6 dúvidas frequentes em pediatria
Por mais que tenhamos lido ou nossa família nos dado recomendações, a verdade é que tudo é novo quando um bebê chega em casa. Às vezes ele não para de chorar, está tossindo, parece estar com fome, não sabemos se as fezes estão normais, vemos uma mancha na pele, febre! As dúvidas mais frequentes em pediatria são variadas e aqui abordaremos algumas.
Essas dúvidas diminuirão à medida que o bebê for crescendo e formos conhecendo-o melhor, assim como quando temos mais de um filho e acumulamos o conhecimento que a experiência nos dá.
As dúvidas mais frequentes em pediatria de acordo com a idade da criança
Os motivos para ir ao consultório do pediatra são praticamente infinitos. Embora seja verdade que, dependendo das idades, diferentes temas costumam ser agrupados.
Se tivéssemos que resumir as dúvidas mais frequentes em pediatria de acordo com os meses ou anos de vida da criança, diríamos que são as seguintes:
- De 0 a 6 meses: as consultas geralmente são relacionadas ao controle do crescimento (altura e peso), desenvolvimento, alimentação, lesões de pele, cuidados com a área da fralda e vacinação. Também são frequentes as causas digestivas, que podem se manifestar na forma de prisão de ventre, dores do tipo cólica e regurgitação láctea.
- Dos 6 aos 12 meses: nestes meses os sintomas respiratórios ganham destaque, como muco, prisão de ventre, tosse e ruídos estranhos ao respirar. As quedas começam a ocorrer com as primeiras tentativas de engatinhar e geram muito nervosismo.
- De 1 a 3 anos: muitas crianças nessa faixa etária passam a frequentar creches. Isso causa resfriados, faringite, amigdalite, conjuntivite, dores de ouvido e diarreia. Também existem problemas relacionados com a pele, como piolhos, varicela ou febre aftosa. As quedas nessas idades aumentam.
- A partir dos 3 anos: a escolaridade avança, as crianças interagem entre si e isso faz das infecções respiratórias um motivo muito frequente de consulta. Também há gastroenterite na forma de vômitos e diarreia. A dor abdominal é o centro das atenções, como golpes, feridas e hematomas.
As 6 dúvidas mais frequentes em pediatria
Na medida do possível, evite se intoxicar com informações incorretas que podem ser encontradas na internet. Consultar as dúvidas mais frequentes em pediatria e receber informações detalhadas de um médico é fundamental.
Por esta razão, a título de informação, compilamos perguntas que você pode fazer a si mesma como mãe ou como pai. Lembre-se de que a resposta final é do pediatra e o que detalhamos aqui é apenas indicativo.
Vamos ver quais são as 6 dúvidas mais frequentes em pediatria.
1. Com que frequência o bebê deve ser amamentado?
Existe um termo que ganhou relevância nos últimos anos e que com certeza você já ouviu: sob demanda. Se há algo que preocupa todos os pais, é a questão da alimentação. Até poucos anos atrás se falava em horários de alimentação, mas hoje em dia se propõe que o bebê seja alimentado sempre que tiver fome.
Amamentar sob demanda é amamentar sem horários ou duração das mamadas predefinidas. Quando os pequenos têm fome, costumam chorar. Muitas vezes, esse é o sinal que esperamos para começar a alimentá-lo, embora também possamos ficar atentas a outros sinais que podem aparecer mais cedo, como lamber os lábios, colocar a língua para fora, mover a mandíbula, boca ou cabeça em busca do mamilo.
Temos que erradicar a ideia de horários de nossas mentes. A frequência das mamadas seguirá o que o bebê precisa. Cada criança é diferente e pode exigir mais ou menos frequência.
Além disso, a duração de cada mamada não será a mesma para todos os bebês. Os recém-nascidos amamentam mais lentamente; é por isso que suas mamadas costumam ser longas e as mães têm a sensação de passar o dia todo nessa tarefa. Cada criança tem seus ritmos e horários de amamentação, que devem ser respeitados.
2. Com que frequência dar banho no bebê?
Em relação à higiene dos pequenos, surge a questão de quantas vezes eles devem tomar banho. Na maioria das famílias, é reservado um tempo diário para a rotina do banho do bebê.
E embora essa rotina possa ser benéfica no fortalecimento de laços, o excesso de higiene pode ser contraproducente e irritar a pele sensível que os pequeninos possuem. Na verdade, algumas das dermatites típicas dessas idades podem estar relacionadas à higiene excessiva.
