Alimentação no refeitório da escola

A alimentação no refeitório da escola deve ser variada e equilibrada, além de atender todos os requisitos nutricionais da criança.
Alimentação no refeitório da escola

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 01 dezembro, 2019

As novas realidades sociais (incorporação das mulheres ao mercado de trabalho, famílias monoparentais, as grandes distâncias entre a casa e a escola…) fizeram com que a demanda pelo serviço de refeitório crescesse continuamente. Porém, o refeitório da escola deve garantir uma dieta equilibrada e saudável para as crianças.

O seu filho vai começar a frequentar o refeitório da escola? Aqui, vamos mostrar como a alimentação nas escolas deve ser para que as necessidades nutricionais das crianças sejam atendidas.

Como deve ser a alimentação no refeitório da escola?

A nutrição adequada na infância é fundamental para o correto crescimento e desenvolvimento, tanto físico como intelectual, para evitar excessos ou deficiências nutricionais e para prevenir muitas das doenças crônicas dos adultos, tais como obesidade, hipertensão, diabetes, osteoporose…

Funções do refeitório da escola

O estabelecimento de uma educação nutricional, uma política nutricional, um bom gerenciamento do marketing de alimentos e a participação dos pais na escola podem prevenir o sobrepeso e a obesidade, conforme mostrado neste artigo publicado na revista Pediatrics.

a alimentação no refeitório da escola

Nutricional

Os alimentos no refeitório da escola devem garantir uma alimentação saudável, equilibrada e adaptada às necessidades nutricionais, de acordo com a idade dos alunos e promovendo, assim, a saúde e o crescimento.

A refeição principal deve oferecer cerca de 30 a 35% da ingestão diária de energia com uma quantidade e uma qualidade adequada de nutrientes. Também é muito importante que, além de ser nutritivo, o prato também seja atraente para a criança.

Educativa

  • Deve incentivar hábitos, atitudes e estilos de vida saudáveis. Os primeiros anos de vida são cruciais para o aprendizado de bons hábitos alimentares. Assim, a implementação de diretrizes adequadas para o comportamento alimentar será decisiva.
  • Promover a adaptação dos alunos a uma variedade de cardápios. Conhecer os alimentos, apreciar as suas diferenças, avaliar as necessidades de cada um deles e aprender a comer de tudo é o objetivo da educação nutricional. Além disso, o consumo de alimentos na companhia dos colegas favorece a aceitação de novos pratos.
  • É essencial que hábitos de higiene sejam incentivados: higiene geral, mãos, dentes, manipulação durante o consumo de alimentos, etc., bem como as boas maneiras: usar os talheres, manter uma postura correta, mastigar bem, usar o guardanapo, evitar falar com a boca cheia, etc.

Orientações para o cardápio do refeitório da escola

Um cardápio saudável e equilibrado é aquele que cobre as necessidades energéticas e fornece os nutrientes necessários para manter a saúde.

Orientações Gerais

  • Deve garantir uma ingestão calórica suficiente de acordo com a idade e atividade física. O cardápio escolar deve fornecer entre 30 a 35% das necessidades diárias de energia.
  • Os carboidratos (vegetais, frutas, pão, macarrão, arroz, etc.) devem fornecer 50-55% das calorias da dieta.
  • Recomenda-se que as gorduras não excedam 30% da ingestão diária, e o consumo de gorduras saturadas e trans deve ser reduzido.
  • As proteínas devem fornecer entre 10 e 15% do total de calorias, combinando proteínas animais e vegetais e promovendo o consumo de leguminosas.
  • Deve fornecer as necessidades diárias de vitaminas e oligoelementos. A ingestão recomendada de micronutrientes, minerais e vitaminas deve ser calculada com base em um período de 15 dias.
o cardápio do refeitório da escola

Orientações Específicas

  • Recomenda-se que os pratos principais sejam de leguminosas, legumes, macarrão e arroz, complementados por pratos compostos por carne, peixe e ovos, servidos de maneira alternada, com um acompanhamento à base de vegetais.
  • Para as sobremesas, as opções podem ser frutas ou iogurte.
  • É importante não cair na monotonia no desenvolvimento do cardápio. Por isso, recomenda-se que o mesmo cardápio não seja repetido antes de pelo menos 15 dias.
  • A ingestão diária de frutas, verduras e legumes deve ser aumentada para pelo menos 5 porções por dia. É conveniente aumentar a ingestão de vegetais variados frescos ou cozidos, tanto no prato principal quanto nos acompanhamentos.
    • Também deve-se promover o consumo de ensopados preparados com hortaliças, batatas e legumes ou acompanhados de cereais e leguminosas.
  • É preferível favorecer o peixe à carne, usando tanto peixes brancos quanto azuis.
  • A porção de pão deve ser preferencialmente integral.
  • É necessário evitar o consumo de produtos pré-cozidos e fritos, bem como de doces e bolos industrializados.
  • É importante consumir alimentos frescos da estação, com pouca manipulação.
  • Variar os cardápios de acordo com a época do ano.
  • Uma cópia dos cardápios deve ser enviada aos pais, incluindo o tipo de preparação e a composição dos acompanhamentos e sobremesas.

Os cardápios oferecidos nesses refeitórios coletivos devem atender aos padrões mínimos de composição e qualidade, favorecendo a culinária tradicional baseada em uma dieta saudável com muitos alimentos frescos locais, além de frutas e legumes.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Foster, G. D., Sherman, S., Borradaile, K. E., Grundy, K. M., Vander Veur, S. S., Nachmani, J., … & Shults, J. (2008). A policy-based school intervention to prevent overweight and obesity. Pediatrics121(4), e794-e802.
  • Guía de comedores escolares. Programa Perseo.
  • Kim, S. A., Moore, L. V., Galuska, D., Wright, A. P., Harris, D., Grummer-Strawn, L. M., … & Rhodes, D. G. (2014). Vital signs: fruit and vegetable intake among children—United States, 2003–2010. MMWR. Morbidity and mortality weekly report63(31), 671.
  • Manual práctico de nutrición en pediatría. Asociación española de pediatría.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.