Por que a madrinha é tão importante?

Por que a madrinha é tão importante?
Elena Sanz Martín

Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz Martín.

Última atualização: 14 novembro, 2017

Quando somos mães, sempre nos estimulam a buscar padrinhos para a criança. No entanto, nem sempre sabemos da importância dessa figura na vida dos nossos filhos. Hoje, nos perguntamos: por que a madrinha é tão importante?

Ao contrário do que muitos podem pensar, a madrinha não é só uma figura que é convidada para participar de celebrações religiosas ou das festinhas infantis. Ao longo dos primeiros anos de vida, a emoção vivenciada nessa doce fase da vida acontece na presença tanto de familiares quanto de amigos e agregados. Tudo parece diversão e risos, mesmo banalidades, mas o papel que desempenha cada um é mais importante do que se pensa.

A madrinha é uma figura muito especial. Ela tem suas características próprias que a diferenciam dos demais membros da família.

Uma madrinha não precisa necessariamente compartilhar laços de sangue que a unam ao seu afilhado. A madrinha pode ser tanto uma amiga da mãe quanto alguém que sempre teve importância significativa na sua vida, uma prima, por exemplo.

A tradição da madrinha surgiu na religião cristã, em uma época em que se exigia um casal de pessoas especiais para poder celebrar o sacramento cristão do batismo. Essas figuras são o padrinho e a madrinha, pessoas escolhidas para cuidar dos filhos, caso os pais biológicos não possam.

Na Antiguidade, era uma tradição levada muito à sério, já que  eram os padrinhos as pessoas q ue se encarregariam dos filhos no caso de falecimento dos pais. Assim, ser escolhido padrinho ou madrinha era tanto uma honra quanto uma responsabilidade, muito além da simples amizade com os pais.

Quais são as funções da madrinha?

  • Cuidar e velar por seu afilhado
  • Aconselhar nos momentos de conflito
  • Colaborar na educação da criança
  • Gostar do afilhado e protegê-lo
  • Estabelecer pontes entre os pais e o seu afilhado, sempre que for necessário
  • Procurar ser um modelo a ser seguido, uma referência na vida da criança
  • Procurar estar presente nos momentos mais importantes para a criança
  • Manter uma comunicação boa e constante com a criança
  • Divertir-se com o afilhado e fazê-lo feliz

 

a madrinha

Como posso escolher a madrinha?

Em primeiro lugar, vamos lembrar que a madrinha costuma ser uma pessoa de confiança. Uma pessoa que tenha demonstrado merecer o papel de madrinha que lhe oferecem. É preciso ser responsável, inteligente e a pessoa deve saber velar pela segurança e dar afeto ao seu afilhado.

A madrinha é uma figura que pode ser uma mistura da mãe com a de uma amiga íntima.

É preciso agir com sensatez e não escolher qualquer pessoa. Mesmo que tenhamos uma boa relação com alguém, talvez essa pessoa careça de responsabilidade ou de meios suficientes para desempenhar esse papel na vida dos nossos filhos.

Irmãs ou amigas?

Muitos dos problemas relacionados a esse tema surgem na hora de escolher a pessoa certa para esse papel. Em primeiro lugar porque é difícil tomar essa decisão, em segundo, porque cria conflitos entre aqueles que desejam ser os eleitos, mas que acabam não sendo, e em terceiro, porque é difícil ficar bem com todos. As relações sociais nesse sentido são complicadas e exigem muita habilidade e equilíbrio.

Em algumas famílias é bastante comum que a madrinha seja a irmã da mãe. Isso acontece por causa dos laços de parentesco que a unem com o bebê e que claro, vão fazer dela uma boa tutora. No entanto, não é obrigatório que as madrinhas da criança sejam as irmãs da mãe.

O laço que une a verdadeira família não é o de sangue, mas sim o de respeito e alegria mútua.

-Richard Bach-

É possível haver casos em que a mãe seja filha única ou que não tenha boa relação com suas irmãs. Além disso, não se pode esquecer das tias, das avós, primas ou, até mesmo, das irmãs do pai, que podem desempenhar esse papel. De verdade, o que importa é escolher uma boa candidata, mais do que ter parentesco sanguíneo com essa pessoa.

Além disso, existem pessoas que têm como tradição particular escolher como madrinhas suas melhores amigas.

Diante da pergunta: escolho as irmãs ou as amigas? A resposta sempre vai ser: o que for melhor para seu filho (a). Não se trata de ter preferências ou de fazer disso uma competição, mas sim de escolher alguém para velar pela criança a longo prazo.

Fui escolhida como madrinha, o que tenho que fazer?

a madrinha

Se você foi escolhida como madrinha, sinta-se feliz! Esse é um papel que os pais valorizam muito. Eles tiveram que escolher você dentre muitas pessoas para desempenhar esse papel. Se você foi a escolhida, é porque eles confiam em você e sabem que estará ali aconteça o que acontecer.

O mais importante que uma madrinha deve fazer é gostar da criança. Seu trabalho vai consistir em brincar com ela, ajudá-la no que puder, vê-la crescer e aconselhá-la quando precisar. Não é necessário comprar presentes caros ou mimar, uma madrinha não faz papel de comerciante. A partir de agora você vai se tornar uma pessoa da família e vai ter que se comportar como tal.

Além disso, pode ser que se torne uma tutora, no caso de acontecer alguma coisa com os pais. Não fique aflita com isso, não tem motivo para acontecer alguma coisa ruim com eles. Mas se infelizmente isso acontecer, a criança vai ter que contar com você.

O papel que deram a você é digno de respeito e admiração. Não fique nervosa nem pense que não está preparada para isso, porque na hora de gostar de alguém, sempre se está preparada.

Converse com os pais da criança

Se você tem alguma dúvida ou algo que a preocupa, fale! Em primeiro lugar, o melhor a se fazer é conversar com os pais. Eles vão explicar o motivo pelo qual escolheram você dentre tantas outras pessoas, além de dar algumas dicas para que você consiga desempenhar o seu papel sem maiores problemas.

Lembre-se também de que ninguém pode obrigar você a fazer algo que não deseja. Para algumas pessoas esse papel é uma bênção, mas para outras é motivo de estresse. Talvez existam motivos externos que façam com que a mulher se sinta incapaz física ou emocionalmente de exercer esse papel. Seja sincera antes de mais nada.


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