A função emocional da chupeta

A chupeta pode ser um complemento adequado em algumas ocasiões, especialmente para os bebês que não são amamentados. No entanto, seu uso não é o mais apropriado.
A função emocional da chupeta

Escrito por Equipo Editorial

Última atualização: 16 setembro, 2020

Atualmente, o uso da chupeta pelos pequenos é algo completamente difundido e normalizado. Inclusive, muitos pais pensam que é um elemento necessário e indispensável para o bebê. Na verdade, as crianças não precisam dela e há até mesmo aquelas que a rejeitam. Por esse motivo, antes de decidir qual é a sua posição em relação a esse objeto, é importante que você conheça a função emocional da chupeta.

Como pais, tomamos as decisões que parecem mais adequadas e benéficas para os nossos filhos. Cada lar e cada família passam por diferentes circunstâncias e, portanto, não é possível generalizar sobre o que é mais positivo. Assim, qualquer decisão que você tomar será lícita e adequada, desde que seja tomada a partir de uma posição bem informada.

A importância da sucção

O reflexo de sucção acompanha as crianças desde antes do nascimento, uma vez que esse padrão começa a se desenvolver ainda no ventre materno. No entanto, a sucção vai muito além da sua função nutricional, pois ajuda o pequeno a se desenvolver neurologicamente e favorece o surgimento da fala. Mas, acima de tudo, tem um efeito calmante e tranquilizador para o bebê.

Portanto, a amamentação serve não apenas para alimentar a criança, mas também como uma fonte para o estabelecimento do vínculo de apego. O peito é um conforto, ajudando a criança a se regular emocionalmente e se sentir segura. Assim, esse é o meio ideal e natural através do qual as crianças têm suas necessidades emocionais atendidas.

A função emocional da chupeta

Dessa forma, a chupeta também cumpre essa função ao permitir que a criança sugue repetidamente. Ao fazer isso, ela se acalma e obtém sensações agradáveis. No entanto, um objeto nunca poderá substituir uma pessoa e, embora a chupeta permita a sucção, ela não fornece o contato e o carinho da mãe, que é aquilo de que o bebê realmente precisa.

A função emocional da chupeta

Entretanto, muitas mães não conseguem ou não querem implementar a amamentação ou oferecê-la em livre demanda. Talvez as suas obrigações profissionais as impeçam de estar sempre presentes, talvez elas sofram de mastite ou estejam com os mamilos rachados ou ainda simplesmente estejam exaustas por causa da demanda excessiva pelo peito por parte da criança.

Nesses casos, a chupeta aparece como um simples substituto da função emocional de calma e conforto exercida pelo peito. Assim, oferecemos a chupeta para a criança quando ela está irritada ou inquieta, quando chora, quando está no carrinho, quando vai dormir… Sem dúvida, ela ajuda o pequeno a se acalmar ou adormecer, mas isso não é o mais adequado.

O uso excessivo da chupeta pode gerar malformações dentárias. Também interfere na fala, impedindo a criança de balbuciar e começar a se expressar. Além disso, gera uma dependência que causará dificuldades e aborrecimentos quando quisermos que a criança abandone a chupeta. Mas, acima de tudo, a criança é privada do que realmente precisa.

Uma criança angustiada, inquieta ou chorando precisa de carinho e contato. Ela precisa se sentir cuidada, abrigada e protegida pelos adultos, que são suas principais figuras de apego. O estabelecimento de um vínculo seguro é essencial para o desenvolvimento emocional adequado, e isso não é fornecido pela chupeta.

A função emocional da chupeta

Se quisermos que a criança desenvolva estratégias de regulação emocional adequadas no futuro e que ela seja autônoma e psicologicamente saudável, precisamos atender às suas necessidades emocionais durante os seus primeiros anos. Dar a chupeta não é o suficiente.

Chupeta: quando usar e quando não usar?

Em suma, a chupeta pode ser um complemento adequado, mas nunca um substituto para o carinho e a atenção dos pais. As crianças que não são amamentadas podem ter uma maior necessidade de sucção, que é satisfeita com a mamadeira. Nesses casos, a chupeta pode ser útil, mas sempre deve ser acompanhada por contato físico, olhares, carinho e calor humano. Não basta dar a chupeta e virar as costas.

Além disso, é preferível reservá-la para momentos específicos de verdadeira necessidade. Por exemplo, quando estamos no carro e é impossível remover a criança da cadeirinha para niná-la e acalmá-la.

Para aprender a regular suas emoções sozinho, o pequeno precisa que alguém já tenha cumprido essa função por ele anteriormente. Por isso, é fundamental que os adultos significativos estejam disponíveis para a criança. Tenha em mente que o que o seu bebê realmente precisa é de você e, portanto, a chupeta é opcional.


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