Dicas de Ken Robinson para desenvolver a criatividade
Liberdade, disciplina e trabalho fazem parte das dicas de Ken Robinson para desenvolver a criatividade. Esse fervoroso defensor dessa capacidade de criar, especialmente em crianças, a reconhece como a possibilidade de explorar novas maneiras de enfrentar desafios e resolver problemas.
A paixão, o elemento
Ken Robinson define a criatividade como um processo para gerar aquelas ideias que agregam valor. Segundo seus postulados, o primeiro passo para desenvolvê-la é encontrar o que verdadeiramente nos apaixona. É o que ele define como “o elemento” que mudará a vida das pessoas e para o qual estarão direcionadas as energias e ilusões.
Dicas de Ken Robinson para desenvolver a inteligência
As crianças devem ser ajudadas nessa busca, sem imposições nem influências. Ken propõe aos pais e professores não se deixarem levar pelo que sabem, mas a procurarem o que inspira, entusiasma e capta a atenção da criança. Simultaneamente, é possível detectar o que ela rejeita.
Quando se encontra o ‘elemento ‘, o próximo passo é atribuir valor e importância a ele. A prioridade é avançar no processo e não se deixar vencer pelas dúvidas e inseguranças que surgirem.
A revolução educacional
Sir Ken Robinson, nomeado assim pela coroa inglesa, é doutor pela Universidade de Londres, escritor e palestrante britânico, especialista em criatividade e sua conexão com os processos de aprendizagem. Em seu Boletim Robinson, ele revelou o fraco papel da criatividade na educação atualmente.
Suas críticas construtivas ao sistema educacional incluem palavras-chave como o potencial das crianças, a curiosidade e as avaliações. Também se refere à arte, à liderança ou ao aprendizado como elementos fundamentais no desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Educação e criatividade, processos paralelos
Robinson também propõe processos paralelos para desenvolver a criatividade e aprender. Ele os vê como conceitos associados que se retroalimentam, pois aqueles que alcançam maior desenvolvimento de sua capacidade criativa terão mais vontade de aprender.
Esse famoso conhecedor da aprendizagem infantil garante que a capacidade criativa não se adquire quando são aprendidos os conceitos básicos de diferentes disciplinas, mas sim durante o processo de aprendizagem.
“Ken Robinson define criatividade como o processo de gerar ideias que agregam valor. O primeiro passo para desenvolvê-la é descobrir o que verdadeiramente nos apaixona.”
O apetite pela descoberta
O que Sir Robinson define como um apetite pela descoberta é a vontade de aprender. A esse respeito, ele afirma que “quanto mais criativa uma pessoa é, mais vontade de aprender ela terá. E quanto mais aprender, mais criativa será”.
O escritor convida pais e professores a promover esse apetite pela descoberta. É possível fazer isso através da motivação e da compreensão dos benefícios de ser criativo, nunca a partir da imposição. Em sua opinião, não será necessária muita ajuda para identificar aquela criança em quem a faísca da curiosidade foi acesa.
Robinson convida os professores a reavaliar se estão fazendo as coisas adequadamente e analisar se o processo de ensino está progredindo da melhor maneira. A aplicação da disciplina, no entendimento de que criatividade e caos não são a mesma coisa, é outra dica de Ken Robinson.
É sempre necessário recordar que a criança deve ter a liberdade para o desenvolvimento de sua criatividade. Entretanto, ela tem que estar moldada nas dinâmicas reais de trabalho.
Como parte de seus postulados, Ken Robinson se opõe ao fato de as escolas premiem as habilidades em distintas matérias, mas não na criatividade. Com isso, são depreciadas e desperdiçadas as capacidades inovadoras e o talento das crianças.
Outra de suas abordagens é ajudar as crianças a perderem o medo de errar. Segundo ele, elas precisam entender que, para serem inovadoras e criativas, precisam perder esse medo. Robinson lamenta que o sistema educacional estigmatize os erros e mate a criatividade.
Nas escolas, apenas se educa o cérebro, não o uso do corpo nem da imaginação. Ensina-se a trabalhar, não a aprimorar talentos nem a criatividade. Robinson questiona que as escolas não valorizam a inteligência, e sim que o aluno se destaque nas disciplinas ou matérias.
Revolução educacional para desenvolver a criatividade
Por tudo o que foi exposto, Robinson propõe uma revolução educacional que rompa com as ideias preconcebidas e com a concepção linear do processo de ensino. Ele afirma que “não bastarão mudanças superficiais, a educação deve transformar-se em algo diferente, que desenvolva as capacidades da pessoa”.
Segundo o pesquisador, o maior desafio é mudar na escola a definição de inteligência, que é interativa, dinâmica e única. O que ele propõe é que a pessoa encontre seu talento e se dedique a desenvolvê-lo.
A importância das artes para Ken Robinson reside no fato de que elas atingem cantos do interior das crianças que estavam intactos. Ele destaca que as crianças são aprendizes naturais. Em contrapartida, observa que o sistema educacional conseguiu apagar ou reprimir essa capacidade.
Essas dicas de Ken Robinson para desenvolver a criatividade vão conduzir ao surgimento de gerações de crianças com talento e inteligência. Entendê-las como uma contribuição para o crescimento espiritual e educacional dos pequenos é quase uma obrigação.
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