Vitamina B12 na gravidez: por que é importante?

Tomar vitamina B12 na gravidez ajuda a manter a saúde durante a gravidez. Veja como ingeri-la.

Uma ingestão adequada de nutrientes durante a gravidez é a chave para um bom desenvolvimento fetal e uma vida futura saudável. No entanto, nessa fase alguns nutrientes são mais vulneráveis do que outros e sua deficiência tem um impacto maior. Por exemplo, a vitamina B12 na gravidez deve ser monitorada desde o início para evitar o aumento do risco de complicações para a mãe e o bebê.

No entanto, a vitamina B12 não é uma das primeiras que vem à mente quando pensamos em suplementos pré-natais, como ácido fólico, cálcio, vitamina D e ferro, apesar de ser tão essencial quanto esses nutrientes. Mas por que é tão importante? Vamos explicar imediatamente. Dessa forma, você manterá um controle adequado na ingestão dessa vitamina pertencente ao complexo B.

O que é a vitamina B12?

A vitamina B12 pertence a um grupo de compostos cuja estrutura contém um metal chamado cobalto, por isso também é conhecida como cobalamina ou cianocobalamina. É uma das 8 vitaminas B e é utilizada para o funcionamento normal do sistema nervoso e para formar o sangue e várias proteínas. Portanto, o bebê precisa de uma boa quantidade para desenvolver seu cérebro e músculos.

Quais são os alimentos que contêm vitamina B12?

A vitamina B12 é sintetizada exclusivamente por microrganismos encontrados no intestino de animais. Assim, é encontrado em alimentos, como carnes, vísceras, fígado, peixes e mariscos, como as amêijoas. Além disso, está presente em aves, ovos, leite e outros produtos lácteos.

O Instituto Nacional de Saúde explica que os alimentos vegetais não contêm B12, a menos que sejam enriquecidos, como os cereais matinais. Além disso, é encontrada em bebidas fortificadas veganas. Essa é uma das razões pelas quais deve ser um aspecto observado de forma especial nas gestações veganas.

Por que a vitamina B12 é importante na gravidez?

As funções da cianocobalamina estão relacionadas com o processo de gravidez. Vamos rever cada uma delas para entender por que não deve faltar na alimentação da gestante.

Envolvida no crescimento e divisão celular

O crescimento e desenvolvimento de um bebê dentro do útero da mãe ocorre graças à divisão celular. Para isso, são necessários energia, proteínas e vitaminas, que permitem um sequenciamento perfeito na síntese de cada célula. Da mesma forma, na mãe, novos órgãos e estruturas são formados, como a placenta, o saco e o líquido amniótico.

Contribui para o desenvolvimento do sistema nervoso

A mielina é um tipo de gordura que reveste o longo e fino tubo de neurônios, conhecido como axônio, que permite a transmissão de impulsos nervosos de um neurônio para outro. Quando os axônios são cobertos por mielina, eles transmitem impulsos nervosos mais rapidamente.

Um quarto da mielina no cérebro é formado durante a gravidez. Por isso, é fundamental uma boa ingestão de todos os nutrientes que participam dessa função, como é o caso da vitamina B12.

Intervém na formação de glóbulos vermelhos

Desde o início da gravidez até a 32ª semana de gestação, há um aumento de quase 50% no volume do plasma sanguíneo. Isso representa a parte líquida do sangue e é acompanhado por um aumento de glóbulos vermelhos em cuja síntese participa a cobalamina.

Em caso de deficiência, ocorre a chamada anemia megaloblástica ou perniciosa, caracterizada por células sanguíneas grandes, mas de baixa qualidade. Nesse sentido, se uma anemia significativa se manifestar, pode ocorrer um parto prematuro ou risco de aborto espontâneo.

Participa do metabolismo do ácido fólico ou B9

Nas primeiras semanas de gestação, tanto o ácido fólico quanto a B12 são necessários para o desenvolvimento da medula espinhal fetal. Quando há deficiência de fólico e B12 na mãe, são possíveis defeitos do tubo neural, como espinha bífida. Ambas as vitaminas trabalham em sinergia para sintetizar RNA e DNA.

Como a deficiência de vitamina B12 afeta a gravidez?

Uma revisão publicada no European Journal of Hematology apontou diferentes distúrbios, no bebê e na mãe, associados à deficiência de vitamina B12. Estes incluem defeitos do tubo neural, aumento da resistência à insulina, suscetibilidade a doenças crônicas, retardo do crescimento intrauterino, pré-eclâmpsia, aborto espontâneo e baixo peso ao nascer.

Essas descobertas estimularam o interesse em promover a fortificação obrigatória de alimentos deficientes em vitamina B12. No entanto, possíveis mecanismos para isso precisam ser elucidados.

O que fazer para garantir a ingestão de vitamina B12?

Recomenda-se a ingestão de 2,4 a 6 microgramas de B12 por dia e o uso de suplementos prescritos pelo profissional de saúde. No caso das grávidas veganas, é preciso ser um pouco mais rigoroso com os suplementos, já que os vegetais não fornecem essa vitamina.

A melhor forma de prevenir as deficiências de vitamina B12 é manter um controle adequado com o obstetra-ginecologista e profissional de nutrição, que auxiliarão na elaboração de um plano alimentar que assegure a ingestão de cianocobalamina de acordo com as necessidades da gestante.