11 benefícios da estimulação aquática para bebês

11 benefícios da estimulação aquática para bebês
María Alejandra Castro Arbeláez

Escrito e verificado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 29 junho, 2017

A estimulação aquática dos bebês também é conhecida como matronatação. É um método que consiste na adaptação ao meio aquático por meio de brincadeiras, músicas e exercícios. Em geral, essa prática está adaptada aos níveis de compreensão das crianças, dependendo da idade.

É muito importante deixar claro que a presença dos pais tem um papel essencial no desenvolvimento dessa prática. Vai muito mais além de ensinar a nadar, pois permite que o bebê estabeleça um vínculo com o espaço.  O contato com a água é benéfico para os pequenos porque os faz lembrar do ventre materno.

Durante o crescimento, cada fase propõe exercícios específicos. O propósito é fazer o bebê desenvolver as partes mais importantes do corpo no momento e seus órgãos. Além disso, estar em contato com a água, permite não apenas ir reconhecendo o “eu corporal”, mas também apresenta múltiplos benefícios.

Benefícios que estimulação aquática de bebês proporciona

1. Fortalecer o vínculo entre a mãe ou o pai e o bebê

A percepção do bebê nos primeiros meses de vida consiste em relacionar seu corpo com o da mãe. A partir desse vínculo, ele consegue compreender o próprio corpo e as características do ambiente à sua volta.

Compartilhar a experiência na água oferece aos bebês segurança, algo importante para estabelecer futuras relações interpessoais. Por meio dessa prática, os laços familiares são fortalecidos.

A afetividade é muito importante para o desenvolvimento da segurança e da autoestima. Durante cada aula, esse aspecto vai se intensificando, já que o contato corporal é constante.

2. Favorece o desenvolvimento sensorial

As sensações que o bebê experimenta dentro da água permite a absorção de informações sobre o ambiente. Ou seja, começa um processo racional em relação aos sentidos. As atividades desenvolvidas passam a ser verificadas pelo sistema nervoso por meio dos sentidos para criar sensações e percepções.

aquáticas

3. Desenvolve a musculatura

Nesse caso, fortalece o tônus muscular, se adquire equilíbrio e trabalha as diferentes posturas do corpo. Esse tipo de estímulo vai ajudar o bebê a andar quando esse momento chegar.

Na água não existem dificuldades para carregar o bebê porque, estando imerso nesse líquido, o peso corporal diminui até 90%. Essa característica da água permite movimentos, posturas, sensações e brincadeiras diferentes das que se pode fazer fora dela.

Consequentemente, permite ao bebê realizar movimentos que desafiam a gravidade: giros e pulos. Ele aprende noções físicas como, por exemplo, boiar, propulsão, deslocamento, equilíbrio, resistência, etc.

4. Melhora o aparelho respiratório

 Auxilia a expulsar o muco. A imersão na água ajuda a melhorar a capacidade respiratória.

5. Fortalece o sistema imunológico

Promove o fortalecimento das defesas, o que ajuda a combater as infecções, como bactérias e vírus que podem entrar em contato com o bebê.

6. Favorece a psicomotricidade

A estimulação aquática contribui para o desenvolvimento das habilidades motoras, expressivas e criativas por meio do próprio corpo. Permite explorar novos conhecimentos e enriquecer as experiências motoras.

A água permite ao bebê ampliar suas possibilidades de movimentos e faz com que seja capaz de investigar e descobrir novas atividades para desenvolver novas habilidades. O bebê aprende pouco a pouco, experimentando e interagindo com o meio. Se estiver em contato com um meio diferente, no qual vai observar coisas novas, é capaz de ampliar seus aprendizados e estimular o desenvolvimento intelectual.

7. Estimula a percepção visual e tátil

 Dentro da água, muitas coisas são diferentes, entre elas a percepção. Por esse motivo, o bebê pode experimentar outros tipos de sensações e padrões visuais, ao mesmo tempo em que desenvolve as habilidades táteis.

8. Ajuda a relaxar

A estimulação aquática tem propriedades relaxantes. Isso funciona tanto para crianças como para adultos. Um bom mergulho nos ajuda a conciliar melhor o sono.

9. É uma excelente preparação para a natação em si

O contato com a água desde cedo oferece ao bebê a possibilidade de aprender a nadar. É muito importante que as crianças saibam nadar, mas também é um incentivo para iniciar uma atividade esportiva.

10. Aumenta o apetite

Todos nós sabemos que ficar na água dá mais fome. Com os bebês acontece a mesma coisa, ao sair da água o apetite vai ser maior.

11. Estimula a consciência

 Experimentar, com o próprio corpo, posturas e posições permite reforçar o estado de consciência. Além disso, vai ajudar a desenvolver conceitos como para cima, para baixo, para frente, para trás, afundar, boiar, começar, terminar, entre outros.

aquática

Recomendações para iniciar a estimulação aquática

  • Profissionais qualificados. É recomendável colocar nossos filhos em contato com profissionais capacitados, com experiência em matronatação.
  • Piscinas. As piscinas dever ser de uso exclusivo para bebês, pois devem ser realizados os tratamentos adequados na água. Preferivelmente sem cloro e particularmente se recomenda que sejam tratadas com sal. Além disso, a temperatura deve ficar entre 32° e 34° para evitar danos à mucosa, à pele e aos olhos do bebê.

Métodos compreensivos. É recomendado evitar a pressa e metas rigorosas. Cada bebê tem seu ritmo para aprender e se desenvolver. O progresso de cada criança vai ser diferente. Nem todas vão se desenvolver da mesma forma. O programa aquático deve se adaptar às características do bebê. Nunca ao contrário.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Latorre García, J., Sánchez-López, A. M., Baena García, L., Noack Segovia, J. P., & Aguilar-Cordero, M. J. (2016). Influencia de la actividad física acuática sobre el neurodesarrollo de los bebés: revisión sistemática. Nutrición Hospitalaria, 33, 10-17. http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0212-16112016001100002
  • Moreno, J. A., & De Paula, L. (2005). Estimulación acuática para bebés. Revista iberoamericana de psicomotricidad y técnicas corporales, 20, 53-82.
  • Moreno, J. A., & De Paula, L. (2005). Actividades Acuáticas para el primer año de vida del bebé. In II Congresso Internacional de Atividades Aquáticas. Murcia: Instituto UP de Ciências Del Deporte.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.