Alterações cutâneas no pós-parto e como tratá-las

Após o parto, a pele pode permanecer com algumas alterações em relação ao seu estado original. Mas calma! Vamos ensiná-lo a recuperar o tempo passado.
Alterações cutâneas no pós-parto e como tratá-las

Última atualização: 13 abril, 2022

As alterações cutâneas não ocorrem apenas durante a gravidez, mas também no período pós-parto. Na verdade, elas são o resultado da adaptação do nosso corpo ao feto.

Embora algumas dessas mudanças físicas possam ser incômodas, existem várias opções terapêuticas para mitigá-las e tratá-las. Você tem interesse em conhecê-las? A seguir, contamos mais.

Alterações cutâneas da puérpera

Após o nascimento do pequeno, é fundamental continuar com os cuidados com o corpo. Pois contribuiu, nada menos, do que para a gênese de uma nova vida.

De acordo com uma publicação no The Journal of Family Medicine and Primary Care, mais de 90% das mulheres grávidas apresentam alterações cutâneas significativas. Por esse motivo, vamos compartilhar com você quais são as mais frequentes para que você possa verificar se o que acontece com você é totalmente esperado.

1. Flacidez da pele

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A pele flácida pode ser um fator potencialmente negativo para a autoestima, pois as mulheres geralmente querem que seus corpos voltem ao que eram antes.

A maioria das modificações do corpo relacionadas à gravidez desaparecem após o parto, em diferentes velocidades. No entanto, a flacidez da pele é uma alteração que geralmente se mantém.

Isso acontece porque a pele é composta de elastina e colágeno. Ambas as fibras se expandem muito durante a gravidez e podem quebrar se se expandirem ao extremo. Além disso, uma vez distendidas, podem não retornar ao seu estado original.

Acredita-se que o colágeno pode ser esticado até 10 vezes sem danificar as fibras que o compõem.

É fundamental esclarecer que embora existam tratamentos para recuperar a elasticidade da pele e o tônus muscular, ambos os processos podem levar tempo. Tenha em mente que a flacidez da pele é uma das mudanças pós-parto mais difíceis de combater.

Algumas das opções terapêuticas para combater a flacidez da pele incluem:

  • Realizar uma rotina de exercícios aeróbicos para tonificar os músculos e queimar gordura. Por exemplo, natação, caminhada rápida, ciclismo ou corrida. Consulte sempre o médico antes de iniciar a atividade.
  • Manter um bom estado de hidratação. A água ajuda a hidratar a pele e promove a sua elasticidade.
  • Fazer massagens com óleos. Alguns óleos essenciais podem contribuir para a reparação da pele.
  • Comer gorduras e proteínas saudáveis. As proteínas fornecem o colágeno necessário para o desenvolvimento muscular. No entanto, as necessidades desse nutriente são individuais e variam de acordo com a atividade física praticada, o peso e a altura.
  • Praticar exercícios de força para moldar e tonificar os músculos.

2. Pele seca

Após o parto, uma das alterações cutâneas mais visíveis é a falta de hidratação, que se reflete na falta de luminosidade e vitalidade.

Portanto, a hidratação da sua pele deve ser suficiente, tanto por dentro quanto por fora.

O consumo de líquidos é essencial, ainda mais na hora de amamentar. Você deve beber pelo menos 2 litros de água por dia. A alimentação saudável também ajuda a combater a pele seca e, de fato, alimentos com antioxidantes, minerais e vitaminas podem promover a produção de colágeno.

Para hidratar a pele do lado de fora, recomenda-se o uso de óleos vegetais essenciais ou cremes que dão firmeza e ajudam a restaurar os tecidos. Alguns exemplos são os seguintes:

  • Óleos de argan.
  • Óleo de amêndoa doce.
  • Cremes com ácido hialurônico.
  • Emulsões com alto teor de vitamina A, vitamina E ou ureia.

3. Melasma no rosto, uma das alterações cutâneas mais comuns no pós-parto

Durante a gravidez, podem se desenvolver na face manchas simétricas de hiperpigmentação, conhecidas como melasma gestacional. Elas adotam uma tonalidade marrom e se localizam nas maçãs do rosto, na testa ou no lábio superior.

Na maioria dos casos, essas manchas tendem a desaparecer por conta própria. No entanto, o médico também pode prescrever produtos despigmentantes, como hidroquinona, ou procedimentos de esfoliação suave com cosméticos delicados.

Por fim, é aconselhável usar protetor solar com filtro superior a 50 todos os dias e repetir sua aplicação a cada duas horas, se você se expuser à luz solar.

4. Estrias relacionadas à gravidez

Mulher grávida fazendo massagem e aplicando creme para reduzir o aparecimento de estrias.
Embora as estrias tenham um grande componente genético, elas podem ser amenizadas com o uso de cremes hidratantes desde o início da gravidez.

As estrias são o grande incômodo para a pele de todas as mulheres, não apenas das que estavam grávidas. São marcas lineares que se formam na superfície da pele como resultado da ruptura das fibras de colágeno devido à grande distensão.

Mesmo as causas que predispõem ao seu aparecimento são as alterações hormonais e a má hidratação da pele.

O ideal é iniciar o tratamento para combatê-las quando ainda estiverem com a coloração rosada, já que é a fase inicial de seu desenvolvimento. Caso contrário, tornam-se brancas e isso indica que o tecido fibroso se consolidou. A partir daí, as opções terapêuticas eficazes são mais invasivas.

Dependendo do tipo de estrias presente, o tratamento pode incluir algumas das seguintes opções:

  • Estrias vermelhas: são indicados produtos com rosa mosqueta, vitamina K, A ou E, que contribuem para a produção de colágeno para reparar a pele afetada. Um dos pilares fundamentais do tratamento é a constância de sua aplicação várias vezes ao dia.
  • Estrias brancas: esse segundo tipo requer o uso de laser, microagulhamento, microabrasão ou terapia de indução de colágeno.

Prevenção como melhor opção terapêutica

O mais importante para cuidar da pele durante e após a gravidez é manter uma rotina de cuidados constante e adequada para o corpo e o rosto. Esses hábitos incluem a hidratação da pele, uma alimentação saudável e o uso diário e constante de proteção solar.


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