Ah meu filho, seus dentinhos começaram a aparecer!

Ah meu filho, seus dentinhos começaram a aparecer!

Última atualização: 27 dezembro, 2022

Ultimamente Samuel tem estado muito irritado. Ele chora muito e frequentemente coloca as mãos na boca. Quando sua mãe o olha, ela morre de amores, mas algumas vezes se sente impotente ao ver que seu bebê está incomodado com alguma coisa. Ela o pega no colo e, enquanto o consola, pensa em voz alta: Ah meu filho, seus dentinhos começaram a aparecer!

Samuel tem três meses de idade. Entre os 3 e os 7 meses é a idade em que os primeiros dentinhos começam a aparecer, apesar de haver crianças cuja dentição começa a aparecer um pouco antes, o que poderia ser considerado precoce, e outras cujos dentes aparecem mais tarde, até inclusive após um ano do nascimento, o que é considerado uma dentição tardia.

Em casa, Samuel recebe muitas atenções e seus pais estão tentando fazer com que o processo de dentição seja o mais suportável possível para ele. No entanto, essa pequena e amada criatura não para de chorar e se sente incomodado porque os dentinhos estão rasgando suas delicadas gengivas.

Assim como acontece com a maioria das crianças, os dentinhos do maxilar inferior desse bebê de três meses de idade começaram a sair. Esses dentes são os primeiros a aparecer.

Após o nascimento do primeiro par de dentes de leite e, além da dor que esses dentinhos produziram na gengiva superior, a qual rasgaram para poder sair, esse novo par de dentes machucam um pouco as gengivas superiores que agora raspam em um novo par de inquilinos que fazem pressão sobre ela. Dessa forma, a sensação de mal-estar que Samuel sente aumentou.

Como ele ainda é um bebê e não sabe falar, não conhece outra forma de expressar esse mal estar que sente, a não ser com o choro.

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O caso dele não é atípico. Pouquíssimas crianças passam por essa fase de dentição sem demonstrar nenhum tipo de dor. Os novos dentes de quase todas as crianças chegam acompanhados de sintomas de mal-estar. A irritabilidade da criança fica evidente no rosto dela, já que agora além de fazer birra, ela também parece estar quase sempre brava.

Samuel, como todas as crianças que passam pelo processo de dentição, apresenta sintomas dessa fase, como chorar mais do que o costume, ficar irritado e babar muito. Além disso, ele, como muitos outros bebês, coloca as mãos na boca por instinto, em busca de alívio.

A chegada dos dentes pode provocar febre? 

Antes do processo de dentição serão poucas as vezes que você vai ver seu filho com as mãos na boca. Portanto, agora que os dentes estão começando a aparecer, a vigilância em relação à higiene do bebê deve aumentar, pois nessa fase é muito comum que ele use as mãos ou qualquer outro objeto que estiver ao alcance para coçar as gengivas ou morder algo para aliviar a dor. Muitas pessoas que pensam que o aparecimento dos dentes traz consigo sintomas como febre ou vômito.

No entanto, é importante esclarecer que, assim como centenas de pediatras já explicaram, além das crianças ficarem doentes porque os primeiros dentes começaram a aparecer, elas começam a apresentar febre ou a vomitar, devido à regularidade com que levam germes à boca por meio das mãos ou dos objetos que utilizam para tentar aliviar a dor que sentem durante o processo de dentição.

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O Dr. William Sears, que é pediatra e autor do livro The Baby Book, acredita que a dentição provoca diarreia e também um pouco de dermatite de fralda, que são causadas pelo excesso de saliva do bebê que chega aos intestinos e que, consequentemente, produz fezes moles.

No entanto, se seu filho está com uma temperatura retal de 38,3 graus Celsius ou mais e também apresenta sintomas como letargia ou moleza, falta de apetite, vômito ou diarreia entre em contato com seu médico de confiança para descartar a possibilidade de uma doença mais grave. Esse médico também afirma que a inflamação das gengivas pode provocar uma febre mais baixa (com uma temperatura retal de 38 graus Celsius).

Outros pediatras não concordam com essa teoria e afirmam que não há relação entre os sintomas e o aparecimento dos primeiros dentes. Alguns dos críticos da teoria mencionada são os integrantes da Academia Americana de Pediatria, cujos associados acreditam que a febre e a diarreia não são sintomas normais do processo de dentição.

Os dentes de Samuel encontraram aliados

Laura, a mãe de Samuel, além de consolar seu bebê com muito amor, colocou em prática alguns truques simples que podem ajudar qualquer mãe e filho a passar pelo processo de dentição. Ela começou a fazer suaves massagens nas gengivas de Samuel para tentar acalmar a dor. 

Antes de começar a massagear, ela verifica se seus dedos estão bem limpos e usa alguns dos produtos disponíveis no mercado para aliviar a dor da criança, provocada pela chegada dos dentes. Ela também comprou um mordedor, cujo material e forma correspondem às necessidades do seu filho. Dessa forma, você pode escolher o mordedor do seu filho de acordo com o gosto e as necessidades específicas dele.

O que Laura escolheu para Samuel é um mordedor feito para se colocar na geladeira (nunca no congelador) antes de dar para as crianças. Esse objeto é ideal para a criança morder. Mas esse não foi o único conselho que ela seguiu. Outras vezes, quando não está com o mordedor por perto, ela dá ao bebê um pedaço de pano, que foi previamente colocado na geladeira. Tanto o mordedor, como os panos frios aliviam a dor provocada pelo aparecimento dos dentes.

Além desses, há outros truques que você pode usar, a fim de aliviar a dentição do seu bebê. Por exemplo, se seu filho já come alimentos sólidos, alguns alimentos gelados como sorvete, iogurte e bolachas desenvolvidas especialmente para o período de aparecimento da dentição podem aliviar a dor. É preciso somente vigiar seu filho com atenção para que ele não engasgue com um pedaço de bolacha.

Se você não conseguir aliviar os incômodos do seu bebê com esses métodos, consulte um pediatra para que ele possa receitar um paracetamol infantil, a fim de aliviar a dor do pequeno. O pediatra vai informar a dose correta, já que não é recomendável dar paracetamol para crianças menores de 2 anos, sem consultar previamente um médico.

Por último, mas não menos importante, nunca dê aspirina para uma criança. O consumo de aspirina por crianças está associado à Síndrome de Reye, uma condição muito rara, mas que perigosa, e até fatal.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.