5 dicas para ajudar crianças negativas e pessimistas

Quando as crianças pensam de forma negativa e pessimista, na maioria das vezes isso acontece por causa de experiências desagradáveis ​​que tiveram. Aqui estão algumas dicas para ajudá-las.

Escrito e verificado por a psicóloga Mara Amor López.

Última atualização: 24 março, 2023

Não são só os adultos que têm pensamentos ruins, pois os pequenos também os têm. E isso também os machuca. Mesmo assim, podemos ajudar crianças negativas e pessimistas a terem uma atitude mais positiva perante a vida.

Chega um momento em que as crianças que têm pensamentos negativos os percebem como uma realidade. Para entender isso, podemos dar um exemplo: um menino joga futebol, mas não é ele que faz mais gols, embora faça alguns de vez em quando. No entanto, ele afirma que nunca marca um gol. No final, conclui que nunca marca gols quando não é verdade, porque de vez em quando marca um.

No caso anterior, não é um pensamento da realidade, mas negativo e pessimista. Mas como podemos ajudar uma criança que tem essas ideias recorrentes? Neste artigo, diremos o que você pode fazer.

Aprenda como ajudar crianças negativas e pessimistas

Pode haver muitas e variadas razões pelas quais uma criança assume uma atitude pessimista e negativa. Frequentemente, essas ideias são encontradas como resultado de várias experiências que a levam a generalizar e assumir aquele pensamento pessimista. Por isso, é importante que os pais perguntem o que pode estar causando essa atitude em seu filho.

Às vezes, por mais que tentemos ajudar, é necessário procurar um especialista para nos orientar sobre o que podemos fazer. Agora, veremos algumas maneiras práticas que podemos implementar para ajudar crianças negativas e pessimistas.

1. Detectar quais são os pensamentos negativos

Se quisermos combater esses pensamentos negativos, a primeira coisa que devemos fazer é identificá-los. Para isso, alguns desses sinais podem nos ajudar:

• Ficar com raiva muito rapidamente de si mesma.
• Mostrar dificuldades para tolerar falhas, perdas ou decepções.
• Diante de qualquer obstáculo que encontra, a criança desiste.
• Achar que todas as coisas ruins sempre acontecem, mas as boas nunca.
• Exagerar eventos desagradáveis.
• Generalizar afirmando que, já que tal coisa lhe aconteceu uma vez, sempre acontecerá de novo.
• Culpar-se por coisas que aconteceram devido a fatores externos.
• Não lidar com atividades que acha que não vão funcionar.

2. Distinguir entre pensamentos negativos e pensamentos realistas

Se os adultos têm dificuldade em diferenciar pensamentos realistas e negativos, imagine uma criança. Porém, para explicar às crianças a diferença entre esses dois tipos, podemos recorrer ao jogo. Para fazer isso, podemos pegar alguns de seus bonecos favoritos e recriar uma cena em que o protagonista tem pensamentos realistas e outra em que tem pensamentos negativos.

Por exemplo, a mesma situação acontece com o urso feliz e o urso mal-humorado: ambos tentaram pegar um pouco de mel, mas o deixaram cair. No entanto, ambos veem essa circunstância de maneira diferente :

• O urso feliz pensa o seguinte: “Tudo bem, vou tentar de novo, todos nós erramos.”
• O urso mal-humorado diz algo diferente: “Nada dá certo para mim, não vou conseguir e vou ficar sem comida por hoje”.

Desta forma, mostramos às crianças como é um pensamento realista e um pensamento negativo.

3. Usar jogos

Se tivermos pensamentos e atitudes positivas, nosso desempenho será sempre melhor do que se forem negativas. Mas como podemos ajudar as crianças a serem mais positivas? Por exemplo, podemos usar esses jogos que discutiremos a seguir.

Felizmente/infelizmente

Para este jogo precisamos colocar 5 situações difíceis em 5 pedaços de papel e colocá-los em uma caixa. Cada participante pegará um pedaço de papel e lerá a infeliz situação: “Infelizmente, o livro que eu queria estava esgotado na loja”. A outra pessoa deve então responder com a perspectiva da sorte: “Felizmente, há mais lojas para checar se elas têm seu livro”. Isso se repete em cada uma das situações.

Desta forma, quando a criança se encontrar numa situação difícil, vamos relembrá-la deste jogo para que veja a parte da “sorte”.

Me dê 5 coisas boas

Quando nosso filho estiver em uma situação difícil, ele terá que encontrar 5 coisas boas naquele momento. Os adultos podem fazer isso colocando-o nessas situações para que, quando ele realmente passar por uma, saiba sempre encontrar o lado positivo.

4. Verificação da realidade

Na maioria das vezes, os pensamentos negativos não são ajustados à realidade. Para mudar isso em nossos filhos, podemos fazer este tipo de perguntas:

• Esse pensamento é verdadeiro?
• Pensar assim vai ser útil para mim?
• Em vez desse pensamento negativo, o que mais você poderia pensar?
• O que vou conseguir pensando dessa maneira?
• O que minha mãe (ou uma figura de referência) diria se estivesse nessa situação?

Com essas perguntas, as crianças podem pensar em outras formas de pensar que realmente podem ajudá-las e que estão mais alinhadas com a realidade.

5. Distanciar-se de pensamentos negativos

É importante que nosso filho se afaste dos pensamentos negativos e, para isso, devemos evitar dizer que ele é uma criança pessimista. Em vez disso, podemos dizer que às vezes uma parte do seu cérebro entra em modo negativo.

Assim, a criança verá parte de seu pensamento como uma voz chata, irritante ou desinformada. Além disso, podemos desenvolver diferentes frases para responder quando o cérebro entrar em modo negativo:

• Não é você quem manda aqui.
• Você não vai me fazer sentir mal.
• Não estou escutando.

Sobre crianças negativas e pessimistas podemos dizer…

Crianças negativas e pessimistas tendem a ter uma grande facilidade de reflexão. Além disso, é importante que encontremos a razão dessa negatividade e como lidar com ela. Toda mudança leva tempo, mas não é impossível de conseguir se trabalharmos nela. Temos que ser pacientes.

Devemos focar no processo e não nos resultados, trabalhar para uma atitude positiva e ter sempre claro que essa negatividade não é um traço da sua pessoa, e sim uma tentativa de se adaptar e se proteger. Se mesmo com todas essas dicas você não conseguir que seu filho mude esses pensamentos, seria aconselhável visitar um psicólogo para receber ajuda.