O que é o acompanhamento pré-natal e por que ele é importante?

O acompanhamento pré-natal permite que você tenha uma gravidez saudável e chegue ao termo da gravidez. Você sabe o que se deve fazer nesse período?
O que é o acompanhamento pré-natal e por que ele é importante?

Última atualização: 16 abril, 2022

A gravidez é uma fase fisiológica em que o corpo materno se transforma para dar vida a um novo ser. Embora seja um processo natural, não é isento de complicações. Para evitá-las, existe uma série de cuidados pré-natais que a gestante não deve ignorar. Saiba mais sobre o acompanhamento pré-natal a seguir.

Ao longo desse acompanhamento, os exames médicos periódicos permitem a detecção precoce de situações de risco que podem comprometer a saúde da mãe ou do bebê. A seguir, contaremos como se faz isso e por que é uma medida importante em cada fase da gravidez.

A importância do acompanhamento pré-natal

O acompanhamento pré-natal visa melhorar ou manter a saúde da mãe e do bebê durante a gravidez. Isso é feito por meio de avaliação médica periódica, que aumenta de frequência à medida que a gravidez avança.

Durante os exames pré-natais, o acompanhamento da saúde é realizado através das seguintes estratégias:

  • Prevenção, diagnóstico e tratamento oportuno das complicações na gravidez.
  • Acompanhamento do crescimento e da vitalidade do bebê.
  • Educação para a mulher e sua família sobre questões relacionadas ao parto e ao pós-parto.
  • Tratamento dos sintomas ou desconfortos típicos da gravidez.
  • Preparação da gestante para o nascimento do bebê.

De acordo com dados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, bebês nascidos de mães que não receberam cuidados pré-natais adequados podem sofrer de várias complicações de saúde.

Estima-se que nessas crianças é triplicado o risco de baixo peso ao nascer em relação aos filhos de mães que compareceram a todas as consultas de acompanhamento. E, além disso, eles têm cinco vezes mais chances de morrer.

Ademais, a OMS afirma que o acompanhamento pré-natal de pelo menos 8 encontros pode reduzir as mortes perinatais em até 8 de cada 1000 nascimentos. Nesse sentido, o acompanhamento pré-natal pode prevenir complicações na gravidez, no parto e no puerpério.

O acompanhamento pré-natal também ajuda as mulheres grávidas a viver com mais calma durante a gravidez e a se preparar física e psicologicamente para o que está por vir.

O que esperar da primeira consulta

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Quando você suspeitar da possibilidade de gravidez ou já tiver confirmado a situação com um teste caseiro, é importante marcar a consulta do primeiro acompanhamento pré-natal. Idealmente, você deve comparecer entre a 6ª e a 8ª semanas após a data da sua última menstruação.

Durante essa consulta, você conhecerá o obstetra-ginecologista que a acompanharão nessa etapa. Além disso, nessa consulta o médico vai se dedicar a reunir informações importantes, conhecer o seu estado de saúde e estabelecer o provável grau de risco da sua gravidez.

Dentre os dados mais relevantes do seu histórico, destacam-se os seguintes:

  • Histórico médico e ginecológico.
  • Intervenções cirúrgicas anteriores.
  • Gestações anteriores.
  • Histórico médica da família.
  • Consumo de drogas e outras substâncias, como cafeína, álcool, cigarros e outras.

Em seguida , estima-se a data provável do parto, com base no dia do início da sua última menstruação. Essa data serve como um guia para a avaliação da evolução da gravidez e do crescimento fetal, bem como para o agendamento do parto.

Posteriormente, a equipe obstétrica realiza um exame físico completo e dá atenção especial às mamas, pelve e trato genital. Além disso, os seguintes aspectos da mulher grávida são avaliados:

Para complementar o exame clínico, são solicitados alguns exames laboratoriais, como exame de sangue, exame de urina ou exame de imunidade.

Antes de finalizar a consulta, o médico reserva alguns minutos para esclarecer as dúvidas relacionadas à gravidez, as mudanças inerentes a essa fase e as práticas ou hábitos saudáveis que a mulher deverá adotar a partir desse momento. Entre eles, o cuidado com a alimentação, a necessidade de suplementos vitamínicos e a prática de esportes.

As consultas com o obstetra

As consultas obstétricas são agendadas de acordo com a semana da gestação e o estado de saúde da mãe e do bebê. Em geral, segue-se este esquema de controle:

  • A cada quatro semanas: até 28 semanas de gravidez.
  • A cada duas semanas: da semana 28 à semana 36, inclusive.
  • Uma vez por semana: da semana 37 até o parto.

No caso de uma gravidez de alto risco, o esquema é adaptado às necessidades individuais e àquilo que o médico determinar como apropriado.

Exames pré-natais

São exames laboratoriais ou de imagem realizados para complementar as informações obtidas na consulta.

Exames laboratoriais

Dentro dos exames laboratoriais são avaliados alguns aspectos fundamentais da saúde da gestante, tais como:

  • Tipo de sangue da mãe: grupo ABO e fator RH são determinados. Também deve ser realizado pelo pai do bebê e, em caso de incompatibilidade, deve ser adicionado o teste de Coombs para detectar se a mulher possui anticorpos anti-Rh.
  • Hematologia: são testados os níveis de hemoglobina, contagem de leucócitos e plaquetas.
  • Glicemia: é feito para detectar o risco de diabetes gestacional.
  • Teste de urina: usado para determinar a presença de bactérias na urina ou para diagnosticar infecções do trato urinário que não apresentam sintomas.
  • Imunidade às infecções: é realizada a busca de anticorpos para alguns germes conhecidos, como os causadores da rubéola, toxoplasmose ou HIV, entre outros.
  • Outros exames: testes genéticos, que são usados para detectar alterações nos cromossomos (como a síndrome de Down) ou o esfregaço de secreções perianais para detectar estreptococos do grupo B na mãe.

Ecografia fetal

O diagnóstico de lúpus torna a gravidez de alto risco

Esse tipo de exame complementar serve para observar o bebê dentro do útero e comprovar o seu crescimento adequado, entre outras questões. Em geral, é feito nas seguintes fases da gravidez:

  • Entre 11 e 14 semanas: a idade gestacional do bebê é determinada e a estrutura e o funcionamento da placenta também são avaliados (por meio do eco Doppler de artérias uterinas).
  • Da 20ª à 22ª semana: é realizada uma ultrassonografia morfológica, na qual são revisados o crescimento fetal, a formação dos órgãos, o sexo, a localização da placenta e o cordão umbilical. Além disso, serve para detectar com o tempo possíveis malformações congênitas.
  • Entre as semanas 32 e 38: avalia-se o crescimento fetal, como o feto está posicionado (cabeça, nádegas ou transverso), a quantidade de líquido amniótico e a integridade da placenta.

Compareça em todas consultas médicas!

Realizar o acompanhamento pré-natal em tempo hábil é a melhor maneira de manter uma gravidez saudável até a 40ª semana de gestação.

Além dos exames programados, lembre-se de ir ao consultório médico se tiver febre, forte dor abdominal ou sangramento e se surgir algum sintoma sobre o qual seu obstetra tenha alertado.


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