Crianças que crescem sem um pai

Crianças que crescem sem um pai
Ana Couñago

Revisado e aprovado por a psicóloga Ana Couñago.

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 20 fevereiro, 2018

Como diz o ditado popular, “mãe só tem uma”; e seu importante papel na criação dos filhos é inegável. Agora, o que há para dizer sobre o papel do pai? Pois se fala bem pouco sobre o seu trabalho no crescimento da criança mesmo este sendo fundamental. Então, o que acontece se seu filho crescer sem o pai?

Crescer sem o pai pode provocar problemas no desenvolvimento da criança, bem como no seu comportamento. É que o pai costuma nos dar códigos que servem como bússolas capazes de definir nossos caminhos, não sem antes regular nossas morais, demarcando limites, regras e padrões de comportamento social.

Além disso, qualquer pai hoje desempenha um papel significativo no desenvolvimento emocional de seu filho, pois ao se envolver e participar mais da criação e do cuidado do menino ele abrange não só a parte racional como também opera como um ganha-pão.

Descubra neste artigo quais são as diferenças entre as crianças que crescem sem um pai e aquelas que têm a sorte de ter uma figura paterna em casa. Também vamos lhe contar quais as consequências que a ausência de um pai pode causar em seu filho.

Crescer sem o pai gera uma criação diferente?

Desde a psicologia infantil, argumenta-se que as crianças que têm um pai envolvido ativamente na sua educação tendem a se sair melhor na vida do que aquelas que não tiveram a alegria de ter uma figura paterna em sua infância.

Inclusive, os especialistas vão além, alegando que as crianças que crescem sem um pai geralmente apresentam transtornos na adolescência, porque eles não conseguem encontrar sua identidade, têm insegurança, solidão e depressão, o que pode acarretar na falta de sucesso escolar e dependência de drogas.

No entanto, embora esses pequenos não tenham a capacidade de controlar seus impulsos, em outras palavras eles não podem se autorregular; os problemas emocionais gerados nas crianças que crescem sem pai não é uma regra de ouro determinante, mas são crianças com riscos mais elevados.

4198a1e8a8932034e6c2d3a9cd0294de-500x336

Lembremos que na sociedade de hoje, mais e mais famílias são desenvolvidas sem uma figura paterna uma vez que muitas mães optam por criar seus filhos sozinhas contra as circunstâncias adversas, o que é conhecido como as famílias monoparentais, porque o casamento chega ao fim ou pela morte do pai.

É por isso que existem inúmeras crianças que crescem sem um pai, e os efeitos dessa ausência lamentável nestes pequenos tende a prejudicar a autoestima e a perspectiva de vida delas.

A importância da figura paterna

A ausência da figura paterna tem consequências no desenvolvimento normal da criança, tais como problemas de comportamento ou de comportamento inadequado, como falta de interesse em atividades, perda de atenção, etc… Além disso, as crianças que crescem sem um pai são solitários e mostram problemas de personalidade.

Os pais são o esteio para o crescimento saudável e desenvolvimento dos pequenos, pois eles viram seus modelos. Além disso, se as relações familiares não são mantidas harmônicas e afetivas, a criança não pode apropriar-se de certas características paternais.

Crescer sem o pai. Prejudica a criança?

  • Baixa autoestima. A autoestima é formada e fortalecida pelas experiências da criança desde o nascimento, mas tem vital importância o amor e atenção que os pais oferecem uma vez, portanto, que esta irá formar uma boa imagem de si mesma, vai adquirir confiança e ganhar segurança.

No entanto, quando a criança não tem o cuidado e carinho paterno sentirá que não é importante para seu pai, que não só vai gerar um sentimento profundo e doloroso de vazio, mas também causará a falta de segurança capaz de ferir mortalmente a sua autoestima.

Crescer sem o pai gera tristeza
  • Sentimentos de abandono. Os pais têm um impacto direto sobre o bem-estar de seus filhos, de modo que a sua ausência cria em muitas crianças um sentimento de abandono. Estas crianças não têm a capacidade de compartilhar com seus pais os seus eventos importantes, paixões e preocupações.

Além disso, nessas casas geralmente não têm o apoio moral de ambos os pais e algumas crianças tendem a se culpar pela situação de divórcio ou separação de seus pais acreditando terem feito algo que causou o desaparecimento de seu pai em suas vidas.

  • Comportamento desviado. A ausência dos pais pode trazer algum comportamento antissocial e rebelião. Esta hipótese é apoiada pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos através de um estudo de crianças em idade escolar.

Esta pesquisa mostrou que as crianças que se relacionam com os seus pais são menos propensas a apresentar um comportamento disjuntivo, mentir e enganar. Por outro lado, as crianças que crescem sem um pai estão mais propensas a usar drogas, recorrer à violência e hábitos de comportamento criminoso.

  • Crescer sem o pai pode acarretar em baixo rendimento acadêmico. As crianças sem uma figura paterna também têm menos chances de alcançar um bom desempenho acadêmico como resultado da depressão que experimentam por causa de sua vida pessoal, então deixam de se preocupar com a escola.

Outro fator que conduz ao fracasso escolar é a ausência do pai em casa para ajudar a criança com as dificuldades em torno das tarefas escolares. A Análise do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA argumenta que essas crianças tendem a abandonar a escola e todo tipo de plano de estudo.

  • Relações sociais. Todas as pesquisas realizadas em torno a esse problema afirmam que muitos pequenos que crescem sem seus pais têm dificuldades em manter relações sociais porque faltam bons exemplos diante deles.

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Abellán, A. (2002). Longevidad y estado de salud. Envejecer en España, II Asamblea Mundial sobre el envejecimiento en España, 27-34. https://digital.csic.es/bitstream/10261/245003/1/Longevidad_y_estado_de_salud.pdf
  • Anatrella, T. (2008). La figura del padre en la modernidad. Humanitas, 13(50), 352.
  • Bugarín, A. A., Moar, M. D. C. G., & Facal, D. (2021). Cuidados y género, una perspectiva educativa. La esperanza le pertenece a la vida, es la vida misma defendiéndose, 8, 52. https://www.neurama.es/articulos/neuramavol8_2.pdf#page=52
  • Carmona, N. D. M., & Lever, J. P. (2017). Factores familiares y psicosociales asociados al consumo de drogas en adolescentes. Revista Interamericana de Psicología/Interamerican Journal of Psychology, 51(2), 141-151.
  • Dakduk, S. (2010). Enjevececer en casa: el rol de la mujer como cuidadora de familiares mayores dependientes. Revista venezolana de estudios de la mujer, 15(35), 73-90. https://ve.scielo.org/scielo.php?pid=S1316-37012010000200005&script=sci_arttext
  • Fortea, A. S., & Galindo, M. V. (2019). Mujeres al frente de familias monoparentales en Zaragoza. Un estudio cualitativo. Women in charge of single-parent families in Zaragoza. A qualitative study.
  • Graciela Malgesini Rey. (2021) ESTUDIO sobre las FAMILIAS Monoparentales perceptoras DE RENTAS MÍNIMAS. Coordina: Secretaría técnica de EAPN-ES Colabora: Grupo de trabajo de Género y Desigualdad (EAPN-ES) Grupos focales y apoyo en el trabajo de campo: Aitana Alguacil Denche y Ana Isabel Vega Rodríguez. https://www.eapn.es/ARCHIVO/documentos/documentos/1568715475_estudio-familias-monoparentales.pdf
  • Rebolledo, L. (2008). Del padre ausente al padre próximo. Emergencia de nuevas formas de paternidad en el Chile actual. Estudios sobre sexualidades en América Latina, 123-140.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.