Glenn Doman foi um médico norte-americano que, há mais de 50 anos, criou o seu próprio método educacional, denominado método…
Sou seu pai, não seu escravo
Geralmente, todas as crianças fazem birras. Pirraças, gritos, choros e queixas são algo muito comum durante a infância. Para tentar conter esse comportamento, muitos pais acabam cedendo aos filhos tudo o que desejam.

Os pais que cedem frequentemente aos filhos acreditam que assim conseguirão acalmá-los. Infelizmente, acontece o contrário: essa atitude faz com que pensem que um pai é um escravo que podem controlar à vontade.
A sociedade exige cada vez mais dos pais e seus filhos. Vende uma falsa ideia de perfeição trabalhista, econômica e, claro, familiar.
É comum que as crianças, desde pequenas, façam parte de milhares de atividades extracurriculares. Dessa forma, sequer possuem tempo para se aborrecer ou se encontrar com elas mesmas.
Isso se deve a essa competitividade que obriga os adultos a serem melhores que os demais. Tal pensamento tem sido, consequentemente, transmitido às crianças.
Os pais estão mais focados no sucesso dos filhos do que em proporcionar-lhes uma boa educação baseada na harmonia, no respeito e no tempo para brincar.
Sou seu pai, não seu escravo
Deve ficar claro que uma criança precisa de tempo para não fazer nada. Ela precisa se entediar, pensar e brincar. Ela deve aprender a cair e se levantar sem que seus pais estejam prestando atenção a todo momento.
Esta é a única forma para que o seu desenvolvimento emocional e cognitivo seja correto e para que aprenda a enfrentar diferentes circunstâncias na vida.
Nesta era de tecnologia e competitividade, a maioria dos pais quer somente facilidades para seus filhos.
O medo de traumatizá-los por obrigar a fazer qualquer coisa que não queiram, fazer a lição de casa por eles, agradá-los com qualquer tipo de desejo que tenham ou, simplesmente, não lhes dar nenhum tipo de responsabilidade são fatores a serem considerados.
Se as crianças forem tratadas assim, acabarão pensando que o mundo real é como em casa. Isto é, que diante de qualquer birra, pessoas desconhecidas darão ou farão o que querem.
Elas se tornarão pessoas tóxicas. Pessoas que irão afastar os outros. Em suma, não estabelecerão relações saudáveis, porque não saberão reconhecê-las.
O que posso fazer para evitar que isso aconteça?
Para evitar que seu filho te trate como um escravo, você deve seguir uma série de etapas. A princípio, pode ser um pouco difícil. É normal que alguns pais se sintam desamparados com o pensamento de que seus filhos estão crescendo.
Perceber como eles se distanciam e começam a fazer coisas sozinhos gera nostalgia e um pouco de tristeza. Apesar disso, você tem que pensar sobre o que é melhor para eles.
As crianças têm suas próprias maneiras de ver, pensar e sentir. Não há nada mais insensato do que pretender substituí-las pelas nossas.
-Jean Jacques Rousseau-
Converse com seu filho
Mas não faça isso durante uma birra. A criança não compreenderá os motivos enquanto estiver gritando e chorando. Assim espere ela se tranquilizar e só então converse.
Comente de forma assertiva que ela teve um comportamento incorreto e que você não irá permitir. Se continuar a agir assim, ninguém ao seu redor irá querer brincar com ela.
Troque o verbo “ser” por “ter”
Diante de uma birra, muitos pais geralmente acusam seus filhos de serem “maus”. Isso é algo injusto e negativo. Além disso, caso seja frequentemente repetido para a criança, acabará criando problemas.
Em vez de dizer “você é mau”, você deve dizer “você fez teve um mau comportamento”. É o comportamento da criança que foi incorreto, não ela em si.
Dê responsabilidades para cumprir
Ensine seu filho a fazer diferentes tarefas em casa. Dependendo da idade, a criança já pode aprender a fazer certas coisas.
Dessa forma, ela vai se tornar uma pessoa autossuficiente, além de se sentir útil. Quanto antes aprender a se desenvolver pelo mundo, melhor vai se sair. Ajudar em casa é sempre positivo.
Não exija tanto
Lembre-se de que é uma criança. Este não é o momento de enfrentar os problemas dos adultos.
Seu filho deve ter seu próprio tempo para brincar e relaxar. Caso contrário, podem aparecer transtornos relacionados ao estresse e à ansiedade.
Permita que expresse suas emoções
O sentimento não é algo ruim. Aprender a gerenciar as emoções é algo primordial na educação, desde que seja de forma correta. Ensine seu filho a expressar sua tristeza, sua alegria e seu descontentamento.
Além disso, não esqueça de deixar claro que deve fazer isso de forma respeitosa, nunca insultando ou gritando.