Outro detalhe que não devemos esquecer é que é aconselhável evitar águas com temperaturas muito altas e banhos muito longos. Um cuidado especial deve ser tomado com bebês com dermatite atópica.
Qual, portanto, é a frequência de banho perfeita? Bem, essa resposta varia um pouco dependendo da idade. A princípio, até que comecem a engatinhar e interagir mais com o meio ambiente, pode ser suficiente dar banho 2 ou 3 vezes por semana.
A pele dos bebês cria uma pequena camada protetora ácida de gordura, suor e germes que é útil e funciona. Esta camada protege a pele contra agentes ambientais ou patógenos infecciosos. O excesso de higiene pode fazer com que este escudo natural se perca.
A frequência do banho aumentará até que seja praticamente diária, uma vez que o bebê aprenda a engatinhar, pois estará em contato com o ambiente e ficará mais sujo. Idealmente, esse aumento no número de dias semanais de banho deve ser feito de forma gradual.
3. Quais doenças do meu filho posso consultar remotamente com o pediatra?
A telemedicina é uma realidade há anos e é questão frequente em pediatria determinar quando é possível teleconsultar e quando isso não é recomendado. Embora não possamos ignorar que a relação médico-paciente é um ato humano, a verdade é que as consultas à distância melhoram aspectos como o imediatismo ou a exposição a infecções em salas de espera.
As opções que temos atualmente, como compartilhar imagens na forma de fotos ou vídeos, aumentam a capacidade de resolução desse tipo de consulta. A telemedicina não substitui as tradicionais consultas físicas, mas são complementos.
Entre os benefícios dessa nova forma de atendimento, estão os seguintes:
- Eliminação do tempo gasto no deslocamento ao centro médico.
- Economia de custos.
- Evita longas esperas em salas lotadas com outras pessoas ou crianças doentes.
- Acesso a uma série de profissionais ou especialistas com uma agenda física quase sempre cheia.
Para responder a pergunta, você pode começar com uma consulta à distância e, dependendo dos sintomas ou do diagnóstico suspeito, agendar uma consulta presencial. Lembre-se de que a telemedicina não é apenas uma consulta por telefone de passagem, vai muito mais além. Pode ser uma alternativa muito útil para encontrar respostas às preocupações dos pais, pequenos sintomas ou dúvidas sobre alimentação.
4. O pediatra pode prescrever um medicamento por meio de videochamada?
A resposta a esta pergunta é sim em vários países. Uma videoconferência tem a mesma validade de uma consulta física tradicional nas novas legislações de alguns Estados. Portanto, a consulta pode terminar com a emissão de uma receita.
Essas receitas agora podem ser impressas ou mesmo baixadas em formato QR Code e mostradas no celular na farmácia. Por serem nominativas e terem sido codificadas pelo profissional, podem ser utilizadas pelos pais sem problemas.
Muitos medicamentos destinados aos primeiros anos de vida são aqueles que têm um efeito de alívio. Em qualquer caso, o que não será indicado é prescrever sem dados confirmatórios. Para tratamentos mais específicos, o ideal será uma avaliação de consulta física.
5. Com que frequência levar as crianças em consultas e o que estas avaliam?
Cada local geográfico e cada departamento de saúde tem uma certa margem para definir sua programação de check-ups pediátricos. Há bastante consenso a esse respeito, uma vez que essas consultas são fundamentais para monitorar o crescimento e o desenvolvimento.
Em termos gerais, os check-ups até 18 meses são conhecidos como consultas regulares. São realizadas com intervalos de meses, embora a partir dos 2 anos de vida passem a ser anuais ou semestrais.
Os momentos mais importantes do acompanhamento médico da infância são os seguintes, e os pais são incentivados a comparecer. Em seguida, haverá as consultas relacionadas aos sintomas patológicos. Mas este calendário preciso ajuda a certificar que o pequenino está crescendo de forma saudável:
- Check-up neonatal: acontece entre o quinto e o décimo dia de vida. Nesta consulta, atenção especial é dada à coloração da pele devido a possível icterícia neonatal. Em alguns países, a consulta é concluída com um segundo teste do pezinho para descartar uma série de doenças metabólicas.
- Check-up de 2 meses: nesta consulta avalia-se a evolução dos reflexos, altura e perímetro cefálico. Além disso, será o momento da aplicação das primeiras vacinas, de acordo com o calendário oficial.
