7 alimentos mais alergênicos para crianças

As alergias podem ser comuns e perigosas. Vamos contar quais são os alimentos mais alergênicos para as crianças para que você fique alerta.
7 alimentos mais alergênicos para crianças

Última atualização: 13 maio, 2023

As alergias alimentares se tornaram um verdadeiro problema de saúde pública. Não só pelo impacto que têm no bem-estar da criança, mas também pelo efeito na sua qualidade de vida e na da família. Sua prevalência varia entre 4 e 8%, com tendência crescente. Neste artigo, vamos apresentar uma lista dos alimentos mais alergênicos para crianças, para que você possa tomar decisões sobre o seu consumo.

Uma alergia grave pode desencadear anafilaxia e colocar em risco a vida da criança. Então a melhor ação é a prevenção. Confira quais são os alimentos mais alergênicos e fique de olho no seu pequeno.

O que é uma alergia alimentar?

A alergia alimentar é definida como uma resposta de defesa do organismo na presença de substâncias consideradas invasoras pelos nossos anticorpos. Essas substâncias são encontradas nos alimentos. A reação pode aparecer entre 30 e 60 minutos após a ingestão do alimento e os sintomas leves são coceira, urticária na pele e nos lábios, olhos inchados e tosse, entre outros. Algumas alergias também causam vômitos ou diarreia em crianças menores.

Os sintomas mais graves incluem pressão arterial baixa, desmaios e falta de ar. Por sua vez, a anafilaxia é a reação mais extrema e temida, pois coloca a criança em risco vital. Para evitá-la, leve sempre consigo uma injeção de adrenalina prescrita pelo seu pediatra ou alergista.

Conheça os alimentos mais alergênicos para crianças

Alguns alimentos que parecem inofensivos representam um risco para a saúde das crianças. Em seguida, mencionamos a maioria dos alérgenos. Leve-os em consideração ao introduzi-los pela primeira vez em sua dieta.

1. Leite de vaca

A Associação Espanhola de Pediatria relata que a alergia alimentar mais frequente durante o primeiro ano de vida é ao leite de vaca. Isso acontece porque os anticorpos do bebê, chamados de imunoglobulina E (IgE), costumam reagir erroneamente às proteínas desse alimento. Mas isso também pode ocorrer por outros mecanismos do sistema imunológico.

A alergia gera vermelhidão na pele, pode se espalhar por todo o corpo e causar inchaço dos lábios, pálpebras e orelhas. Em alguns casos, manifesta-se com vômitos e diarreia, mas o chamado choque anafilático, que ocorre com dificuldade respiratória grave e outros sintomas, é o mais perigoso.

A reação alérgica ao consumo do leite de vaca geralmente ocorre uma hora após a ingestão e se manifesta como vermelhidão da pele e urticária ao redor da boca.

2. Ovo de galinha

O ovo de galinha contém todos os aminoácidos essenciais, por isso é classificado como padrão nutricional de referência. Porém, para algumas crianças pode não ser tão benéfico, já que é considerado por uma revista especializada como a causa mais comum de alergia alimentar. A clara é mais alergênica que a gema e suas principais proteínas envolvidas são o ovomucóide e a ovalbumina.

Os sintomas aparecem imediatamente ou uma hora após o consumo. Pode haver coceira na boca ou na garganta e manchas vermelhas. Os sintomas mais graves são vômitos, diarreia e dificuldade para respirar.

3. Peixe

O peixe ocupa o terceiro lugar na incidência de alergias depois do leite e dos ovos. Nesse caso, é comum durante o primeiro ou segundo ano de vida e pode durar para sempre, ao contrário dos alimentos mencionados acima. O gatilho pode ser por ingestão, contato ou até mesmo pela ingestão de seus vapores. A proteína envolvida, chamada parvalbumina, é muito estável ao calor, então o cozimento não e capaz de removê-la.

Segundo a revista Pediatria Integral, os peixes mais associados a sintomas alérgicos são a merluza, o verdinho e, com menor frequência, o bonito, a cavala e o atum.

