se você gosta dos filhos do seu parceiro como se fossem seus, eles não são.

É preciso respeitar os métodos de educação e não se pode exigir ser tratado como o pai ou a mãe verdadeiros.

2. Castigar as criança fisicamente

Se essa atitude já considerada inadequada mesmo para seu próprios filhos, é ainda pior para crianças que não são suas. Um castigo físico aplicado por um novo membro da família pode prejudicar definitivamente o relacionamento com a criança.

Portanto, é necessário controlar suas emoções para evitar situações como essas.

um padrasto ou uma madrasta

3. Assumir uma posição de autoridade

As crianças pequenas, principalmente com menos de 5 ou 6 anos podem ter mais predisposição para respeitar a autoridade de um padrasto ou uma madrasta na família. Mas crianças que estão em idade escolar e adolescentes geralmente não aceitam esse tipo de atitude.

4. Envolver-se em discussões entre seu parceiro com o(a) ex

Pode ser muito tentador tomar partido em uma conversa ou um conflito entre seu marido ou esposa e seu ex, mas não é correto se meter nesses assuntos. Embora não haja nenhuma relação sentimental, ainda existe um vínculo que prevalece: o fato de ter um ou mais filhos em comum. Evite assumir atribuições que não são suas.

5. Participar das discussões do seu parceiro com os filhos

Se você deseja que o relacionamento e a relação com as crianças seja positiva, é melhor deixar que lidem sozinhos com seus conflitos. Uma palavra dita no momento errado pode gerar ressentimentos difíceis de resolver e sentimentos de desconforto no relacionamento.

Evite momentos tensos deixando que os problemas sejam resolvidos apenas por aqueles que estão envolvidos na situação.

6. Contrariar autoridade materna ou paterna do ex

Se os pais das crianças concordaram com as regras que devem ser cumpridas, em hipótese alguma você deve contrariar estas regras. Fazer isso é uma falta de respeito porque embora não haja mais uma relação sentimental entre o ex-casal, os pais continuam sendo pais e as mães continuam sendo mães.

O direito de tomar decisões e estabelecer comportamentos adequados deve ser reservado somente aos pais de uma criança. 

um padrasto ou uma madrasta

7. Falar mal do ex

Não importa se você acha que a pessoa não é boa ou que tenha cometido muitos erros. Não faça julgamentos sobre um dos pais da criança para não criar imagens pouco apropriadas ou mesmo grandes conflitos.

Falar de uma maneira pouco agradável sobre um dos pais pode causar ressentimentos, e ambos, seu parceiro e a criança podem se sentir atacados.

8. Pressionar seu parceiro em relação ao tempo que passa com os filhos

É muito compreensível que se deva encontrar o equilíbrio entre os limites que devem ser respeitados e os momentos que podem ser compartilhados. Mas também é necessário compreender que muitas vezes as crianças precisam dos pais, independentemente da sua presença. Portanto, deve-se respeitar os momentos de intimidade e aprender a compartilhá-los como uma família quando for possível.


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