Não se julga uma criança pelas suas notas

Não se julga uma criança pelas suas notas
María Alejandra Castro Arbeláez

Revisado e aprovado por a psicóloga María Alejandra Castro Arbeláez.

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Ainda que para alguns pareça óbvio, a muitos outros ainda não entra em suas cabeças: uma criança não pode ser julgada por suas notas. Em hipótese alguma. As crianças não devem ser enquadradas nem rotuladas pela qualificação que recebem em seu rendimento escolar.

Cada criança tem o seu valor. Todos são diferentes e consequentemente têm capacidades e aptidões muito diferentes. Assim mesmo, cada um tem um ritmo de aprendizado completamente diferente do outro. Dessa maneira, definir a criança por suas notas se converte em um grave erro.

Claro, falamos de um erro capaz de prejudicar consideravelmente a autoestima da criança. Que, em certas ocasiões, pode chegar a se sentir pouco inteligente e inclusive discriminada tanto pelos professores como também pelos seus companheiros.

E neste complexo panorama, esse pai que pressiona a criança com dificuldade de atingir essa nota dez tão sonhada pelos seus progenitores, pode ser nocivo e doloroso para a criança. O essencial é então ver todas as virtudes da criança e apoiá-la em suas dificuldades.

Suas notas: um indicador, não seu karma

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Não se pode julgá-lo por suas notas. Por apresentar notas baixas em determinadas matérias, não quer dizer que seja preguiçoso, nem burro. Não se pode considerar de modo algum como um sinal de alerta. Simplesmente, existem crianças que apresentam maior facilidade para determinadas matérias e dificuldade para outras.

Isso é absolutamente normal. Inclusive, pode ser que no fundo, se esconda alguma proposta ou estratégia pedagógica que não seja a mais adequada para essa criança. Nem todo o conhecimento é simples de compreender e absorver de uma mesma determinada maneira pelo maioria das crianças.

Do mesmo modo, pode ser que o conceito ou o conhecimento a ser transmitido ainda não seja apto para a criança, com um desenvolvimento cognitivo e amadurecimento pessoal e próprio um pouco mais lento. Por isso mesmo, torna-se fundamental descobrir o mundo que se esconde atrás de suas notas.

Não basta simplesmente rotular a criança por suas notas: “bruto”, “tolo”, “preguiçoso”  outros adjetivos qualificativos que somente prejudicam, ferindo como com um punhal sua autoestima e segurança. Não é preciso chamar a atenção da criança, castigar ou submeter a maiores doses de pressão.

Claro, se seu filho é lento ao aprender, ajude-o a percorrer esse caminho dando passos mais lentos, caminhando mais devagar junto com a professora. As suas notas não podem se converter em um Karma, e as entregas do boletim ou das avaliações em um pesadelo para ela.

Como agir para ajudá-lo com suas notas?

Sus notas no determinan su personalidad

Em primeiro lugar, se o que tanto lhe preocupa são suas notas, deve agir. Como? Simplesmente ajudando-o da maneira adequada. Isto é, sem pressionar nem perseguir, sem colocar em causa nem rotular. A ideia sob qualquer ponto de vista é fazer a criança não se sentir mal.

Então de que maneira? Em primeiro lugar, ajudando-a com as lições daquela matéria, onde as dificuldades são as piores. Quer dizer, raciocine junto com ela enquanto faz seus deveres, dê a ela outras ferramentas e olhadas sobre o tema em questão.

É possível assim, utilizar material lúdico ou inclusive audiovisual, tão útil na hora de transmitir conhecimentos de forma dinâmica com as crianças. Motive-a, incentive-a, faça a sentir que pode alcançar seus objetivos, que você acredita nela e sobretudo festeje cada pequena vitória que tenha a ver com essa dificuldade.

Arme-se de altas doses de paciência e perseverança, mas evite a todo momento ser você quem resolva suas lições e problemas com determinada  matéria. Longe de ajudar você a prejudica consideravelmente e neste caso, a criança somente aprenderá que sua mãe é a melhor fazendo as lições, enquanto que ela não é capaz de fazer as coisas.

Inclusive se você se preocupa que por trás de suas notas se esconde algum problema mais complexo – neurológico ou de atenção e compreensão – você pode conversar com a professora e avaliar se seria conveniente consultar um psicopedagogo.

Você pode ver que existem vários caminhos que pode tomar quando um boletim escolar trouxer más notícias. Optar pela reação negativa somente o levará a prejudicar a criança e a piorar suas notas. Estas opções são adequadas e corretas em prol de ajudar ao seu filho neste processo. Qual você escolhe?


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  • Roth, C. (2011). The Entrepreneur Equation: Evaluating the Realities, Risks, and Rewards of Having Your Own Business. BenBella Books.
  • Navas, L., Maicas, G. S., & Germán, M. A. S. (2003). Predicción de las calificaciones de los estudiantes: la capacidad explicativa de la inteligencia general y de la motivación. Revista de psicología general y aplicada: Revista de la Federación Española de Asociaciones de Psicología56(2), 225-237. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=760681

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