Os sintomas são semelhantes aos causados por outras proteínas animais. Assim, apresenta-se com coceira, vermelhidão ao redor da boca, inchaço dos olhos, lábios e ouvidos, espirros, vômitos, diarreia e, menos frequentemente, asma.

4. Crustáceos e moluscos

A alergia aos mariscos é maior em adultos do que em crianças. Esta é a causa de 4 a 6,5% de todas as alergias na população infantil. Em todo caso, só porque uma pessoa é alérgico a peixe, não significa que também seja alérgica a este grupo. Uma proteína conhecida como tropomiosina é a causa da reação e o camarão é o marisco mais envolvido no quadro alérgico. Além disso, está presente em outros crustáceos e moluscos.

Em geral, é uma alergia persistente e causa de anafilaxia. Pode causar tosse, dores abdominais, diarreia, vômitos, comichão, aparecimento de urticária e dificuldade para respirar, entre outros sintomas.

5. Frutos secos

Os frutos secos se destacam por seu excelente valor nutricional e por serem fonte de proteínas, gorduras saudáveis, fibras, antioxidantes e minerais. Mas também são dignos de atenção em crianças mais velhas, pois depois dos 3 anos podem causar alergias. Em crianças menores, a reação ocorre a apenas um fruto seco, por isso é um dos alimentos mais alergênicos.

Nos países anglo-saxões, o amendoim é o que causa as maiores reações, enquanto na Europa é a avelã. Além disso, também pode ocorrer com nozes e amêndoas. Esses alimentos têm grande poder como alérgenos, pois são estáveis ao calor e aos processos digestivos. Portanto, é aconselhável verificar os rótulos dos produtos antes de consumi-los.

As reações aparecem quase imediatamente e são intensas: coceira no corpo, conjuntivite, inflamação da garganta e da língua, além de problemas respiratórios e digestivos.

O amendoim é um dos alimentos que mais causam reações alérgicas, principalmente nos países anglo-saxões. Os surtos geralmente aparecem quase instantaneamente.

6. Leguminosas

As leguminosas são a fonte mais importante de proteína nos vegetais. Os mais implicados em termos de alergias nos países anglo-saxões são a soja e o amendoim. Mas, em países asiáticos ou dietas mediterrâneas, a reação ocorre com lentilhas, grão-de-bico e ervilhas. As reações se apresentam com coceira em diferentes partes do corpo, problemas respiratórios, pressão arterial baixa e vômitos.

7. Cereais

Os cereais são a principal fonte de energia. No entanto, as alergias a esses alimentos são uma das causas mais frequentes nos Estados Unidos. A sensibilização a esse grupo geralmente desaparece com a idade.

A reação alérgica ao trigo às vezes é confundida com a doença celíaca. Elas diferem porque a alergia é uma reação das defesas do corpo às proteínas do trigo, enquanto na doença celíaca a resposta ocorre a uma proteína específica, o glúten, e causa outros tipos de reações no sistema imunológico.

É importante ficar atenta aos rótulos dos produtos, pois o trigo pode estar presente em diversos alimentos, como sorvete, molho de soja ou embutidos. Quanto aos sintomas, eles são semelhantes aos de outras alergias alimentares: coceira, vômito, diarreia, dor abdominal, dificuldade para respirar e anafilaxia.

Considerações finais

Devemos ter muito cuidado com os alimentos mais alergênicos em nossos filhos. Ao iniciar a alimentação complementar, após os 6 meses, os alimentos que constam nesta lista devem ser introduzidos gradativamente. Além disso, as instruções do especialista devem ser sempre seguidas. Felizmente, as alergias a ovos, leite, trigo e soja desaparecem aos 5 anos de idade. Em contraste, as alergias a amendoim, nozes e mariscos persistem ao longo do tempo.

Se a criança estiver fora de casa, os responsáveis devem ser alertados sobre a alergia e quais alimentos evitar. Além disso, a leitura dos rótulos dos produtos é essencial. Portanto, se seu filho sofre de alergia alimentar, lembre-se de levar consigo dois autoinjetores de adrenalina para todos os lugares e tome cuidado com certos alimentos.


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