10 perguntas sobre ultrassom na gravidez

Os ultrassons são exames de vital importância durante a gravidez. Neste artigo, vamos esclarecer as dúvidas mais frequentes.

Escrito e verificado por a enfermeira Leidy Mora Molina.

Última atualização: 13 abril, 2023

Durante a gravidez, muitas dúvidas passam pela nossa cabeça. Entre elas, estão as dúvidas relacionadas ao ultrassom durante a gravidez. Começando, qual é a frequência e função desse exame? Saiba mais sobre este assunto a seguir!

A ultrassonografia, também chamada de ecografia, é um método de diagnóstico por imagem no qual ondas sonoras de alta frequência são usadas para observar os tecidos internos. No caso da gestante, trata-se de observar o crescimento do bebê.

As imagens obtidas permitem ao especialista ver a anatomia do bebê e o seu desenvolvimento ao longo dos 9 meses, bem como outras estruturas como a placenta e o líquido amniótico. Dessa forma, possíveis complicações podem ser diagnosticadas em tempo hábil.

Saiba quais são as dúvidas mais frequentes sobre ultrassom na gravidez e suas respostas

Os ultrassons na gravidez são geralmente realizados através do abdome. A exceção é o primeiro, que é feita antes das 10 semanas de gestação, em que o especialista utiliza a via transvaginal para realizá-lo.

No entanto, como tudo na gravidez, o ultrassom pode causar algumas preocupações nas mães. A seguir, responderemos às perguntas mais comuns.

1. Qual é o papel do ultrassom na gravidez?

Inicialmente, trata-se de confirmar a gravidez, a localização do embrião, a idade gestacional, o número de embriões e a normalidade do útero e dos tecidos formados, como o saco amniótico e a placenta.

Depois, permite avaliar o crescimento do bebê, a posição fetal, a localização da placenta e a quantidade de líquido amniótico. Por esse motivo, várias ultrassonografias são realizadas durante a gravidez.

2. Qual profissional deve realizar o exame?

Esse procedimento diagnóstico é realizado apenas por profissionais especializados na área, como obstetras ou radiologistas. A observação e captação dessas imagens requer treinamento profissional. Portanto, seu próprio médico irá realizá-lo ou indicará um centro específico onde fazê-lo.

3. O ultrassom é prejudicial à mãe e ao feto?

O ultrassom é um teste simples e não prejudicial para a gravidez. Como os ultrassons são usados e a radiação ionizante, como raios-X, não é usada, é considerado seguro durante a gravidez.

Portanto, você não deve ter medo de fazer ultrassonografias nesta fase, pois até agora nenhum efeito adverso para a mãe ou para o bebê causado pela ultrassonografia foi detectado.

4. Quais são os tipos de ultrassom?

Os tipos de ultrassom realizados durante a gravidez incluem:

• Ultrassom 2D: são observadas imagens em tons de cinza. Este é o mais utilizado pelos obstetras.
• Ultrassom Doppler: o Doppler colorido geralmente é usado para estudo circulatório em veias e artérias, uma vez que os fluidos em movimento são visualizados. Já o Doppler pulsado estuda os vasos sanguíneos e o coração.
• Ultrassom 3D e 4D: por meio deles há uma melhor visualização fetal e a forma e o volume do bebê são avaliados com clareza. Por sua vez, o ultrassom 4D permite observar os movimentos do bebê em tempo real.

5. Quais cuidados prévios devo tomar antes de um ultrassom?

Como o ultrassom é um procedimento simples, não é necessária uma preparação prévia exaustiva. Claro, é conveniente não passar cremes hidratantes 24 horas antes do teste na região abdominal, pois alguns dificultam a transmissão do ultrassom. Além disso, é importante ir com roupas confortáveis para facilitar o processo.

6. Devo estar com a bexiga cheia para fazer o ultrassom?

Esse requisito é importante para a realização de qualquer ultrassom abdominal em mulheres não grávidas. No entanto, durante a gravidez não é necessário. Isso ocorre porque o bebê está cercado por líquido amniótico, o que permite uma boa visualização das imagens. Ultrassonografias intravaginais, como as realizadas durante o primeiro trimestre da gravidez, não requerem bexiga cheia.

7. Anomalias congênitas podem ser vistas em um ultrassom?

Isso depende da alteração genética que o feto possui. Se afetar a anatomia do órgão ou tecido afetado, é observável, especialmente em ultrassonografias 3D e 4D. Pelo contrário, se a alteração afeta apenas a função de um órgão e não interfere na sua morfologia, então não pode ser detectada por ecografia.

8. Quantas ecografias devo fazer durante a gravidez?

O número total de ecografias necessárias durante a gravidez depende da sua evolução. Neste sentido, a Sociedade Espanhola de Obstetrícia e Ginecologia recomenda a realização sistemática de 3 ecografias numa gravidez de baixo risco, distribuídas da seguinte forma:

• Primeira ultrassonografia: entre 11 e 14 semanas, para detectar a vitalidade embrionária e o número de embriões.
• Segundo ultrassonografia: entre 18 e 22 semanas, chamado de ultrassom morfológico.
• Terceira ultrassonografia: entre 32 e 36 semanas, observa-se a posição fetal, a localização da placenta e a quantidade de líquido amniótico.

9. Os resultados do ultrassom são confiáveis?

Embora a cada dia o progresso tecnológico permita uma melhor abrangência diagnóstica por meio do ultrassom, alguns fatores podem afetar os resultados. Por exemplo, a experiência do especialista, a posição fetal ou uma possível obesidade da mãe, entre outros, podem afetar a correta interpretação. Mesmo assim, é considerado um teste diagnóstico bastante confiável.

10. Devo estar acompanhada quando fizer o ultrassom?

Este não é um procedimento que requer acompanhamento. De qualquer forma, as mães geralmente decidem ir com o companheiro ou algum outro membro da família, razão pela qual um acompanhante é permitido na maioria dos centros.

A importância da ultrassonografia na gestante

As ultrassonografias ao longo da gestação servem de guia para o médico avaliar a evolução da gravidez. Além disso, nos casos em que forem observadas alterações tratáveis, o profissional poderá intervir em tempo hábil para manter o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê. Por fim, poderá dar tranquilidade à mãe ao conhecer o estado do bebê.

Nesse sentido, este estudo torna-se uma ferramenta diagnóstica de grande importância no pré-natal. É um procedimento útil e prático que não coloca em risco a saúde do binômio mãe-filho.