Do que se trata o jogo sensopático?

Descubra o que é o jogo sensopático, um método de aprendizagem para crianças baseado na experiência. Você ficará surpresa!
Do que se trata o jogo sensopático?
María José Roldán

Escrito e verificado por a psicopedagoga María José Roldán.

Última atualização: 11 fevereiro, 2023

Você já ouviu falar em jogo sensopático? Bem, como Albert Einstein disse uma vez: Aprender é uma experiência. Todo o resto é apenas informação.

Você já tem uma ideia? Nós vamos ajudar: a brincadeira sensopática é uma forma de aprendizagem baseada na experiência que permite que as crianças experimentem os cinco sentidos.

O que é o jogo sensopático?

O jogo sensopático é uma forma divertida e envolvente de brincar e aprender com benefícios infinitos para o desenvolvimento infantil. Trata-se de dar às crianças a oportunidade de vivenciar o mundo por meio dos sentidos.

Dispositivos eletrônicos são instrumentos que não são capazes de dar a você uma oportunidade real de vivenciar o mundo através do toque, por exemplo.

Não somos contra os aparelhos tecnológicos, mas, sim, de delegar inteiramente a responsabilidade de educar nossos filhos com eles. Qualquer dispositivo pode fornecer entretenimento, mas nunca será totalmente capaz de permitir que você experimente o mundo por completo. Deve ficar claro que os dispositivos também têm suas limitações.

Como mencionamos, esse método lúdico traz benefícios infinitos para o desenvolvimento infantil, principalmente por meio do toque. Abaixo revelamos mais sobre isso.

A importância do toque

As brincadeiras sensopáticas usam o sentido do tato para ajudar as crianças a entender melhor o mundo ao seu redor. Esse método usa o sentido do tato – o principal sistema sensorial do corpo – e por meio dele ajuda as crianças a vivenciar, compreender e desfrutar da atividade que estão fazendo.

Ou seja, por meio do toque, a brincadeira busca fazer com que as crianças entendam melhor o que têm nas mãos. Desta forma, elas aprenderão brincando, por meio do toque. O jogo sensopático é uma forma muito real, concreta e definitivamente experiencial de aprender através da experiência.

O jogo sensopático é o rei do bom desenvolvimento

Brinquedos sensopáticos

Existem muitos brinquedos no mercado que estimulam o jogo sensopático. Não há nada de extraordinário neles e geralmente são muito acessíveis. Bons exemplos seriam os seguintes:

  • Pinturas. (Para que pintem com os dedos)
  • Massas de construção ou massas flexíveis. (Como os populares MoonSand e Play-Doh ) -> 100% de desenvolvimento tátil para nossos filhos.
  • Bichinhos de pelúcia. (Os companheiros clássicos de crianças desde tenra idade)
  • Bonecas.
  • Fantoches
  • Bolas de borracha.
  • Quebra-cabeça.
  • Blocos de construção. (Sim, estamos nos referindo aos amados Legos)
  • Peças encaixáveis com diferentes texturas. (Geralmente, as mais populares são aquelas com formas geométricas para bebês)
  • Brinquedos que incluem uma variedade de texturas e sons. No final, tudo se soma!

Cada criança precisa de uma oportunidade de experimentar o mundo em um sentido muito real e com o sentido do tato. Por não dar ao jogo sensopático o destaque que merece, seu filho pode não aprender tão eficazmente como quando está totalmente envolvido fisicamente em seu próprio aprendizado, criando experiências significativas.

O rei de toda a vida: o jogo sensopático

Sem dúvida, o tradicional costuma ser o melhor. Claro, a tecnologia nos permite melhorar e desenvolver mais e melhores alternativas, mas não podemos esquecer completamente o que deixamos para trás. O segredo é ser inteligente e optar por avaliar bem quais são os melhores recursos para estimular os sentidos das crianças.

O jogo sensopático ou sensorial amplia as habilidades de aprendizagem das crianças e lhes dá a oportunidade de aprender a mecânica dos objetos e o mundo tátil por si mesmas.

As telas não fornecem aprendizado real. Uma criança de quatro anos pode brincar no tablet, mas se não conseguir no mundo real, terá dificuldades motoras, de estruturação espaço-temporal, de coordenação, de atenção, de memória, entre outras. 

Da mesma forma, uma criança de cinco anos pode construir um quebra-cabeça de 64 peças em um computador ou tablet e, posteriormente, ter dificuldade com um jogo que não inclua um dispositivo digital.

O jogo sensopático nos aproxima muito mais do que a tecnologia

Como muitas vezes é impossível se desconectar completamente da tecnologia, é necessário que, como pais, administremos bem o tempo que nossos filhos passam em frente às telas. É importante que eles gastem tempo fazendo atividades reais, brincando com diferentes objetos, interagindo com pessoas reais.

Existem muitos benefícios para o desenvolvimento infantil associados a jogos em que o toque é o protagonista. Esses benefícios são:

  • Boa coordenação motora.
  • Desenvolvimento adequado das habilidades motoras finas e grossas.
  • Desenvolvimento da paciência.
  • Capacidade de identificar e refletir sobre as causas e os efeitos das coisas.
  • Aumento da criatividade e da imaginação.
  • Desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas.
  • Estimulação da tomada de decisões.
  • Bem-estar emocional.
  • Desenvolvimento de habilidades sociais, como cooperação
  • Desenvolvimento da segurança.

Em vez de mais tempo na frente das telas, considere as opções do jogo sensopático. As telas eletrônicas são apenas visuais e não fornecem tudo que uma criança precisa para se desenvolver adequadamente. Quem não aprende brincando de areia na praia ou com bonecas de borracha?

Ajude seus filhos a adquirirem um desenvolvimento sensorial REAL.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Cabrera, M.C. y Sánchez C. (1982). La estimulación precoz; un enfoque práctico. Editorial Siglo XXI: España.
  • Dorance, S. y Matter, P. (2001). Juegos de estimulación para los más pequeños. Madrid: AKAL.
  • Flores, J. (2013). Efectividad del programa de estimulación temprana en el desarrollo psicomotor de niños de 0 a 3 años. Revista Ciencia y Tecnología, 9(4), 101-117. http://revistas.unitru.edu.pe/index.php/PGM/article/view/426
  • Gallahue, D. (1982). Understanding motor development in children. New York: John Wiley and sons.
  • Guerrero, A. M., & Primaria, I. Y. (n.d.). La estimulación temprana. https://archivos.csif.es/archivos/andalucia/ensenanza/revistas/csicsif/revista/pdf/Numero_14/AMALIA_MORENO_1.pdf
  • González Zúñiga Godoy, C. I. (2007). Los programas de estimulación temprana desde la perspectiva del maestro. Liberabit, 13(13), 19-27. http://www.scielo.org.pe/scielo.php?pid=S1729-48272007000100003&script=sci_arttext&tlng=en
  • Moreno, J. A. (1999). Motricidad infantil. Aprendizaje y desarrollo a través del juego. Murcia: Diego Marín.
  • Moreno, J. A., & De Paula, L. (2006). Estimulación de los reflejos en el medio acuático. Revista Iberoamericana de Psicomotricidad y técnicas corporales, 6(2), 193-206. https://www.um.es/univefd/reflejos.pdf
  • Ordoñez, M. y Tinajero, L. (2012). La importancia de la estimulación temprana en la etapa infantil. Madrid, 208-240.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.