Você deve ficar atenta aos sintomas da carência afetiva

Você deve ficar atenta aos sintomas da carência afetiva
Elena Sanz Martín

Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz Martín.

Última atualização: 04 maio, 2017

O tema da carência afetiva é difícil de tratar, pois nem todas as mães ou todos os pais estão dispostos a aceitar o fato de que o filho está sofrendo com os sintomas da carência. Do mesmo modo, se uma criança não recebe amor ou atenção, talvez não tenha ninguém que esteja atento aos sintomas que ela está apresentando.

Por outro lado, se falta afeto ao pequeno é porque talvez seus pais não liguem muito para essa questão. Além disso, é possível que exista certo nível de desconhecimento a respeito do assunto. É por isso que a paternidade às vezes se baseia em alimentar a criança e suprir as necessidades básicas dela.

Essa situação é preocupante, sobretudo porque incide em um fator emocional determinante na futura conduta da criança. Isto é, uma criança sem amor, cuidado e compreensão na primeira fase da vida é um adulto com grande propensão ao desequilíbrio emocional. Isso acontece porque esse não é um problema que se supera facilmente.

Principais características da carência afetiva

Pode-se perceber a carência afetiva de muitas maneiras. Não se trata somente de uma mãe ou um pai que não dão amor suficiente ao filho, mas também de pais que não estão em condições de proporcionar esse sentimento. Talvez estejam muito ocupados e por isso se descuidam do trabalho como pais. Ou talvez foram criados dessa forma e, assim, não acham que seja necessário.

Em muitos casos, a família é formada por pais que também sofreram essa carência, pais que têm problemas de comportamento ou possuem algum desequilíbrio emocional. Nesse sentido, o descuido e potencial maus-tratos com as crianças é o pão de todos os dias.

Por outro lado, é possível que sejam pais amorosos, mas que não possuem tempo suficiente para dividir com seus filhos. Esses pais demonstram o amor comprando brinquedos e criando espaços de entretenimento para os filhos.

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Consequentemente, a mesma necessidade de afeto pode aparecer em diferentes contextos sociais e diversos grupos familiares. Mas o resultado é sempre o mesmo: crianças que se sentem abandonadas e desprotegidas. Uma forma de maus-tratos muito diferente daquela que conhecemos.

Em geral, a criança que sofre desse problema é extremamente sensível. Essa característica se desenvolve devido à sua contínua busca por afeto. É possível que qualquer mínimo gesto possa ser percebido pelo pequeno que está sendo agredido, mesmo que não o toquem ou falem com ele.

É comum que algumas famílias considerem que o cuidado e a atenção com os filhos correspondam à alimentação e ao pagamento das contas. Por isso não se preocupam em dar amor às crianças. Entretanto, não é preciso obrigar nenhuma mãe a amar seus filhos. Esse sentimento é inato às mães e elas sabem expressá-lo quando querem.

Seja qual for a razão, a ignorância quanto ao assunto ou pouca habilidade emocional, é preciso que uma mãe perceba os sinais de falta de afeto que seu filho expressa. Dessa forma, como é sua obrigação ajudar seu filho, é recomendável que você se concentre em destinar seu tempo à oferecer a atenção que seu filho precisa.

Quais são os sintomas da carência afetiva?

A principal sensação que invade uma criança que sofre de carência de afeto é o medo e o abandono. O pequeno não sabe realmente o que está acontecendo, ele apenas sente que não é amado e percebe alguma rejeição. Portanto, essa criança, cujo único apoio são seus pais, sente que está só no mundo se seus pais não cuidam dela.

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Apesar de cada criança reagir diferentemente a esse problema, os sintomas universais são o medo e a insegurança.  De qualquer forma, é conveniente ficar atento aos seguintes sinais.

  • Medo de ficar sozinho e outros medos relacionados ao abandono
  • Problemas derivados da falta de atenção
  • Ansiedade
  • Transtornos no desenvolvimento da linguagem
  • Falta de habilidade para se relacionar socialmente
  • Mudanças bruscas de comportamento
  • Incapacidade de expressar seus sentimentos corretamente
  • Atitude violenta e incontrolável
  • Sensibilidade emocional
  • Falta de confiança com quase todas as pessoas
  • Insegurança, timidez e baixa autoestima

É importante refletir sobre a possibilidade de que nós, sem nos darmos conta, estejamos causando esse problema ao nosso filho. Algumas vezes podemos julgar nosso filho por causa da sua timidez ou  agressividade, mas não procuramos saber qual é o verdadeiro motivo desses comportamentos. Para que uma criança cresça saudável, além da alimentação e de outros cuidados, ela também precisa de afeto. Dar abraços e beijos na criança e falar algumas palavras carinhosas são atitudes que vão beneficiar enormemente a vida dela.


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