Sugestões para introduzir a alimentação complementar

A alimentação complementar é aquela porção de alimentos diferentes na dieta da criança que ainda está amamentando. É uma incorporação gradual de outros alimentos que inclui componentes sólidos, líquidos e semilíquidos enquanto o processo de amamentação é mantido.
Sugestões para introduzir a alimentação complementar

Última atualização: 28 junho, 2018

A alimentação complementar é recomendada a partir dos seis meses de idade, pois serve para cobrir as necessidades nutricionais do bebê à medida que ele vai crescendo.

É chamada de alimentação complementar porque é introduzida junto com o leite materno, complementando-o. No entanto, ainda não se torna uma substituta, pois o leite materno deve ser consumido pelo bebê pelo menos até os vinte e quatro meses de idade. Esses complementos devem ter características específicas. Assim, não devemos dar alimentos que ainda não são recomendados para bebês.

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Características dos alimentos da dieta complementar

O objetivo é corrigir as deficiências nutricionais que o leite materno não consegue dar conta quando o bebê já for maior e, portanto, tiver maior demanda nutricional. Essa dieta também é voltada às crianças que foram alimentadas com fórmulas de leite por diversas razões.

Levando isso em consideração, os alimentos devem ter as seguintes características:

  • Nutrientes que fornecem energia.
  • Fáceis de engolir e digerir.
  • Ingredientes simples e inofensivos para o organismo da criança.
  • Equilibrados em termos de sal, gordura e açúcar.
  • Ricos em ferro para resolver a deficiência do leite.
  • Tamanho adequado para que a criança possa segurar sozinha.
  • Quantidades reguladas de acordo com a necessidade.
  • A temperatura dos alimentos deve ser semelhante à corporal, ou seja, cerca de 37 ° C. Se necessário, deve ser resfriado ou aquecido para que chegue à temperatura adequada.

Os alimentos que são incorporados depois dos seis meses também servem para a criança aprender a comer e a manipular os talheres. Portanto, você deve permitir que ela tente comer por conta própria. Deixe seu filho pegar a comida com as mãos, reconhecer cheiros e texturas e sentir a necessidade de levar os alimentos à boca.

Recomenda-se também que o bebê possa reconhecer seu próprio prato, colher e copo. Esses utensílios devem ser pequenos e adequados para eles. Não é recomendado que os alimentos líquidos sejam introduzidos através da mamadeira. Dessa forma, favoreceríamos o aparecimento de problemas gastrointestinais e atrasaríamos a transição da fase do leite para a alimentação complementar.

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Em que momento a alimentação complementar deve ser oferecida?

Os especialistas recomendam começar a partir dos seis meses. Contudo, há outros critérios a considerar antes de iniciar essa nova etapa. Por exemplo, é importante dedicar um tempo especial para preparar adequadamente os alimentos. Além disso, também é preciso ter disposição para alimentar e observar pacientemente o bebê.

Da mesma forma, é aconselhável que o bebê esteja no estágio de desenvolvimento adequado. Isso significa que ele deve ser capacitado em seu sistema motor, sensorial e mental. Nesse sentido, é recomendável introduzir a alimentação complementar somente quando observarmos que ele começa a mostrar sinais de independência em suas ações diárias.

Outros critérios a considerar são os seguintes:

  • A criança deve ser alimentada em um momento de tranquilidade. Assim, a atividade será agradável, e não será vista como um castigo. É melhor que não tenha sido alimentado com leite recentemente, mas também que não esteja com muita fome, com sono, ou que esteja chorando.
  • No momento em que a alimentação complementar é iniciada, é essencial que o bebê consiga se sentar sozinho, seja apoiado por um adulto ou no cadeirão.
  • Incentivar o bebê no momento da refeição em família pode contribuir ao seu desenvolvimento, já que ele imita os outros. Além disso, colocar o cadeirão à mesa onde todos estão comendo permite que ele socialize e reconheça que é uma atividade comum. Na medida do possível, deve-se colocar no prato do bebê o mesmo que os outros vão comer.
  • É aconselhável colocar a comida na frente do bebê ou dar na mão. Por essa razão, é imprescindível que tenha capacidade de pegar a comida com força.
  • Não é necessário forçá-lo a comer porque é possível que ele precise de mais tempo para observar e reconhecer a comida. É importante ter muita paciência e vigiá-lo em todos os momentos.
  • É recomendável introduzir os alimentos um de cada vez. Ou seja, quando o bebê se acostumar com o primeiro tipo de alimento, poderá receber um novo. Isso é importante para que ele possa diferenciar as texturas e os sabores corretamente. Além de permitir observar sinais de intolerância alimentar.

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