- Check-up de 4 meses: quadris, genitália, fechamento de moleiras e desenvolvimento psicomotor serão explorados. Mais vacinas são aplicadas.
- Check-up de 6 meses: genitália, quadril, fontanela e desenvolvimento psicomotor serão explorados novamente, mas muita ênfase também será dada ao tópico de alimentação, prevenção de cárie e estimulação. Normalmente, é o momento de transição entre a amamentação e a introdução dos primeiros alimentos, por isso é hora de tirar todas as possíveis dúvidas a respeito.
- Check-up de 9 meses: será realizado novamente o exame físico e promovida a autonomia e a autoestima do bebê.
- Check-up de 12 meses: hora de fazer um exame de visão e audição, além de pesar e medir o pequeno. A administração de novas vacinas continuará, obedecendo ao calendário oficial.
- Check-up aos 18 meses: o bebê é medido e pesado novamente para verificar em que percentil a criança está e como está em relação à idade e ao sexo. A consulta continua com a avaliação do desenvolvimento emocional. Aspectos como dieta ou problemas de sono são frequentemente discutidos.
- Check-up aos 24 meses: esta será a última revisão antes que os intervalos de visita aumentem ao longo do tempo. Mais uma vez, o desenvolvimento físico e nutricional, a vacinação serão avaliados e as preocupações dos pais serão respondidas.
- Check-up aos 4 anos: a situação do calendário de vacinação é verificada novamente. Além disso, será realizado um exame físico completo e a aquisição e o desenvolvimento da linguagem serão avaliados com calma, caso seja necessário será feito encaminhamento ao fonoaudiólogo devido a déficits detectados.
6. Por que é importante vacinar crianças?
Pode ser contraditório neste momento da história ter que esclarecer o benefício das vacinas, mas ainda é uma das dúvidas mais frequentes em pediatria. Certos movimentos antivacinas estão ganhando impulso e divulgando suas ideias com vigor, por isso é sempre um bom momento para explicar por que as imunizações são necessárias e úteis.
As vacinas previnem doenças infecciosas que anteriormente causavam a morte ou danos irreversíveis a muitos bebês, crianças e adultos. Se não vacinarmos nossos filhos, eles correm o risco de adoecerem gravemente e apresentarem complicações, deficiências e até morte por doenças como sarampo e coqueluche.
A vacinação é uma maneira eficaz, segura e simples de ajudar as crianças e suas famílias a se manterem saudáveis. A imunidade é adquirida com vacinas. Graças a ela, no caso de contrair a patologia natural, saberemos que nenhum tipo de complicação grave ocorrerá, pois o sistema imunológico já criou os anticorpos necessários.
Outra coisa que deve ficar bem clara é que todas as vacinas oferecidas são seguras e eficazes. Elas passaram por uma série de controles internacionais para garantir que não haja riscos.
Ocasionalmente, podem ocorrer efeitos colaterais leves que geralmente são queixas locais e desaparecem após 24-48 horas, mas isso não significa que a vacina não seja mais eficaz ou que seja perigosa.
Vacinar nossos filhos não é apenas uma decisão inteligente, e sim um ato de solidariedade e compromisso com a sociedade. As vacinas protegem não apenas a pessoa que as recebe, mas também as pessoas ao redor. Se decidirmos não vacinar nossos filhos, colocamos em risco sua saúde e a das outras crianças que habitualmente convivem com a nossa, em creches e escolas.
Quando uma alta cobertura vacinal contra uma doença é alcançada, ocorre uma diminuição significativa no número de pessoas infectadas. Ao contrário, quando a cobertura vacinal diminui, aumenta o número de pessoas e casos suscetíveis.
Graças à vacinação, existem doenças encontradas apenas nos livros de história. Um exemplo disso seria a varíola, que matava cerca de 5 milhões de pessoas por ano. Em 1978, graças à vacina, a doença foi erradicada.
As dúvidas da pediatria são as dúvidas dos pais
Cada família tem suas dúvidas mais frequentes sobre pediatria. E é importante consultar profissionais para não cair em falsas crenças.
A tecnologia tornou a telemedicina uma realidade. Isso nos permite economizar tempo e custos para os problemas que podem ser resolvidos remotamente.
Todas as dúvidas são válidas porque surgem do desejo dos pais de uma melhor qualidade de vida para seus filhos. Então vá em frente e pergunte.
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