Meu filho não gosta de futebol

Quando uma criança não gosta de futebol, ela pode ter que enfrentar situações desagradáveis na escola. Para aliviar essa situação, a atitude dos pais e também a dos professores é muito importante.
Meu filho não gosta de futebol
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 28 janeiro, 2021

Antes de declarar com preocupação “meu filho não gosta de futebol”, o ideal seria perguntar: de quais coisas você gosta? De fato, nem todas as crianças são amantes dos esportes e das atividades físicas. Por isso, é necessário investigar se a criança não gosta de esportes em geral ou apenas do futebol em particular.

Se ela não gosta de futebol especificamente, talvez haja outro esporte que seja do seu agrado: natação, basquete, tênis, beisebol ou qualquer outro.

O mais importante é que a criança pratique alguma atividade física regularmente. Entre outros motivos, pelos efeitos benéficos para a saúde integral que proporcionam às crianças.

É uma ideia culturalmente aceita que as crianças devem, necessariamente, jogar futebol ou praticar esportes. Atualmente, uma criança que não joga futebol é considerada estranha pelos seus colegas e pelo ambiente em geral.

Os pais geralmente têm medo de mencionar para o filho o que o torna diferente dos outros. Na maioria dos casos, a questão é abordada indiretamente, ao tentar incentivá-lo a praticar outros esportes.

Se a criança for forçada a praticar esportes de que não gosta, isso levará a fracassos contínuos e sucessivos. Também pode acontecer que as crianças tentem descobrir os seus verdadeiros interesses por conta própria. Elas podem até mesmo enfrentar ambientes sociais, acadêmicos, recreativos e familiares às vezes difíceis.

Na escola sem jogar futebol

Se o nosso filho não gosta de futebol nem de qualquer outro esporte, pode ser difícil enfrentar o dia a dia na escola. Ele vai se sentir isolado e deprimido, e estará sujeito até mesmo ao bullying por parte dos seus colegas em muitas ocasiões. Isso invariavelmente terá um efeito negativo na sua personalidade, comportamento e desempenho acadêmico.

Todos os seres humanos precisam se integrar para sentir que pertencem a algo, seja um grupo ou uma comunidade. Isso é especialmente importante no caso das crianças. Ter amigos na escola com quem compartilhar interesses e atividades vai desenvolver habilidades de socialização e adaptação.

Na escola sem jogar futebol

Certamente, há outras crianças com quem ele compartilha interesses. Com elas, ele pode brincar de outras coisas e, assim, passar o tempo no recreio.

Por isso, os professores têm um papel muito importante na promoção de jogos e atividades além do futebol na escola. Certamente, é uma maneira inteligente de integrar as crianças e minimizar as diferenças entre elas que ocorrem por causa das suas preferências esportivas e recreativas.

“Se não gostar de futebol especificamente, talvez haja outro esporte que seja do agrado da criança: natação, basquete, tênis, beisebol ou qualquer outro.”

Meu filho não gosta de futebol: como ajudá-lo?

Para ajudar a integrar uma criança que não gosta de futebol, é possível seguir algumas dicas:

  • Não devemos obrigá-la, questioná-la ou criticá-la.
  • Primeiramente, devemos investigar se o descontentamento tem as seguintes causas: não entende como funciona, não conhece as regras básicas, acha entediante ou outras razões.
  • Descartaremos que ela tenha sofrido uma experiência negativa no passado, na qual se sentiu estressada ou pressionada.
  • Mostraremos que nem todas as pessoas têm as mesmas habilidades. Gostos, preferências e habilidades variam de criança para criança. Algumas são ágeis, outras são fortes, outras têm uma excelente pontaria.
  • É necessário ajudá-la a descobrir suas próprias habilidades físicas. Talvez ela não goste de esportes coletivos porque prefere esportes individuais. Descobrir isso faz parte do trabalho dos pais.
  • Natação, mergulho, corrida, patinação, ginástica, golfe, tênis, artes marciais… todos estes são esportes individuais que manterão a criança ativa.

Por outro lado, é necessário considerar que existem muitas atividades que ela pode fazer e que podem ajudá-la a evitar o sedentarismo, beneficiando assim a sua saúde. Por exemplo, brincar no pátio da escola, dançar, pular, brincar de esconde-esconde, etc.

Então, devemos analisar com ela a possibilidade de fazer atividades fora da escola que não tenham a ver com o futebol. Isso permitirá que ela desenvolva as suas habilidades e capacidades além do esporte. Além disso, em outros ambientes, a criança encontrará novos amigos com interesses semelhantes, tais como música, pintura ou teatro.

Dicas para os pais

Dicas para os pais

Não são só as crianças que terão que enfrentar o desafio de não ceder à “pressão” do ambiente. Os mais velhos também podem senti-la. Nesses casos, é conveniente:

  1. Não ceder à pressão dos outros pais e ignorar os comentários feitos porque o nosso filho não joga futebol.
  2. Reconhecer que é normal que o nosso filho não goste de futebol ou até mesmo de nenhum outro esporte.
  3. Os pais são responsáveis por reforçar constantemente a autoestima, a confiança e o respeito dos seus filhos por si mesmos.
  4. O futebol é apenas um esporte. A criança pode ter muitas habilidades e capacidades, por isso é necessário ajudá-la a descobri-las e fortalecê-las.

Por fim, é uma boa ideia descobrir juntos uma nova atividade para compartilhar e se divertir com a família. Afinal, se seu filho tiver o seu apoio, será muito mais fácil para ele afirmar a sua posição e os seus direitos sem nenhum tipo de problema.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.